3. it's now or never

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Capítulo longuíssimo, com 12.5K de palavras! Aproveitem!

Boa leitura!

— X —

3. it's now or never.

Pôde-se dizer que a negatividade sempre foi um dos maiores sentimentos que rondam o coraçãozinho de Harry.

Com quase dez anos, ele viu seu pai abandonar o lar, alegando que não conseguia mais viver no mesmo ambiente que eles. Foi um momento delicado para o garoto já que ele e o pai eram apegados demais. Pelo menos ele era. Harry superou graças a sua mãe e irmãs, mas também graças ao loirinho que sempre faziam questão de deixar bem claro que ele não era culpado pelo abandono do pai, e que quem perdia não era ele, já que ele tinha amor pra dar e vender.

Harry também se viu ser "arrancado do armário" aos quinze anos — mesmo que nunca fosse um problema pra ele confirmar sua sexualidade. Depois de fazer sexo oral com um garoto que ele tinha um quedinha em uma das primeiras festas que ele começou a frequentar no início do ensino médio, Harry foi explanado para a escola inteira que não havia apenas feito um boquete e sim sexo com penetração, sendo que o garoto era virgem.

Tempos depois, começaram relatos de que ele já havia transado com outros garotos — que obviamente eram mais a pura mentira. Ele sinceramente achou que não superaria aquilo, já que todos na escola começaram a chamá-lo de vadia. Isso o magoava tanto, mas ele se fazia de forte perante aos olhos julgadores daquelas pessoas, mas quando chegava em casa, sempre chorava no colo de sua mãe ou de Draco.

Com o tempo, quando ele percebeu que aquele "apelido" ficaria marcado nele por muito tempo, decidiu se tornar de fato uma vadia. Tudo isso não agradou muito o loiro, sendo que ele sempre discutia com todos que xingavam o amigo, mas decidiu deixar rolar, sendo que ele não poderia segurar o amigo e obrigá-lo a virar um santo. Infelizmente. Mas isso não quer dizer que não poderia ameaçar alguns garotos para ficarem longe de Harry, e ele fazia de muito bom agrado mesmo sabendo que é errado.

Harry sabia disso, mas fingia que não.

Agora o que o atormentava era os olhos apreensivos de Draco enquanto dirigia para casa. Eles estavam voltando da pequena festa de aniversário de Daphne e ambos garantem ter sido uma experiência além de boa, super assustadora, até porque não é todo dia em que você deixa seu melhor amigo de pau duro, uh? O menor mexia os dedos das mãos de forma nervosa enquanto o clima estava fresco e o ambiente silencioso, somente com o barulho baixo do ar condicionado e a respiração pesada de ambos.

Draco diversas vezes abria a boca para falar algo, mas quando o olhava, lembrava-se dos momentos trocados na casa de Daphne e aquilo se tornou motivo para o mesmo recuar. A culpa ronda a mente dos dois. Harry por ter se "relacionado" com Viktor e mentido para o amigo e Draco por ter agido mal com ele e o desejar tão desesperadamente.

— E-eu sei que pode não valer de nada agora, mas... eu sinto muito! — Harry quebra o silêncio.

— Sente? Pelo que exatamente?

— Por tudo com o Viktor e por não ter te contado... eu sabia que você não ia gostar muito e fiquei com medo. — sua voz está controlável e baixa.

— Não quero que você tenha medo de mim, Hazz, somos amigos, não somos? Na minha opinião, você ficar com ele é uma burrada muito grande, porém eu não posso dizer com quem você deve ou não deve ficar.

— Eu sei... e realmente sinto muito! Aliás, irei parar de vê-lo, mas caso algo aconteça você será o primeiro a saber.

Draco sorri verdadeiro pela primeira vez naquele dia para o amigo. Os seus músculos que antes estavam tensos, agora estão mais relaxados, assim como a carranca que ele carregou por aí durante todo aquele dia. Mas foi só Harry colocar a mão esquerda em sua perna direita acariciando-a, que ele prende a respiração ao sentir um arrepio imenso sobre o seu corpo. Harry sempre teve um poder sobre ele, mas está mais evidente a cada dia e ele sente que todo esse contato pode acabar com sua sanidade.

Erotic Dreams | DrarryWhere stories live. Discover now