Capitulo 23

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P.O.V Sina Deinert.

Acordei sozinha no quarto e fui até o berço à procura do meu filho, mas ele não estava lá. Aquilo me deixou preocupada e com um enorme aperto no peito. Depois de ter saído de dentro de mim, parecia mais difícil protegê-lo o tempo todo.

— A mãe acordou.

Abri um enorme sorriso quando vi o Noah entrar no quarto segurando-o nos braços.

— Fiquei preocupada quando acordei e não o vi aqui.

— Ele estava comigo lá no bar, levei ele para que os outros vampiros pudessem conhecê-lo.

— E o que disseram? — Prendi a respiração, tensa.

— Estão tão apaixonados por ele quanto eu.

— Todos? Até mesmo o seu irmão?

— Nico é um idiota e nós simplesmente o ignoramos.

— É uma boa alternativa. — Estendi os braços para que Noah me entregasse o bebê.

Aconcheguei-o junto ao meu peito e ao sentir respirando devagar o meu coração se acalmou, me dando um ótimo motivo para a minha vida ter virado de cabeça para baixo. Afaguei o rostinho dele com as pontas dos dedos, pensando no quanto queria que a minha mãe adotiva estivesse ali para conhecê-lo. Tinha certeza que gritaria um pouco ao descobrir que eu estava grávida, mas logo iria se apaixonar por aquele bebê, como eu estava apaixonada.

Voltei com ele para cama e abaixei a alça da minha blusa, até expor o meu sutiã e extrair o meu seio de dentro dele. Aproximei o mamilo da boca do meu bebê, que o abocanhou sem pensar duas vezes.

— Parece que alguém aqui está com fome. — Beijei-o na testinha.

— Não é possível! Ele acabou de tomar duas mamadeiras de sangue. — Noah ficou boquiaberto com toda a fome do nosso pequeno vampirinho.

— Ele está me mordendo, mas acho que está tomando mais leite do que o meu sangue. Não estou sentindo como se estivesse ficando mais fraca, como acontece quando perco muito sangue.

— Bebendo leite? — Noah ainda estava incrédulo.

Apenas balancei a cabeça em afirmativa com um sorriso.

— Achei que ele não fosse tomar leite.

— Ele é um bebê.

— Mas um bebê vampiro.

— Metade nefilim. Acho que isso pode contribuir para um pouquinho de fome de outras coisas.

— Talvez. — Ainda nos observava como se estivesse analisando tudo.

— Vou buscar sangue para você.

Assenti com a cabeça enquanto acariciava o rostinho do meu filho, envolvida por aquele momento. Apena queria mantê-lo bem juntinho de mim, nada me faria mais feliz.

— Você cresce rápido, não é pequeno? — Beijei-o na testa. — É por isso que precisa de muitos nutrientes.

Noah voltou com a taça de sangue e entregou para mim. Aproximei-a da boca e senti o cheiro férrico intenso, fazendo com que a minha cabeça doesse um pouco. Tomei um gole e meu estômago deu uma revirada. Depois que o meu filho saiu de dentro de mim, não havia mais qualquer vontade de beber sangue, inclusive, parecia bastante nojento.

— Não quero. — Devolvi a taça para o Noah.

— Tem certeza que não? — Noah afunilou os olhos, observando-me.

— Tenho. O gosto está horrível. — Ri. — Nem acredito que conseguia beber isso enquanto estava grávida.

— Mas ele ainda vai tomar seu sangue.

O Bebê Proibido | NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora