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ANALU

Hoje ia ser um dia especial, tem gente que diz que sapatão é uma ser emocionada e eu afirmo que realmente é. Não queremos tempo pra pensar ou pra ter certeza, a verdade é que queremos viver.

Então talvez eu mudaria a palavra "emocionada" para "intensa" e diria que é maravilhoso ser assim. Dessa forma, não perdemos tempo em demonstrar nossos sentimentos pra quem a gente gosta como muitos por aí e podemos viver um romance de qualidade. Tá, eu tirei isso de um autoajuda.

Bom, há dois dias atrás eu e Amanda tivemos nossa primeira vez. Foi incrível, a gente se entendeu, descobriu o que cada uma gostava, nos satisfazemos, tudo de bom.

Tirando a parte do sexo, nossa conversa foi uma maravilha, tanto antes quanto depois. Ela disse que gostava de mim, eu correspondi, transamos e depois ficamos conversando no calor dos nossos corpos soados pós transa.

Nossa família nunca entendeu a nossa conexão, já eu sim, desde o minuto que olhei pra ela diferente, eu sabia que era além do amor da amizade. Ela é o amor da minha vida? Honestamente eu não sei, acho que estou muito nova pra isso e ela também, mas que tínhamos que viver uma experiência juntas, nós tínhamos e disso eu tenho certeza.

Então decidi preparar algo especial pra nós duas. Coloquei o pessoal pra sair, aliás, eles tinham que organizar um jantar que iríamos fazer e quem ficou em casa, coloquei pra não sair do quarto. O quintal era meu.

O dia estava perfeito, ensolarado e o céu azul claro sem uma nuvem aparente. A grama do quintal parecia mais verde e o sol reluzindo no lago tornava tudo mais lindo ainda.

— Já posso tirar essa venda? — Amanda perguntou impacientemente enquanto eu a guiava até a saída dos fundos de casa.

— Calma, coisa chata. — ri segurando ela em um falso tropeço. — Já estamos quase!

Ela bufou. Eu sabia que ela odiava surpresas, mas eu quis fazer mesmo assim, porque mesmo odiando, ela sempre ficou feliz depois de descobrir, o ruim era a ansiedade mesmo.

— Pode abrir! — disse me afastando dela e sorrindo com um nervoso fora do normal dentro de mim.

Ela colocou a mão na venda e foi retirando lentamente, mas sem abrir os olhos. Ela estava tão mais tão linda, com um vestido branco em uns detalhes verdes, um chapéu de palha clara, bem caracterizada, a garota do campo.

Seu cabelo acobreado fazia contraste com a cena perfeita do dia. As cores estavam gritando, o verde das árvores, o azul do céu, o branco do seu vestido, o palha do seu chapéu e o vermelho de seu cabelo e seus lábios.

— Que lindo, Ana! — ela me abraçou e selou meus lábios.

Tinha preparado um piquenique pra nós duas. Tinha tudo, bolo de chocolate, croissants, pão, queijo e presunto, suco de laranja, iogurte, bolo de cenoura, manteiga, tudo que do bom e do melhor com ajuda do pessoal da cozinha e do meu irmão que se dispôs a sair pra comprar algumas coisas.

— Foi você quem fez tudo? — ela se ajoelhou pegando uma uva e mordiscando.

— Mais ou menos. — disse sentando ao lado dela. — Gostou mesmo?

— Eu amei! — ela sorriu de orelha a orelha. — Tô tão feliz dessa nova fase juntas. — ela esticou o braço e acariciou meu rosto.

Como consequência Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang