Harry Styles era um alfa viajante, algo que era mal visto em certas vilas da Ilha de Eroda. Afinal, só era um viajante aquele que foi expulso de sua alcatéia.
Mas, no meio da floresta de Doncaster, Louis acaba o encontrando e, diferente das outras...
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22 de Setembro, 1943 Floresta de Doncaster
A noite na floresta não foi nada tranquilo, mas não era como se Styles já não soubesse disso. Se arriscar a fechar os olhos enquanto tem vários pertences importante com você em um local desconhecido, é certamente angustiante. Seu cérebro parece apertar um botão vermelho nessas horas, fazendo com que seus pensamentos se tornem agitados e confusos, e Harry não estava diferente.
Por mais que não fosse nem a primeira e nem a última vez que o alfa fosse dormir em uma floresta, ele nunca se acostumaria com todos aqueles pensamentos. Será que vão me roubar? Será que me matariam quando me vissem sozinho e depois roubariam minhas coisas? Era os pensamentos que rondavam na cabeça do alfa. E foi por isso que ele não dormiu mais do que três horas naquela noite.
Mesmo depois de anos tendo uma rotina agitada, não sabendo se você vai conseguir comer amanhã ou se vai ter um lugar confortável para dormir, Harry jamais de acostumaria com tudo aquilo. Para quem já teve tudo, e depois nada, era realmente muito difícil. Mas ele não teve escolha, ele tinha que fazer aquilo.
Ao sentir os fracos raios de sol baterem em seu rosto, o rapaz de cabelos encaracolados acordou, abrindo os olhos lentamente e se acostumando com a luz do sol, logo depois conferindo se todos os seus pertences continuavam ali. Após ter certeza que tudo estava em seu devido lugar, ele se espreguiçou, sentindo uma tremenda dor nas costas, mas nada que não fosse passar conforme o tempo, e depois se levantou.
A floresta naquele horário parecia até mais bonita do que antes. Os raios solares passando através de alguns espaços pelas folhas, iluminando o chão de terra. Era realmente muito bonito, mas nada confortável para se dormir ali. Styles por um momento se distraiu de tudo, ouvindo um som de água corrente, pensando ser coisa de sua cabeça, mas ele continuava ouvindo o barulho, e então tendo a ideia de investigar de onde vinha o som. Talvez ele desse a sorte de achar uma nascente para pegar um pouco mais de água para beber. Andando alguns metros da árvore onde Harry tinha passado a noite, havia uma pequena nascente, sua água estando cristalina e correndo para o lado contrario da cidade.
Styles não perdeu tempo, pegando seu cantil e colocando em uma das caídas em que água passava, enchendo o objeto e bebendo todo o liquido e em seguida enchendo-o novamente. O alfa aproveitou também para jogar uma água em seu rosto, fazendo uma concha com as mãos e levando até a água, depois, jogando-a em seu rosto, pescoço e nuca, em seguida pegando mais um pouco para jogar em seus cachos, querendo arruma-los para ficar mais apresentável.
Logo depois, ele se sentou embaixo de uma árvore que tinha ali perto, pegando um caderno mediano com capa de couro e um lápis, escrevendo no mesmo como fora seu dia anterior. Harry sempre fazia isso, como se o caderno fosse uma espécie de diário, vez ou outra quando não conseguia dormir, o músico leia alguma página do caderno, revivendo alguma memória. Entretanto, sempre que caía mas páginas tristes ele as pulava, não querendo relembrar um momento que foi horrível. Após ele terminar de escrever com detalhes o dia, o alfa ouve sua barriga roncar, jogando a cabeça para trás e encostando no tronco de madeira, ele estava com preguiça de andar até a cidade, mas como não havia achado uma árvore frutífera ou um lago com peixes, não havia nada que ele pudesse fazer a não ser ir até a cidade novamente. Então o músico se levantou, batendo as mãos em sua roupa para tirar qualquer sujeira, arrumando sua mochila e então seguindo para Doncaster.
