Dois

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Oi, meus amores! Volteeeei!

Gostaria de agradecer a todos que deram uma chance à minha nova fic. Sei que é algo completamente diferente das minhas outras histórias, mas espero de verdade que vocês gostem. Os capítulos aqui são um pouco mais curtos que em Luz e MA porque essa história já está basicamente escrita e eu estou apenas adaptando.

Novamente, peço paciência com as atualizações porque a gata aqui resolveu voltar a ser universitária, então o tempo tá curto.

Me contem tudinho que vocês estão achando! Quer saber todas as teorias.

Beijo e boa leitura!

***

O silêncio que seguiu a fala da Sarah foi ensurdecedor. Eu olhei para ela num misto de choque e uma vontade avassaladora de rir porque o que ela estava falando era ridículo. Ridículo e impossível.

Tinha que ter uma outra explicação.

-- Isso não tem graça. -- Eu finalmente disse quando o silêncio se prolongou demais.

-- Ninguém tá rindo.

A mulher levantou uma sobrancelha para mim antes de soltar um suspiro pesado, se sentando na cadeira à minha frente. Tirando o cachecol e o gorro, seu rosto finalmente foi revelado. Ela tinha olhos esverdeados, cabelos loiros longos, que pareciam ir até a sua cintura e lábios cheios.

-- Escuta, a gente começou com o pé esquerdo, né? Meu nome é Sarah Andrade. -- Ela ofereceu a mão para eu apertar, mas eu apenas lhe lancei um olhar frustrado, meneando com a cabeça para as cordas amarradas no meu pulso. -- Putz, foi mal. Pocah, pode dar um jeito aqui?

A outra mulher assentiu, tirando seu cachecol para revelar seu rosto, antes de pegar a faca com que ela estava brincando mais cedo para cortar as minhas amarras. O sangue imediatamente fluiu melhor pelas minhas veias, fazendo com que minhas mãos e pés formigassem loucamente.

-- Desculpa. -- Pocah disse, um pouco sem graça. -- Mas a gente não podia arriscar, sabe? Sem saber quem você era.

-- Eu até poderia dizer que entendo, mas isso realmente não foi nada agradável. -- Rebati frustrada, abrindo e fechando minhas mãos para auxiliar na minha circulação. O que quer que fosse essa história que elas estavam inventando, eu realmente tinha mais o que fazer. -- Olha, eu só quero ir pra casa. Eu te garanto que vocês pegaram a pessoa errada. Eu não sou ninguém. Minha família não tem dinheiro.

-- Senhorita Freire... -- Sarah começou, mas eu a interrompi.

-- Juliette. Pode me chamar de Juliette mesmo.

Ela assentiu. -- Juliette. Olha, a gente tá tão confuso quanto você. De verdade. -- Ela se levantou e me ofereceu a mão para me ajudar a levantar. Assim o fiz, sentindo minhas extremidades formigarem mais ainda. Meus pulsos estavam completamente esfolados e meu corpo inteiro doía. -- Vamos começar de novo, tá? Meu nome é Sarah Andrade. Essa aqui é a Viviane Queiroz, mas pode chamá-la de Pocah.

-- Pocah? -- Perguntei confusa.

Sarah riu enquanto a outra mulher revirou os olhos com um sorriso.

-- Pocahontas. Me chamavam assim quando eu era criança e meio que ficou até hoje. -- Pocah explicou, divertida. Eu assenti. -- Prazer em te conhecer, Juliette. Foi mal por toda essa coisa de te amarrar e tal. -- Ela disse um pouco sem graça, e eu revirei os olhos, ainda puta da vida. -- Vai ser muito clichê se eu falar bem vinda ao futuro?

Arregalei os olhos, a ficha começando a cair, e perdi o equilíbrio por um breve momento. Mas Sarah tocou meu braço, me estabilizando. Eu ainda estava meio tonta e com uma dor de cabeça insuportável. Levei a mão à minha testa e me surpreendi ao encontrar um galo enorme e algo molhado.

Palingenesis -- AU Sariette Where stories live. Discover now