🌼Que vacilo, Jisung...🌼

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Alguns meses depois...

Já fazia cerca de 6 meses que Han Jisung morava naquele prédio.

Havia feito amizade com o homem do 54 – Hyunjin –, com o do 42 – Felix –, com a mulher do 35 – Chaeyoung – e até mesmo com o porteiro. Mas não havia dado se quer nem um passo com o seu vizinho do 48.

— Acho que ele me odeia. — Jisung diz e Hyunjin nega.

— Não tem como odiar você. Impossível! Se ele te odeia, tem que ter muito odio no coração! – Hyujin responde.

— E outra coisa, ele pode ser surdo também. Eu já falei isso pra vocês! — Chaeyoung diz.

— Mas ele sempre aparece muito bem vestido, teria condição pra comprar um aparelho auditivo, Chae! – Felix diz.

— Você sabe que algumas pessoas que nascem com problemas auditivos, não gostam de usar os aparelhos, né? — Hyunjin responde. — Meu avô era um exemplo. Ele disse que o som do mundo doía os ouvidos dele.

— Como ele te disse isso se ele era surdo?

— Desisto do Felix. — Chae diz. — Você sabe o que é libras? Linguagem de sinais?

Felix prolonga o "A", fazendo menção de ter entendido.

— Acho que ele não gosta de mim ou, é um revoltado com a vida.

— Eu seria feliz se fosse sua vizinha. Imagina, sair pra tirar o lixo e ver você nessa regata branquinha marcando esses músculos ? — Chaeyoung diz. – Mas ainda bem que eu sou lésbica.

Os garotos riram.

Estavam todos na casa de Jisung, jogados no carpete da sala, criando teorias do porque o vizinho de Jisung ser tão estranho e sério.

Sobre seus novos amigos.

Hyunjin e Jisung meio que não se deram bem no início porque Hyunjin havia acabado de terminar um relacionamento e Han acabou esbarrando nele no mesmo dia na portaria, derrubando o incrível bolo de cenoura que ele gostava. Apesar de tudo, depois disso, viraram amigos inseparáveis.

Felix, por outro lado, foi extremamente extrovertido e puxou assunto com Jisung no elevador, então os dois se aproximaram bastante também.

Chaeyoung foi o grande Q da questão. Ela flertou descaradamente com Jisung – que se identifica como panssexual – e depois disse que era lésbica. Então os dois riram, levando-os a serem amigos.

Então eles se uniram.

Depois que jogaram mais uma rodada de Uno, todos foram para suas respectivas casas e Jisung teve que descer também, pois havia se esquecido de descer com o lixo.

Ele odiava ter que descer de escada com os sacos de lixo pesados – já que as normas do prédio era não descer de elevador com sacos de lixo, porque o odor ficava todo empregnado no elevador.

Jisung deixou o lixo e finalmente subiu de elevador, se encostando nela para respirar um pouco. Assim que saiu, andou até sua porta e tirou a chaves.

Enfiou a primeira chave, mas a porta não destrancou. Colocou a segunda, mas esta nem mesmo encaixou na fechadura. Jisung já estava começando a suspeitar de que havia pegado a chave errada. Tentou forçar a maçaneta, mas nada. Certo, tentaria a última chave.

No entanto, quando separou a chave, a porta foi destrancada por dentro.

— Perdeu alguma coisa na fechadura da minha porta? — Lee Know apareceu com um semblante ignorante ao dizer tais palavras.

Jisung ficou confuso. Mas, ah... Ele havia calculado mal seus passos e havia tentado destrancar a porta errada.

— Oh! Eu pensei que esta fosse a porta do meu apartamento. Desculpe incomodar. — Han sorriu se curvando e se dirigiu até a sua porta, destrancando-a e negando brevemente.

Que vacilo, Jisung. Que vacilo...

Meu Vizinho Where stories live. Discover now