Prólogo

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E   Q U E   V E N H A   M A I S   U M A   H I S T Ó R I A! 


Darlings do meu coração, obrigada pela recepção calorosa ao livro desde a apresentação dos personagens! Vocês não sabem como me animaram e encheram meu coração de alegria. Então eu vim ainda mais feliz ( e grata demais!) para darmos início a mais um trabalho por aqui um tiquinho antes do domingo. ♥ Mas antes de mergulhamos em mais uma história, vamos as últimas considerações que são importantes:


1) Como sempre, o livro será postado aqui até o final. No meu estilo fiel de tortura preferido e que vocês já conhecem darlings: um capítulo por semana aos domingos. ♥


2) Em algum momento (próximo) o livro irá para a Amazon para quem quiser ler completo primeiro. No entanto, isso não mudará as postagens no wattpad que amo tanto.


3) O prólogo do livro é em terceira pessoa, mas o restante do livro é em primeira como sempre é com os meus romances contemporâneos.


 Então darlings, é isso. Outros avisos, se necessários, serão postados pelo caminho. Estamos desde 2020 nessa promessa, mas finalmente esse é o momento: sejam bem vindas a Inesperada Redenção. ♥

E feliz aniversário Jhanaina. Melhoras para você, florzinha. ♥


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Eu tinha esquecido quanta luz há no mundo, até você devolvê-la para mim.

—Ursula K. Le Guin


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   Ela apertou o casaco em torno de si para afastar o vento congelante e, depois de se certificar de que não era seguida, finalmente passou pelas enferrujadas portas de entrada.

O prédio era escuro, e o cheiro de maconha estava por toda parte. Ela queria poder respirar menos aquele ar. Não faria bem para o seu bebê. Mas a opção era respirar o ar no auge do inverno de Washington do lado de fora do velho conjunto, o que, sem dúvida, era muito pior. Por isso ela subiu as escadas com uma mão ocupada pela magra sacola de compras e a outra se firmando no corrimão que recebeu um pouco da tinta verde que também pichava as paredes.

Um, dois, três...

Ela contou os degraus. Mais dez e estaria em casa. O turno tinha sido difícil no café. Tudo mais cansativo do que antes. Ou talvez fosse apenas ela que estivesse grande demais. Seus pés muito inchados e pouco dispostos à longa jornada de trabalho em pé. Nice vivia dizendo que aquilo era sinal de que o bebê não tardaria. Como se ela não soubesse. Como se não se preocupasse com isso todos os dias.

Oito, nove, dez...

As coisas iriam piorar. Ela não podia manter um bebê naquelas condições miseráveis. Nice também dizia isso. E dizia que ela devia entregá-lo a uma família rica e amorosa. Mas ela não queria. Não. Aquele era o seu bebê. Ela não queria se separar dele. Ela já o amava tanto e tinha decidido enfrentar todos os perigos apenas para tê-lo nos braços.

Onze, doze e treze. Ufa.

A velha porta, que um dia fora amarela, estava diante dela. Entretanto, quando ela colocou a chave na fechadura e girou a maçaneta, esta não se moveu. Ela forçou a porta outras vezes.

Nada.

De repente, ela percebeu o papel pregado pouco acima da sua cabeça. Arrancou-o para ler.

Ordem de despejo.

Seu coração congelou. Ordem de despejo? Como? Ela vinha deixando sua parte do aluguel para Billie, sobre a velha televisão, todos os meses. Vinha aguentando tudo no café exatamente para garantir seu teto.

— Não pensei que fosse aparecer para ver. — Phoebe, a vizinha de cabelos ruivos artificiais e sempre com um cigarro nos lábios, surgiu na porta ao lado. — Até disse ao oficial de justiça que era inútil. — Ela soprou fumaça. — Quando sua amiga desceu com os móveis esta manhã, imaginei que estavam fugindo do senhorio.

Ela precisou de vários segundos para processar a informação. E, ainda sim, recusou-a.

— Billie? Mudou-se?

— Merda. Ela não te contou, não é? — Um olhar de pena pairou sobre sua barriga arredondada. — Caralho, não acredito que aquela vaca roubou de uma garota grávida. É sacanagem demais até para mim...

Ela não escutou mais nada. Não conseguiu. E enquanto o pânico rastejava por debaixo da sua pele e começava a quebrar como ondas pesadas sobre a sua cabeça, encostar-se contra a madeira da porta foi necessário e inevitável.

Não. Não. Não.

Ela não tinha ido tão longe para terminar assim. Não tinha fugido no meio da noite para que seu bebê ainda continuasse desprotegido.

As lágrimas vieram. Lágrimas de cansaço, estresse e de todas as dificuldades e privações que enfrentara nos últimos sete meses quando escapou para aquela terra estranha. O bebê estava sentindo tudo aquilo, ela sabia. E isso apenas reforçava a ideia de Nice. Ela não daria conta da situação, e seu bebê merecia mais. Por Deus, aquele anjinho crescendo dentro dela merecia o melhor.

Colocar as mãos sobre a barriga não serviu como gesto calmante dessa vez.

Ela precisava fazer alguma coisa. Depressa.

E foi quando alguma coisa de fato aconteceu. Uma pontada aguda em seu baixo ventre anunciou, com clareza, que o tempo de Rox havia chegado ao fim.

***

Inesperada Redenção  (Apenas Degustação!)Where stories live. Discover now