Três

449 61 109
                                    

Oi, meus amores! Volteeeei!

Gostaria de agradecer todos que estão dando uma chance a essa fic. Eu sei que é beeeem diferente do que eu normalmente escrevo aqui, mas eu espero de verdade que vocês estejam curtindo.

Esse capítulo é bem explicativo, no sentido de ambientar vocês nesse mundo novo que a menina Juli caiu de paraquedas. A partir do próximo capítulo, a coisa fica séria e a história vai andar de verdade. Por favor não soltem a minha mão. Prometo que eu sei pra onde eu tô indo.

Me contem tudo que vocês estão achando!

Xêro no olho e boa leitura!

***

Vozes abafadas do lado de fora do seu quarto foi a primeira coisa que eu ouvi quando acordei na manhã seguinte. Olhei ao meu redor, absolutamente desolada que ainda estava neste quartinho universitário empoeirado. Ainda no apocalipse, sem nenhuma forma de voltar para casa.

Soltei um suspiro pesado. Pelo visto, não tinha sido um pesadelo mega elaborado como eu esperava. O quarto estava todo iluminado pela luz da manhã através da grande janela, e o sol já estava alto no céu.

Antes que eu pudesse checar meu telefone para ver a hora, ouvi uma batida tímida na porta.

– Juliette?

Sentei na cama com um gemido. Meu corpo ainda estava dolorido e eu ainda sentia como se tivesse sido atropelada por um caminhão. A manhã parecia estar gelada e eu senti meu corpo inteiro reagir à temperatura quando tirei a coberta.

Outra batida soou pelo quarto.

– Juliette, você tá acordada?

Peguei a jaqueta que havia me sido oferecida ontem e a vesti, antes de abrir a porta. Pocah levantou a vista, surpresa.

– Oi... – Ela me cumprimentou um pouco sem jeito. – Só queria saber se você tá melhor.

O olhar tímido e sem graça dela me fez sorrir. Parecia que agora que elas não me viam como uma ameaça, tanto a Pocah quanto a Sarah se sentiam péssimas pela forma que haviam me tratado.

– Eu meio que apaguei completamente. – Abri um pouco mais a porta e meneei com a cabeça para ela entrar. – Que horas são?

– Já passa das nove. Você dormiu pra cacete, mulher. A gente já tava preocupada que tu tinha morrido aqui dentro. – Pocah disse e passou o dedo pela mesa empoeirada, fazendo uma careta. – Peço desculpas pela acomodação nada glamurosa.

Dei uma risada e sacudi a cabeça, dispensando suas desculpas.

– Acho que viajar no tempo é intenso demais, viu? Eu ainda tô exausta.

– Por isso mesmo que eu tô aqui. – Pocah informou, pegando os frascos de comprimidos em cima da mesa. – O Dr Burns quer te ver em algum momento hoje pra te examinar de novo. E ele também pediu pra te lembrar de tomar os remédios. – Ela sacudiu os frascos e os colocou de volta em cima da mesa. – Agora, bora lá. Tu precisa comer alguma coisa.

Após parar rapidamente no banheiro para jogar uma água no meu rosto, eu segui a Pocah até o terceiro andar. O corredor era idêntico ao do segundo andar, onde meu quarto estava, mas este parecia mais movimentado. Quanto mais perto nós chegávamos da cozinha, mais altas ficavam as vozes que vinham do cômodo. Mas foi só quando estávamos prestes a entrar que ficou claro que uma discussão acalorada estava acontecendo.

– Sarah, você não pode fazer isso! Por favor! Sério, nada bom vai sair disso, eu tô te dizendo. – Uma voz feminina argumentou de forma firme.

– Mas não é justo. Se fosse com você, tu não gostaria de saber? – A voz da Sarah parecia calma e paciente, e nós ouvimos um suspiro pesado.

Palingenesis -- AU Sariette Where stories live. Discover now