𝓣𝓱𝓮 𝓜𝓲𝓭𝓷𝓲𝓰𝓱𝓽 𝓒𝓱𝓾𝓻𝓬𝓱 ⛧Jikook⛧

𖤐𝕋𝕙𝕖 𝔻𝕖𝕞𝕠𝕟 𝕋𝕠𝕦𝕔𝕙𖤐

Os séculos que passei nesta terra, posso dizer que me foi deveras agradável ainda que muitas vezes, entediante na mesma medida.

Contudo, sempre soube como espantar para longe essa sensação humana que por muitas vezes, me fez ter pena dos pobres mortais.

Sim, pena. Piedade. Compaixão.

Não pensem que tais sentimentos me fizeram querer subir aos céus, pelos infernos não.

Sentia piedade, por que essas criaturas não são capazes de jogar tal sentimento para longe e ver a diversão que ao redor delas.

Sinceramente? Se algum deles cair em meu colo, vai ter que aprender a dançar em dois tempos.

Odeio pessoas entediantes ainda mais preguiçosas.

Credo.

Ainda que a preguiça seja uma de minhas crias, ter uma alma que tem preguiça até de sair do estado de torpor que é o tédio, me irrita.

Assim, andava livremente observando aqueles que mesmo que com os piores sentimentos dentro de si, ainda agitavam quem estivesse ao seu redor.

Eram esses que eu mais desejava ter ao meu lado e foram muitos desses que levei para minha casa.

Mas como a maioria dos que viviam na ilha já me pertenciam, estava a beira de um colapso por não haverem novas peças a serem adquiridas.

As novas sementes, demorariam ainda para serem colhidas e eu estava ficando sem tempo.

Sim, eu tinha um tempo antes de cair no sono neste mundo e ter que voltar para o meu Reino.

Foi quando ele chegou.

Alguém com o coração puro ainda que com malícia, curioso ainda que no fundo, um medroso.

Quando observei a audácia daquele pequeno bolo de carne ao entrar em meu território e ter a audácia de deixar uma parte dele em uma das minhas luzes, eu soube que eu teria que tê-lo para mim.

Foi quase como se de forma inconsciente, ele pedisse por isso.

Me colocar como seu professor, foi algo que não precisei nem fazer esforço. Me entreter com os pensamentos daquela mente fértil, meu passatempo favorito, mas.... Passar a seguir seu cheiro como um viciado de merda, foi algo que não planejei.

Mas me via atrás dele, o vigiando aonde ele fosse, procurando formas para que ele me deixasse entrar em sua casa.

Mas o bolo de carne nunca me convidava, mesmo que não eu não precisasse de convite...

Oras, eu precisar de convite na ilha que já me pertencia?

Sim...eu precisava.

E isso me frustrava.

Me frustrava porque eu queria aquele bolo de carne com cobertura de malícia intocada, que desejava o meu toque mas não me dava a porra de um mero convite.

Criatura insolente.

Mas não pensem vocês que eu fiquei atrás dele.

Eu sou orgulhoso, não vou ficar correndo atrás de alguém...

Jamais!

Todavia, ali estava eu cutucando a imaginação daquele bolinho de bochechas e lábios fartos que no momento, estava tão concentrado que um biquinho se formava naqueles lábios que me pareciam tão macios...

E funcionou, ele me olhou mas eu estava determinado a virar aquele jogo e assim, prendia meu olhar no dele.

O resultado?