O pior vizinho de todos

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Pov. Karina Duarte.
Ter uma carreira de lutadora profissional e ser mulher não é fácil, mas eu lutei por isso é agora com 22 anos não vou parar por aqui nem fudendo.
Eu gosto de lutar...ok, amo. E muito. Mas o péssimo disso é sempre achar que vc é lésbica. Serio mesmo! Já fui cantada por diversas mulheres mas gente será que é difícil entender que eu sou hetero???
Admito que namorados nunca tive muitos, e nunca colaborei pra reverter a situação. Eles, os homens me veem como a lutadora gostosa mas não me arrisco pq vai que né, o que com certeza não colabora com minha auto-estima. Porém já superei isso. Hj sou mais eu, reconheço meu potencial, pena que não coloco em prática.
Minha vida rotineira no rio não podia ser melhor, mas dizem que quando tudo está bom de mais sempre vai ter algo ou alguém pra atrapalhar, no meu caso, o meu vizinho.
Imagina um guitarrista folgado, otário, inrresponsável, tarado, maluco, e pra fuder tudo de vez...gostoso.
- fala esquentadinha do 94! - Falou Pedro sem camisa da sua porta aberta. Ele me chamava assim desde que nos conhecemos e por natureza tarada dele deu em cima de mim, falando as piores cantadas que já ouvi, me irritou e dei uma rasteira nele.
- o que quer agora idiota do 96? - revirei os olhos ao girar a chave e trancar meu apê.
- nada não, só queria avisar que hoje tenho visita, se ouvir uns barulhos aí não se incomoda não. Sou eu fazendo o meu melhor! -ele disse sorrindo maliciosamente.
- pode fode-la a vontade, não vou estar aqui essa noite. - virei para ele respirando fundo. Minhas amigas já disseram que ele é gato de mais com seu cabelo meio bagunçado, seu sorriso alucinógeno e seus olhos penetrantes, mas nada justifica o quanto ele é irritante.
- a não é? - ele perguntou se apoiando na porta. - já sei! Vai ficar batendo no saco de areia até tarde né??? Só pode. - ele estava rindo de mim, o que me deixava louca de raiva.
- desde quando isso te interessa? - apertei o botão pra chamar o elevador.
- desde que a gente começou a dividir o mesmo hall de entrada. - aquele ar sarcástico dele me dava tremedeira nas mãos de tanta a minha vontade de dar um soco nele pra largar de ser trouxa.
- vai procurar o que fazer vai. - disse eu bufando.
Quando a porta do elevador se fechou, vi pela fresta o sorriso de Pedro se abrir maliciosamente, de novo.

Aquele vizinhoWhere stories live. Discover now