O amor Pedresa...

44- O amor Pedresa

ººº

Continuação do último capítulo...

-"Você me ama?" (Pedro pergunta se aproximando.)

-"Pedro, esse não é o momento... Por favor!" (Teresa estava nervosa, recusava-se a dizer a verdade.)

-"E qual será o momento, Teresa? Você não parece ver que eu a amo... sou consciente que errei, mas construímos uma nova história juntos... tivemos um fruto disso tudo! Momentos incríveis..."

-"Eu sei... mas não é tão simples..."

-"Como não, meu amor? Como não?" (Pedro se aproxima de Teresa e segura em suas mãos.)

-"Pedro... eu preciso ir... Gabriel deve estar chorando e eu..."

-"Você o quê, Teresa? Vai dizer que precisa trabalhar ou qual vai ser suas desculpas dessa vez?" (Pedro falou sorrindo.)

-"Pedro, por favor, deixe-me pensar um pouco..." (Teresa soltou suas mãos das de Pedro.)

Teresa saiu do cômodo, deixando um Pedro pensativo para trás.

Chegando em seu quarto, Teresa abriu uma das gavetas ao lado de sua cama e pegou um caderno. Sentou-se na cama e tirou a poeira que havia em cima dele. Aquele caderno não era um simples caderno... aquele caderno foi dado por seu pai em sua comemoração de primavera de 15 anos.

As palavras que seu pai lhe disse naquele exato dia foram fortes e, em todos os momentos bons, Teresa lembrava delas...

Quarto de Teresa Cristina em Nápoles

Teresa estava se olhando em um dos espelhos que havia em seu quarto e colocando um colar azul ganho de sua tia...

Batidas na porta...

-"Quem é?" (Teresa perguntou.)

-"Sou eu, meu amor, posso entrar?" (Seu pai perguntou.)

-"Sim!" (Sorri.)

-"Vim te dar teu presente de primavera, espero que goste!"

-"Onde está?" (Teresa perguntou sorridente)

-"Aqui." (Ele mostra uma caixa.)

Teresa abriu a caixa e encontrou um caderninho pequeno com pérolas azuis em cima.

-"É bonito..." (Teresa sorri olhando para o pequeno caderno.)

-"Lembre-se de anotar todas as coisas boas, todos os bons momentos... você cruzará os mares um dia para encontrar teu pretendente e será muito feliz. Sempre que se sentir bem ou feliz, lembre-se de anotar para recordar sempre os bons momentos, minha princesa e futura imperatriz." (Ele sorri para Teresa.)

-"Não quero ir... Por que não posso viver contigo para sempre? Por que tenho que ir?" (Teresa abaixa a cabeça.)

-"Minha princesa será a futura imperatriz e terá deveres. Estou certo de que irá cumprir e será muito feliz." (Ele sorri para Teresa.)

Teresa rapidamente deu um abraço em seu pai.

-"Sentirei muitas saudades!" (Teresa afirma, derramando lágrimas.)

-"Pode estar seguro de que sentirei mais!" (Ele derrama lágrimas.)

As lembranças daquele dia vieram à mente de Teresa, e ela começou a derramar lágrimas. Sentia saudades de seu pai, o homem que a ajudava em tudo.

Pegou seu caderno e se sentou em uma cadeira ao lado da mesa e começou a escrever.

Carta de Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias