The Princess Soldier, Jenlisa

Family

Servir em uma guerra faz coisas como passar o natal em família, ou com os amigos, se tornar algo que não sabemos se vai ocorrer no final do ano. Por mais que a situação em casa não fosse a das melhores e a ceia não fosse grande e cheia de pratos magníficos, Jennie amava os feriados de fim de ano com a família. Sua mãe sempre escolhia um dos pratos favoritos das três garotas e o cozinhava com outras opções de comida para acompanhar. Esse ano, como Jennie estava há meses longe de casa, trabalhando como nunca, a mulher havia dito para as garotas que faria o prato favorito da irmã mais velha, elas concordaram, era o mais justo afinal.

A princesa também, festas de fim ano são sagradas para os seus pais, fizeram questão que ela estivesse presente no jantar de natal. Era incrível como o castelo deixava de ser a mesma coisa de sempre e se tornava algo muito colorido e cheio de bolas, luzes e enfeites de pelúcia e várias árvores espalhadas por todo o castelo. Por mais que Lisa estivesse acabado de completar vinte e quatro anos e as suas irmãs dezenove, a rainha, mãe das três garotas, sempre colocava elas no sofá com cobertores e xícaras enormes de chocolate quente cremoso.

Por isso, elas duas estavam felizes enquanto entravam no aeroporto para voltar para o reino.

— Então, me diga sobre a sua família.- Lisa pediu, elas estavam esperando o vôo ser anunciado e enquanto isso estavam sentadas.

Jennie sorriu com o pedido.

— Bem, minha família é simples, minha mãe trabalha em um escritório. Minhas irmãs, elas são gêmeas, mas de placentas diferentes, então não são idênticas. Evie adora a rainha, diz que se tivesse um príncipe, ela iria dar um jeito de se casar com ele e tentar ser uma rainha tão boa quanto a rainha Mali.- Jennie contou, a morena gesticulava demais, amostrando sua ansiedade e Lisa riu.- Ela definitivamente iria surtar se soubesse que sou sua amiga. Lizzie é mais na dela, gosta de artesanato e livros, passa boa parte do tempo dela ouvindo música, seja na caixinha de som ou nos fones de ouvido, depende da situação, e tem o cartão fidelidade da biblioteca que tem no nosso bairo. E a sua?

Lisa colocou sua perna em cima da cadeira e a abraçou, apoiou o queixo no joelho e começou a pensar no que dizer.

— Mas... Você quer saber deles como uma família real ou a minha família?- Lisa perguntou, tinha bastante sobre o que falar nas duas visões.

— Sua família.- Jennie respondeu e Lisa assentiu.

— Meu pai adora jogar xadrez no tempo livre, ele defende as causas LGBTQIA+, por isso nós ajudamos muitas ongs de acolhimento.... Hm... Minha mãe, minha mãe é engraçada e bem humorada, trata todo mundo como filho e raramente vê a maldade nas pessoas, as vezes isso estressa meu pai porquê podem se aproveitar dela por conta disso. Também tenho duas irmãs, elas nasceram quando eu tinha cinco anos, Lamya e Evellyn. Evellyn gosta de coisas de moda, cursos de etiqueta, desfiles e essas coisas, uma verdadeira princesinha. Já a Lamya gosta de pintar ou desenhar, depende do que ela se sentir inspirada, ela gosta de sentar no jardim com os materiais dela e passa horas desenhando algo que veio em sua mente. Tenho certeza que você se pergunta o motivo dos nossos pais nao nôs expor públicamente, graças a isso, eu consigo estar aqui hoje, Evellyn consegue viajar tranquila para os desfiles ou cursos de moda e Lamya consegue ir em todo lugar que quiser sem precisar se preocupar com multidões.- Lisa disse, era possível notar o carinho que ela tinha com a familia na sua voz.- Ah! E tem Rosé, seu nome na verdade é Park Chaeyoung, ela é filha da minha tia. Veio morar com a gente quando era criancinha, teve a mesma criação que eu e minhas irmãs, meus pais realmente amam ela como filha. No entanto, os pais dela só aparecem de épocas em épocas e ela mesma já disse que estranha quando eles vem e que eles ficam estranhos pelo castalo, ela não se sente confortável perto deles.