Capítulo 9

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— Bom dia! – o entregador fala quando Ester abre a porta.

— Bom dia!

— Ester Gomes?

— Isso!

— São pra você. – ele a entrega um buquê de rosas e uma caixa de chocolate. – Assina aqui por favor.

— Calma. – Ester ajeita o buquê em seus braços e assina.

— Obrigado! – ele sorri amigável e sai.

— Desde quando recebe flores? – Jordânia fala ao sair do carro e ver o buquê nas mãos da irmã.

— Desde hoje. – ela responde sorrindo.

— Quem deu?

— Calminha! – Ester pega o cartão e começa a ler com um sorriso no rosto. – "Obrigado pela noite encantadora! Que seu dia seja maravilhoso, morena. Nerdizinho." – ela ri com a forma que ele assinou.

— Nerdizinho? Noite encantadora?

— Ele é um amorzinho! Saímos ontem e ele é tão fofo, sabe? É inteligente e uma gracinha.

— Devo me preparar pra ter um cunhado?

— Credo! Só saímos, foi gostoso, ficamos, mas vai com calma, isso não significa nada, só ficamos.

— E o policial?

— O André? Ele é um amigo.

— Um sexy que você pode beijar.

— Ainda bem que você casou, porque tá sem limites.

— Não disse nada demais!

— Cadê meu bebê?

— Está com o pai e vir buscar o bendito Terry.

— Ele ficou aqui? Então meu nenê não dormiu essa noite.

— Nem eu! Isso de objeto de transição é um porre, as vezes quero queimar esse urso. Só não vir buscar no meio da madrugada por causa da chuva.

— Queima pra você o problema que terá. Entra e procure, vou agradecer o nerdizinho e dizer que me deixou muito feliz.

Ligação

— É da polícia? – André fala assim que a Ester atender. – É que roubaram meu coração... Espera, foi você que roubou e eu que sou o policial, tenho que te prender. – Ester ri.

— O que foi isso?

— Era pra ser uma cantada, mas não saiu tão bem como pensei. Brincadeira a parte, smurfette, tenho um convite pra te fazer e vou ficar muito chateado se falar não.

— Smurfette é sacanagem. Aliás, por que me chama assim?

— Você é pequena, fofo e linda, smurfette é perfeito e só vou te chamar assim agora.

— Sendo assim vou te chamar de brutos.

— Do pica-pau? Ah, não smurfette! Isso sim, é maldade! – Ester ri. - Depois do almoço vou fazer trilha de bike com alguns amigos, vamos a uma cachoeira. Vem comigo? Será muito divertido, prometo.

— Amo cachoeira, mas não tenho bike.

— Não seja por isso, tenho e me fala sua numeração que compro agora a roupa de ciclismo...

— Só se preocupe com a bike. Depois do almoço?

— Isso, passo na sua casa e te busco, só me fala onde é.

— Mando o endereço por mensagem.

— Ok. Já avisando, meus amigos são zoeiras.

— São policiais? Sempre pensei que policiais fossem sérios e amargurados, aí te conheci. – André rir.

— Por que seríamos assim?

— Não sei, só esperava isso.

— Ser policial não é fácil, a profissão exige muita renúncia e disciplina... Tem muito tabu, muita dificuldade, a lei defende bandido, passamos meses em uma investigação, prendemos e eles soltam... Existem muitos policiais corruptos que mancham nossa imagem, ou simplesmente que atira primeiro pra depois perguntar e isso por causa da cor da pele e tudo isso só atrapalha ainda mais. Ser policial, pelo menos pra mim, é uma honra e me sinto muito feliz com isso, não tem amargura.

— Sempre foi policial?

— Não, antes eu era personal trainer, estava estudando para a prova e me preparando. Precisava de um emprego que desse pra colocar comida em casa, ajudasse meus irmãos na faculdade e ainda ter tempo de ir atrás do meu sonho e ganhava muito bem como personal.

— Parece ser um irmão fantástico.

— Sou nada! Meu irmão é... Na verdade, todos eles.

— Estou curiosa para conhecê-los.

— Só marcar! Vou terminar de fazer o almoço, quando estiver saindo daqui te aviso.

— Ok! Tchau!

•••

André buscou Ester e eles foram até o lugar onde combinou de encontrar com os amigos pra eles irem pra cachoeira, os dois foram o caminho inteiro conversando, brincando e dando muita risada.

— Agora que já conhece a turma, bora? – André fala após apresentar os amigos.

— Moça, o que você viu nesse palhaço? – ítalo, amigo do André fala rindo.

— Não somos um casal! – Ester fala colocando o capacete. – Mas ele é muito legal, uma ótima companhia e excelente pessoa pra dar risada.

— Ignora esse palhaço, smurfette!

— Se não são namorados vou dar em cima de você. – André dar um soco nele.

— Para com isso, ítalo! – Ester ri.

— Pode fazer isso, mas será em vão já que não tenho interesse nenhum em você.

— Toma pra deixar de ser palhaço. – André disse rindo. – Vamos, ou chegaremos na hora de voltar.

— Quero só ver se vai conseguir acompanhar o nosso pique, Ester. – Uma mulher fala sorrindo amigável.

— Não tenha dúvida, não é de hoje que faço isso. Não exército só meu cérebro, gente! – ela rir. – Mentira, faz um ano que não ando em uma bike.

Os amigos do André não perderam a oportunidade de o constranger com brincadeiras. A Ester deu várias risadas e estava amando participar daquilo.

— Uau! – Ester fala ao ver a cachoeira.

— Muito lindo esse lugar, né? – André fala sorrindo. – Valeu a pena?

— Antes mesmo de chegar já tinha válido, seus amigos são engraçados.

— Um bando de idiota, vai ter volta tudo que fizeram. – Ester ri.

— Ainda tem sinal. – ela fala olhando o celular. – Tira uma foto por favor, vou enviar pra uma amiga.

— Tiro foto e faço outras coisas também.

— Tipo? – Ester responde inocente e ele ri. – Meu Deus, André!

꧁༺ Notas da autora༻꧂

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Coração EnganosoOnde histórias criam vida. Descubra agora