Em casa

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Quando Harry voltou a si, e iria perguntar por quê haviam saído da cozinha, Draco o prensou contra a parede e, inesperadamente mordeu a ponta de sua orelha.

Harry sem nem ao menos perceber, que havia fechado os olhos como se aquele simples movimento o dominasse totalmente, e suas mãos foram para a cintura do outro automaticamente.

" Você tem andado muito ciumento, Harry." O loiro sussurrou no seu ouvido, antes de encarar suas íris verdes.

" Não gosta?"

" Sabe que eu amo, mas tente não agir assim na frente de Teddy. Ele pode ser apenas uma criança, mas tem uma inteligência fantástica." O respondeu, após rir um pouco da fala do outro.

Harry apreciou a risada melodiosa de seu noivo, seu olhos estavam focados nos lábios de Draco, o mesmo sorriu latino antes de passar a língua sobre seu lábio inferior.

" Eu posso?" Harry perguntou, mas o loiro não o respondeu e, apenas o beijou achando graça de como o moreno estava cauteloso com ele.

Novamente aquela mesma mistura, de estar em casa, estava presente misturada com paixão, saudades, desejo, carinho, cuidado, tudo que poderiam sentir um pelo outro estava sendo depositado naquele beijo.

Era mágico como cada um provocava o outro com apenas suas mãos, com apenas algumas carícias, com apenas um pequeno beijo, com amor acima de tudo.

Sim, Harry se lembrava cada dia mais de Draco, mas obviamente queria lembrar dos mínimos detalhes, dos minutos que passaram juntos apenas aproveitando a presença um do outro, queria fazer uma surpresa para seu loiro.

E se empenhava a cada dia, para conseguir fazer o outro não lembrar que havia falhado com ele, na verdade sempre quis poder conversar com Draco sobre algumas coisas.

Mas nunca sabia qual o momento certo para perguntar: Draco, por quê você não aparata mais?

Por quê nunca fala sobre a guerra, mesmo que seja apenas para desabafar?

Vamos sair mais, eu quero ver seu sorriso, vamos sim?

Por quê suporta às pessoas pisando, em você como se fosse um inseto?

E muitas outras perguntas que sempre se segurava para perguntar, pois, qual o sentido de perguntar e lhe fazer mal? Ele controlaria suas curiosidades, até que chegasse o momento certo.

Sentiu Draco querer afastar os lábios dos seus, mas o impediu prensando contra si. Ele não queria acabar com aquele momento, queria ficar assim por todo o tempo do mundo.

Ele queria continuar sentindo que estava em casa nos braços do outro, qual o problema com isso?

" Não vai me soltar? " Draco questionou sorrindo.

" Não. Quero continuar em casa." O moreno lhe respondeu, e Draco entendeu o que ele quis dizer, logo o abraçou.

" Sua casa sempre estará com as luzes acessas e aconchegante, não há necessidade de se preocupar com isso." Sussurrou no ouvido de seu amado, e lhe deu um abraço ainda mais apertado.

" Ela nunca vai faltar luz, ou, ficará fria?"

" Nunca." Draco disse " Agora vamos voltar antes que Teddy, acabe com o bolo de chocolate." Brincou, lhe dando um leve selar de lábios antes de se soltar, e voltar para a cozinha vendo um menino os esperando pacientemente.

" Teddy, quer mais bolo!" Exclamou o garoto, sorrindo com a boca mais suja do que antes.

" Tudo bem monstrinho, mas me conta você está gostou da ideia de morar com a gente?" Harry perguntou.

" Sim! Papai Dlaco falava, que Teddy ia mora com ele um dia! Eu tô aqui!!" O garotinho tentava depositar sua alegria em suas palavras, e mesmo não sabendo ele estava conseguindo.

" Fico feliz por isso Teddy, mas posso lhe perguntar algo?" Dessa vez, havia sido Draco quem o perguntou.

" Sim, papai."

" Por quê você me chama assim?" Questionou o loiro, e observou o garotinho ter uma expressão confusa " Por quê me chama de pai? Desde que eu te visitei pela primeira vez, você me chama assim." Explicou.

" Porque você é meu papai, eu gosto de você e isso é bom. Te amo e, quando você me visitou, me salvou dos homens maus." Teddy explicou, se lembrando de quando conheceu Draco.

Ele tinha acabado de ser levado para aquele lugar, não entendia do porque de estar lá. Mas viu crianças como ele, chorando e chamando seus pais.

Ele finalmente lembrou dos seus, mas não os chamou sabendo que ninguém iria o tirar de lá.

Ficou dois dias vendo seus "colegas" continuarem a chorar, mas ele sentia que não precisava, pois alguém iria o salvar de lá onde tinha mulheres ruins.

E esse alguém realmente chegou.

Ele avistou uma pessoa loira, com pele pálida, com seu rosto esbelto, seu jeito de andar era fabuloso, mesmo que estivesse com um olhar cansado a pessoa ainda sorria para ele de longe.

Quando ele se aproximou de si, lhe dizendo se chamar "Draco." E que era seu primo, Teddy imediatamente sorriu de volta.

Queria poder tocar nos cabelos um tanto grande do loiro, na época Draco, tinha seus cabelos um pouco abaixo dos ombros parecendo um príncipe antigo.

Agora seu cabelo estava a cima dos ombros, mas mesmo assim Teddy, ainda amava brincar com eles, e mostrou isso no dia que o conheceu.

Temia que Draco brigasse com ele se tentasse mexer, mas o mesmo sorriu delicadamente para ele, logo pegando sua mão e levando aos seus próprios cabelos.

Na verdade Draco não gostava muito de toques na época, mas teve que aprender com o pequeno Teddy, que era impossível sem tocar alguém, ou, algo que goste.

Nos primeiros dias tudo foi incrivelmente perfeito, e os dois estavam se acostumando um com o outro, eles brincavam e, riam por horas.

Draco havia acabado de perder sua genitora, e tinha muitas coisas em suas costas para resolver e aturar, mas sempre tirava suas horas para brincar, dançar, cantar, e muitas outras coisas com o pequeno Teddy.

O menino precisava de companhia, pois, ele era tão novo quando foi levado para aquele lugar, e Harry iria assim como Draco, cuidar do pequeno garotinho.

O loiro se responsabilizou em cuidar e dar amor para ele quando podia, pois, logo depois os aurores disseram, que ele só poderia visitar o garoto uma vez por mês.

Na verdade, Draco achou aquilo estranho, mas havia tantas coisas em sua cabeça, que era impossível pensar direito, logo depois de perder os dias das visitas... Veio as horas.

Seis...

Cinco...

Quatro...

Três...

E nunca mais conseguiram sair de duas horas, Malfoy sacrificava seu corpo agora dividindo entre três coisas. Sua faculdade, Seu noivo que na época estava em coma, e seu filho ao qual não o permitiam ver direito.

No começo, Teddy não conseguia entender o porquê, mas ficava feliz mesmo com apenas uma visita de seu pai.

E agora estava morando com ele, e seu padrinho, que juntos lhe tratam super bem. Teddy, não poderia pedir pais melhores do que aqueles.

Se sentia seguro ao lado deles, e não gostava quando alguém falava mal de seu pai! Então, o defendia. Mesmo não sabendo o motivo, de falarem aquilo.

O importante era que amava seus pais.

" Teddy, hora de escovar os dentes." Ouviu a voz calma de Draco, e o garotinho sorriu grande.

"Pode me ajudar?" O azulado pergunta, um tanto atrapalhado.

" Claro." Concordou. "Harry, enquanto ajudo ele, por favor, guarde tudo." Pediu o loiro, enquanto pegava Teddy em seu colo.

"Está bem, amor." Foi tudo o que Harry disse, antes de realmente começar a guardar as coisas e, ver eles saírem da cozinha

I am waiting for you, love ...- DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora