⁘ dois: privilégios

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– Conteúdo impróprio para menor.

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— Jungkook, vai acorda o Jimin. — Sua mãe mandou, assim que ele entrou na cozinha, com o leite recém tirado.

— Por que a senhora não chama ele? — Respondeu, ainda que não fosse seu costume fazê-lo.

— Jungkook.

Como discutir não era uma opção, apenas suspirou, atravessando a casa e parando diante da porta do quarto.

Jungkook bateu. Bateu uma, duas, três vezes. Então bateu de novo e chamou pelo nome dele. Não obtendo nenhum sinal de vida do mais velho, empurrou a porta, descobrindo que estava trancada.

— Ô mãe, a porta tá trancada e ele num acorda.

— Pega a chave lá no escritório e tira ele da cama.

— Que caralho, só sobra pra mim. — Resmungou consigo mesmo.

Ao sair do escritório de seu pai, com a chave do quarto, Jungkook abriu a porta, mantendo a expressão irritada por ser ele a ter de fazer aquilo. Já havia sido legal com o outro por todo o final de semana, como sua mãe havia pedido. Não queria passar todo o tempo que ele estaria ali, sendo sua babá. Tudo bem que havia sido legal passar algum tempo com ele, havia se divertido, conversando e implicando, mas ter de fazer até mesmo aquilo. Era simplesmente demais.

Além de que, estava um pouco reticente sobre falar com Jimin, pois apesar de lembrar que tinha conversado com ele quando chegou em casa bêbado no sábado, não conseguia lembrar de tudo que tinha falado e estava com receio de ter dito alguma bobagem.

Ainda imerso em sua irritação, observou por um instante a expressão dele enquanto adormecido e não deixou aquela sensação que teve, assentar. Puxou sem cuidado algum o lençol que cobria o corpo menor enquanto o chamava e arregalou os olhos, com seus lábios abrindo por conta própria.

Jungkook piscou algumas vezes e passou a língua pelos lábios, que haviam secado. Não queria estar olhando tanto, mas não era como se conseguisse realmente evitar, talvez não houvesse uma pessoa no mundo, que conseguiria.

Jimin estava dormindo com uma blusa de alcinhas, mas o mais chocante para Jungkook, não era aquilo e nem mesmo ter descoberto que ele tinha mais tatuagens pelo corpo, inclusive uma grande que parecia subir por sua perna a partir de seu tornozelo, até as costas, desaparecendo sob a blusa quando chegava a altura de sua cintura, até porque, não conseguia realmente distinguir os desenhos. O mais chocante, era o fato dele estar usando uma calcinha e da mente de Jungkook conceber que realmente ficava bem nele. Não conseguiu sequer evitar conferir a bunda dele e seus olhos subiram por seu tronco até o rosto de expressão tranquila, a bochecha dele esmagada no travesseiro, com os lábios carnudos formando um pequeno bico.

— Jungkook!

Saltou no lugar com o chamado de sua mãe e piscou várias vezes, acabando por bater com as palmas sobre suas bochechas.

O que estava fazendo?

O ar passou depressa por seus lábios e aproximou-se mais da cama, tocando o ombro dele e empurrando sem tanto cuidado.

— Jimin, acorda. — Chamou e depois mais alto: — Jimin, a mãe mandou cê levanta.

Jungkook suspirou e franziu as sobrancelhas, depois de ver o corpo dele sacudir com os empurrões, não obtendo o menor sinal de que iria acordar.

O quão pesado era o sono dele?

— Mãe, ele não acorda não. — Gritou do quarto.

— O pai dele aviso que é difícil acorda ele, tira da cama e bota debaixo do chuveiro. — Ela gritou de volta.

dissonance' ⁘ jikookWhere stories live. Discover now