LEONARDO???

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- Idiota... Se não vai ajudar, vaza daqui - Falei me levantando.

- Ah, então você quer minha ajuda? - Renato disse semicerrando os olhos.

- Maneira de falar, caralho - Manquei até a secretaria ignorando totalmente Garcia, eu caminhava estilo saci perere. Bati na porta, mas nem esperei abrirem e fui logo entrando - Oi, o Sr Thompson pediu algo que preste e não fique se desgastando pra escrever no quadro? - Fui direto.

- Canetões novos? - A secretária perguntou arqueando as sobrancelhas.

- Não, lápis de cor - Fui irônico e acabei sendo um pouco grosso, Renato sabia como tirar meu humor. A secretária me ignorou e pegou os canetões, em seguida me entregando os mesmos. Saí da secretaria ainda no estilo saci perere e merda... Garcia ainda estava lá, em frente a porta, cheguei até me assustar quando abri a mesma - Você não tem mais nada para fazer não? Porque algo totalmente estranho aconteceu, pra você está trabalhando aqui agora - Falei indo em direção as escadas a fim de subi-las. Mas estava sendo difícil.

- Bom... Se você acha que vai conseguir subir as escadas com o tornozelo desse jeito por causa da sua burrice... Vá em frente - Ele estava encostado na parede apenas me olhando e rindo das minhas tentativas falhadas de subir. A dor era suportável, mas mesmo assim estava doendo pra caralho, eu não conseguia firmar meu pé direito no chão o que dificultava minha subida e me fez gemer de dor - Aconselho você à ir na enfermaria. Andar de baixo - Ele murmurou.

- Não preciso dos seus conselhos - Falei fazendo uma cara de dor.

- Garoto, esse seu tornozelo bugado está me dando agonia, então deixa de ser chato porra e vamos - Garcia disse irritadinho - Como sempre - E logo me pegando no colo a força, eu esperneava a fim que ele me soltasse, pois eu queria distância daquele garoto, mas foi inútil até porque ele era bem mais forte do que eu. Renato desceu as escadas comigo, pois a enfermaria ficava no andar de baixo, exatamente no primeiro andar da escola. A escola tinha 6 andares, sendo que as salas de aula ficavam a partir do terceiro andar, então se acontecesse algo grave com alguém dentro das salas, até chegar a enfermaria a pessoa já estaria morta. Mas enfim, esse não era meu caso, mas mesmo assim eu não precisava estar passando por isso.

Entramos em uma sala onde estava escrito bem grande "ENFERMARIA" havia uma mulher baixinha e rechonchuda lá dentro, expliquei para ela que eu havia sido idiota o suficiente para cair escada a baixo, ela reprimiu um riso e logo colocou uma faixa em meu tornozelo. Eu preferia um gelo, mas okay. Enquanto a mulher enrolava a faixa em meu tornozelo pedi para Renato levar os canetões para o Sr. Thompson, ele fez uma cara super feia como se fosse me dar um tiro, mas garanto que ele não ia querer dar uma de gangster dentro da escola, então só fez o que eu pedi.

- Obrigado - Desci daquela pequena maca, e agora já conseguia firmar um pouco o pé.

- De nada - Ela disse simples - Espera um pouco que eu vou chamar aquele garoto novo para te ajudar a subir.

- NÃO! - Grite involuntariamente - Quero dizer, eu subo sozinho - Dei um sorrisinho - Já estou ótimo - Tão ótimo que parecia que tinha jogando uma rocha no meu tornozelo.

- Você tem certeza?

- Sim - Saí daquela sala fazendo o mínimo de caretas possível por causa da dor que agora já estava um pouco mais aliviada. Eu tinha que ser convincente, se não ela chamaria o Renato. Assim que fechei a porta da enfermaria, voltei a ser uma mula manca. Fui caminhando pelo corredor me apoiando nas paredes até chegar nas escadarias, mas algo me veio como uma luz. O elevador. Olhei em direção ao lado que ficava o elevador e droga, interditado, estavam arrumando o sistema e colocando novas câmeras. Só me restou as escadas mesmo.

Me sentei em um degrau inocentemente como quem não quer nada e comecei a subir sentado, quando descia ou subia alguém, eu fingia estar amarrando os tênis e murmurava algo do tipo. "Não se fazem mais cadarços como antigamente". E em seguida dava um sorrisinho falso. Cara, eu não precisava estar passando por isso. Mas finalmente consegui chegar ao 4º andar, onde ficava minha sala.

Entrei na sala mancando e os olhos de todos vieram para mim, fiquei totalmente sem graça e logo percebi que... Renato estava sentado no lugar do professor. Pronto, minha vida agora seria um inferno.

- E como está seu tornozelo? - Ele perguntou com um sorriso sarcástico se formando em seus lábios enquanto eu me sentava.

- Está ótimo - Fui sarcástico. Porque a Sabi foi me deixar logo hoje?

- Eu percebi - Ele devolveu o sarcasmo - Ah e antes que você pergunte, o professor careca de vocês teve que ir resolver alguns problemas pessoais - Ele disse sendo totalmente folgado e colocando os pés sobre a mesa.

- Eu não ia perguntar - Falei revirando os olhos.

- Você deveria ser mais simpático com o Senhor Garcia - Ouvi uma terceira voz - É o primeiro dia dele - Era Lívia cacarejando.

- E você deveria deixar menos claro que quer ir pra cama com ele - Eu pude perceber um "O" se formar na boca de Lívia e a risadinha do resto da turma.

- Okay, parem... Que falta de respeito, Justin - Renato disse eu fui obrigado a rir, não sei se eu estava rindo por ele tentar ser formal, algo que nem de longe ele era ou se estava rindo por causa do meu falso nome.

- Justin? - Lívia perguntou - O nome desse aí é Leonardo - Renato logo virou-se para mim e nós ficamos nos encarando por algum tempo.

- Leonardo?? - Ele perguntou.

- É, deve ser... - Falei indiferente.

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° Espero que estejam gostando da história até aqui e não se esqueçam de compartilha, comenta e votar. Isso nos motiva muito.

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐬𝐢𝐯𝐞ˡᵉᵒⁿᵃᵗᵒ ᵃᵈᵃᵖᵗᵃᵗⁱᵒⁿWhere stories live. Discover now