DAMN!!! ANOTHER FIGHT

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Bailey abriu o portão que estava encostado e entrou, percebi que ele tinha um olho roxo e enxado.

- O Renato te bateu de novo? - Perguntei e ri pelo nariz.

- Não, não. Foi outra briga - Ele disse simples - E você só viu uma briga minha e de Renato, em outras brigas que nós tivemos a maioria ele que apanhou.

- Ah claro que sim, imagino - Falei sem colocar muita fé no que May havia dito.

- Você esta duvidando? - Ele arqueou apenas uma sobrancelha e percebi ele ficar irritado.

- Eu não!! - Falei fazendo um movimento com minhas mãos.

- Ah bom - Ele disse e sentou-se ao meu lado.

- Porque vocês não largam esse mundinho? Isso só proporciona desgraça... - Por fim falei oque estava entalado.

- Essa é minha vida agora, Léo. É uma chance de eu não ser mais um idiota invisível, de as pessoas me respeitarem...

- Idiota você continua sendo - Falei simples.

- Não da mais pra conversar com você, sem sentir vontade de te dar um tiro - Ele disse irritado com o meu comentário e eu apenas o olhei.

- May, você é... ERA uma das melhores pessoas que eu conheço ou conhecia, você não precisa disso, não precisa entrar em brigas ou machucar alguém para mostrar que é o melhor.

- Mas nós gângsters não somos totalmente ruins - Ele disse e o olhei sem acredita.

- Me dê um exemplo? - Falei o encarando.

- Ok, então... Se nós vermos, por exemplo, um homem assaltando uma pobre velhinha, nós estouramos a cabeça dele - Ele disse indiferente.

- E aí, vocês ficam com a bolsa dela né? - Fui sarcástico.

- Claro que não, Léo - Ele disse - Nós devolvemos a bolsa, só ficamos com o que tem dentro - Puta que pariu, eu não ouvi isso. Não sabia se Bailey estava brincando ou falando sério. Ah, claro, segunda opção.

- Que horror, May - Falei apavorado e ele riu - Você caiu no meu conceito completamente agora.

- Pois é, pequeno Léo - Odiava que me chamassem assim - Essa é minha nova e divertida vida, drogas, festas, sexo, assaltos, enfim, ser livre - Se isso era ser livre, eu preferia estar em prisão perpétua. Eu não estava acreditando em toda aquela mudança, eu estava falando com alguém que eu nunca havia conhecido, nunca.

- Vá embora por favor e só volte quando o verdadeiro Bailey voltar - Falei segurando o choro. Ele não falou nada, apenas levantou-se indo em direção ao portão, assim que ele saiu ele se virou e ficou me olhando.

- Eu te amo, Léo. Eu sempre te amei, mas eu não mereço você, não mais - Pronto, perdi toda a linha de raciocínio, fiquei sentado ali mais um tempo sem acreditar no que eu acabei de ouvir, não só quando May disse que me amava, mas também em todas as outras merdas que ele falou. Eu tentava me acalmar, eu juro, mas estava sendo impossível.

Fiquei ali por mais uma hora, até esperei meu pai chegar, mas como ele não chegou e eu estava muito cansado pois havia sido um dia e tando, eu resolvi entrar. Fui direto para o meu quarto e me joguei em minha cama, era dela de quem eu realmente precisava agora, me perdi em meus pensamentos e acabei dormindo.

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐬𝐢𝐯𝐞ˡᵉᵒⁿᵃᵗᵒ ᵃᵈᵃᵖᵗᵃᵗⁱᵒⁿWhere stories live. Discover now