🌼Sem rancor🌼

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Jisung, desde pequeno, sempre amara pintar, por isso, ele mesmo decidiu pintar as paredes de seu apartamento naquele dia, visto que era sábado e não teria que trabalhar.

As paredes de seu quarto seriam azuis claras. Jisung não sabia porque, mas amava a cor.

Quando este havia terminado de passar as primeiras camadas, ouviu um barulho alto. Então, saiu de seu quarto e foi verificar se era em seu apartamento – Yuki era uma cadela muito agitada, temia que a cachorrinha tivesse derrubado algo. Mas não era.

Han franziu o cenho.

Socorro!

Jisung ouviu, não muito longe, porém abafado o suficiente para alguém não ouvir tão claramente.

Han saiu de seu apartamento e olhou no corredor. A voz novamente gritou e de repente, Jisung se tocou que se tratava de seu vizinho no qual vivia lhe deixando no vácuo em todos os seus cumprimentos.

Ele poderia ter deixado e fingido que não havia ouvido, mas Jisung tinha um bom coração, por isso se aproximou da porta e ouviu mais protestos e xingamentos vindo de dentro.

Certo. Respirou fundo e abriu a porta, procurando de onde vinha os ruídos. Até que olhou para o canto da sala e viu.

Minho estava no chão com uma estante repleta de livros caída sobre si. Quando seus olhos caíram sobre Jisung, ele sentiu uma pontada de alívio percorrer sobre si. Seus olhos cheios de lágrimas demonstravam seu desespero.

Han não hesitou em ir até lá rápido.

— Tá sentindo alguma dor?

Minho assentiu.

— Você consegue erguer a estante? É pesada demais para mim. — Minho disse.

Jisung se encantou por 3 segundos com a voz do Lee, depois assentiu.

Com toda a força que tinha, Jisung ergueu a estante, que por sinal era muito pesada, mesmo que os livros não estivessem mais ali.

Lee Know se arrastou, saindo debaixo da estante com um resmungo de dor.

Han ergueu a estante novamente, deixando-a de pé.

— Você está sentindo dor onde? — Jisung pergunta preocupado. Aquela estante era claramente muito pesada.

— Na perna. Talvez tenha quebrado... — Minho responde.

— Certo. Onde estão seus documentos? Te levarei ao hospital. — Jisung diz, erguendo Minho com muito cuidado.

— Não... hospital, não. — O Lee reclama.

— Hospital, sim. Só diga onde estão e eu pego. — Jisung diz de forma mais rígida.

Minho engoliu seco.

— Minha carteira. Está sobre a mesa da cozinha.

Han concordou e correu para pegar a mesma, voltando rapidamente.

— Vou no meu apartamento pegar as chaves do meu carro, espere aqui no corredor, ok? — Jisung diz conduzindo Minho até a porta e o deixando escorado na parede, vez ou outra soltando gemidos de dor.

Jisung volta rápido e fecha a porta dos dois apartamentos, passando então o braço do Lee sobre os seus ombros e caminhando com ele até o elevador.

Minho sentia uma dor intensamente forte na perna e não sabia descrever. Era uma dor forte e aguda, mas comparar aquilo com as coisas que já havia passado, era exagero.

Rapidamente eles chegaram até o carro e Jisung entrou do outro lado para dirigir.

— Ainda dói muito?

— Sim. — Minho respondeu.

— Aguenta mais um pouco, não vamos demorar.

Jisung conduziu o carro para fora, que logo foi dirigido para o meio do trânsito da cidade.

Minho só conseguia pensar em duas coisas. Primeiro, em sua perna. Segundo, em como Jisung, mesmo depois de o Lee ter sido sem educação, ainda estava o levando para o hospital.

Será que, na verdade, Han Jisung não fingia toda aquela felicidade que demonstrava e Minho havia o julgado mal? Ou será que Lee Know era mesmo um ser frio e ignorante?

Meu Vizinho Where stories live. Discover now