Can't you see me? - Jikook

[7] 일곱

Como fiquei um tempo sem atualizar e esse capítulo é continuação do outro, vou postar dois hj pra vcs, então espero que gostem.

Boa leitura 🙃

[🥀]

– Você – falei baixo, mas sei que escutou, porque ele parou de mexer os dedos entre meus fios. – Não tenho certeza disso, mas... você conseguiu o que só meu irmão conseguia. Nem mesmo meus pais conseguem, mas você conseguiu nas duas tentativas seguidas, você é o que me acalma. Me estressa, mas me ajudou duas vezes só hoje, então é... é acho que é você.

O loiro ficou em silêncio, o que me deixou incomodado e arrependido por ter falado isso.

Então, separei o abraço, ou pelo menos tentei, porque antes que eu me afastasse o suficiente para ver seu rosto, ele me puxou de volta, envolvendo meu pescoço com os braços e agora sendo ele quem esconde o rosto em meu ombro.

E eu, sem saber o que fazer, o imitei.

Fiz o mesmo que ele estava fazendo comigo segundos atrás, acariciando sua cabeça e levemente suas costas, também apoiando meu queixo em seu ombro, me sentindo estranhamente confortável naquele abraço.

Estava tempo demais tocando em alguém? Sim, não sei exatamente o porquê, mas minha fobia não atacou, na verdade, meu corpo estava gostando daquele toque, o que só aconteceu uma vez e foi com Taehyung.

Os demais toques, da minha família e dos Tico e Teco, eu aguentava, mas eles sabiam que não podia ser por muito tempo e respeitavam, e se afastavam quando me viam desconfortável.

Mas não está sendo assim com o Grilo.

E eu não sei se isso é bom ou ruim, só sei que não é estranho abraçá-lo.

– Você é uma das poucas pessoas que conseguiram me abraçar. Nem mesmo meu irmão passou tanto tempo abraçado a mim. Nem Seokjin e Hoseok conseguem me abraçar direito, mas você... por algum motivo... eu não estou conseguindo me afastar – continuei mesmo com a vergonha me tomando por inteiro.

– Nem com a sua fobia estranha?

– Nem com a minha fobia estranha – falei risonho, o fazendo rir nasalmente como resposta.

Mais uma vez ficamos em silêncio por alguns minutos, até finalmente termos coragem para nos afastarmos.

E ao ver o rosto do Grilo, senti a vergonha me consumir novamente pelo que falei e, por isso, fui eu quem não conseguiu encarar o outro dessa vez.

– Seu rosto está todo molhado e vermelho – não se importando com a minha falta de contato visual, o loiro escondeu as mãos na manga da blusa e limpou meu rosto com todo o cuidado do mundo, como se eu fosse alguma peça preciosa.

Que porra é essa que está acontecendo dentro de mim nesse momento?

Um frio subiu pelas minhas entranhas, o que é uma coisa que eu nunca senti na vida, então acabei levando ambos os braços ao estômago, abraçando meu próprio corpo na altura do estômago querendo parar com aquilo.

Talvez seja outra crise, mas pelo quê?

Essa seria minha primeira vez tendo uma crise por vergonha e, sinceramente, é bem estranho.

Mas, pensando bem, isso não é uma crise, porque eu não sinto falta de ar, nem as vistas estão turvas, é literalmente só um frio na barriga...

Puta que pariu.

Eu já ouvi meu irmão falar sobre isso, mas espero que não seja isso, que seja apenas... apenas... sei lá, que seja qualquer outra coisa, menos isso que é tão descrito nos livros de romance e pelos três patetas.