Love or Lost - Jikook abo

Prazer

O silêncio no carro deixava Jungkook completamente ansioso. Não sabia o que esperar, o marido o puxara para fora da festa e sequer o dera uma explicação. Queria conversar consigo, mas sobre o que exatamente?!

Uma parte de sí insistia em lhe amedrontar, fazendo-o imaginar que o ômega o vira conversar com Soraya e por fim, julgara tudo errado. Mas um fio de esperança insistia em deixá-lo em dúvida.

— Sabe... Quando eu vi você com aquelazinha eu já imaginava que era a sua amante, mas depois do que disse a ela, eu fiquei realmente surpreso. — disse enquanto abria uma garrafa de vinho.

Haviam chegado em casa a alguns minutos e mesmo agora, apenas Jimin falava. Não esperava que o alfa negasse qualquer coisa ou sequer dissesse algo, havia ouvido e visto bastante da conversa do marido com a ômega no jardim da casa de sua prima e agora daria seu veredito.

— Mas quando ela te bateu, ah... Eu não gostei. Você é meu marido e mulher alguma pode encostar em você. Sabe disso não é?

Olhou-o por longos segundos, bebericando o vinho que havia posto na taça a alguns minutos atrás. Não precisava de uma resposta, o cenho franzido do alfa era o bastante. Tinha em seu âmago uma vontade imensa de tê-lo a meses, porém, com o marido carrasco que Jungkook havia se tornado, e as constantes rejeições a cada vez que tentava se aproximar, havia desistido. Mas agora, com a sua vontade somada ao vinho, se via corajoso o bastante para tentar uma última vez.

— Mas agora, eu quero algo de você — andou ao redor do esposo, como se fosse uma presa.

Queria confundi-lo. Pois no final das contas, queria tê-lo em suas mãos. Tomou o restante do vinho, esperando alguma reação do alfa, esta que não tardara a vir.

— Te darei qualquer coisa, o que você deseja?

Aproximou-se exasperado, estava disposto a realizar qualquer um dos pedidos do ômega. Sentia seu lobo tão louco quanto a si mesmo, o ômega estava o seduzindo mais do que o normal.

O outro olhou-lhe, pousando a taça sobre o balcão. Se aproximou, findando a distância entre ambos para logo em seguida dizer-lhe enquanto lhe olhava nos olhos:

— Você

— Você já me tem... Por inteiro — puxou-lhe delicadamente para mais perto de sí.

Seu coração batia afoito, se sentia quente demais para ao menos se conter. Queimava de desejo.

— Sabe Jungkook-ah... Eu quero transar com você da maneira mais suja possível — sussurrou no ouvido do marido, vendo sua pele se arrepiar gradativamente.

— Ah Jimin-ssi...

Mal podia controlar seu lobo e a si próprio. Não conseguia acreditar no que o ômega havia dito. O queria, e agora, não tardaria em fazê-lo ter uma noite inesquecível.

Puxou-lhe para perto, e beijou-lhe com devoção. Sua pele se arrepiara assim que sentiu o sabor adocicado e meio alcoólico nos lábios do outro. Suspirou em deleite quando as mãos pequenas do ômega se infiltraram por seus cabelos, puxando os fios negros entre os dedos gordinhos com força.

Passou os braços ao redor do esposo, o prendendo em sí. Havia tanto tempo que não se beijavam que o alfa poderia jurar que era como a primeira vez que o faziam. Cheios de desejo e descontrolados. Os lábios ágeis cobriam os seus, enquanto ambas as línguas se tocavam afoitas.

Estavam na cozinha, o alfa prenssava o ômega contra o balcão, devorando-lhe os lábios como nunca antes. E como se sentia tolo por não tê-lo beijado mais vezes.

— Hunm... Jungkook — afastou os lábios inchados dos do alfa, segurando o rosto do outro em mãos para olhar-lhe nos olhos.

— Hnm — passou então a beijar a pele pálida do pescoço, revezando entre mordidas leves, selos demorados e sucções.

— Vamos pro' quarto — disse fechando os olhos para sentir melhor as carícias do alfa.

Nem meio segundo depois, estavam no quarto, ainda aos beijos desesperados e cheios de saudades da parte de ambos. Ao menos se importavam em saber como se separaram para se livrarem das roupas.

O alfa queria mais que tudo poder agradá-lo e portanto decidira se deixar a mercê dos desejos do esposo. Deitaram-se calmamente contra a maciez da cama, apesar de ainda se beijarem afoitamente. As mãos de ambos deslizavam por todos os centímetros de pele nua um do outro, se conhecendo e se acariciando.

— A-ahn Jun — chamou-lhe com a voz trêmula de prazer, quando sentira o marido deslizar para dentro de sí.

Anteriormente, nas poucas vezes em que fizeram amor, Jungkook ao menos fora cuidadoso quanto agora, o que fazia lágrimas de satisfação se juntarem nos olhos amendoados do ômega.

Jungkook se movia devagar, observando atenciosamente cada uma das expressões que o esposo fazia. Queria saber se o agradava, queria que Jimin não se arrependesse e lhe forçasse o divórcio novamente. Queria ser bom o bastante para ele.

— I-isso Jun... — mordeu os lábios, os olhos ainda estavam pressionados e o cenho franzido, sentindo-se em ecstasy.

— Oh... Jimin... Tão apertado — ajeitou os quadris passando a se mover com força, ouvindo os gemidos do ômega aumentarem gradativamente assim como as unhas curtas se arrastando e arranhando sua pele das costas e os pés pequenos se cruzando em volta da sua cintura, o puxando para um precipício de prazer.

Não negaria que se sentia muito satisfeito quando via marcas feitas pelo ômega em seu corpo. Nas poucas vezes em que havia as recebido, passava bons minutos em frente ao espelho, logo após o banho, apenas para admirá-las, e se lembrar de como haviam sido feitas.

— J-jun — gemeu fracamente próximo ao ouvido do marido — N-não... Não me marque

Assustado, nem se dera conta de que já estava com a suas presas próximas a pele cheia de chupões do pescoço do esposo. As pernas bambas e o nó provavam seu estado de torpor. Havia ejaculado em abundância dentro do outro e sequer se dera conta.

— Porque não quer a minha marca? — ditou um tanto decepcionado.

Ora, das outras vezes sequer ouvira as lamúrias e pedidos do ômega para que o marcasse e porque agora ele não queria? Logo agora que o alfa estava realmente disposto a torná-lo uma parte de sí?

— A-agora não Jungkook... Conversamos depois — murmurou, não queria discutir não logo após a melhor transa de ambos. Apenas levou seus braços e pernas a se enroscarem no alfa, se deixando embriagar com a essência do mesmo.

Ainda entristecido, o alfa apenas assentiu. Jimin não era mais o mesmo.