CAPÍTULO 04

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CAPÍTULO 04

Massimo De Leone

Meu dia foi cheio de compromissos pela Vinícola e já que Anselmo, um dos fazendeiros da região me fez uma visita. Decidimos almoçar juntos em uma churrascaria e passamos boa parte da tarde falando de negócios e caminhando pela vinícola.

— Nossa que gostosa.

Olhei para a mesma direção que ele e me deparei com Helena pegando frutas em um pequeno pomar que tinha ao lado de casa.

Ela estava usando as mesmas roupas de manhã cedo, jeans e uma regata cinza, mas era impossível não notar suas curvas.

Ela  tinha uma bunda redonda e empinada, barriga lisa e seios fartos.

— É minha nova funcionaria — Comentei.

— Nossa, que garota linda.

Continuou elogiando e aquilo me incomodou.

— A garota é um bicho do mato e já sofreu o diabo na vida, fique longe dela, Ferreto.

Alertei e ele me lançou um olhar curioso.

— É impressão minha ou você está marcando território? — questionou.

Soltei uma risada desgostosa e o encarei.

— Não que seja da sua conta, mas a garota tem dezoito anos, mal saiu das fraldas e só foi contratada porque cozinha muito bem.

— Entendi.

Ele disse e depois se despediu, sem deixar de espichar os olhos para cima dela.

Eu não tinha nada a ver com a vida de Helena, mas não me agradava a ideia de vê-la nas garras de um cara como Anselmo, que era tão filha da puta quanto eu quando o assunto era mulher.

Nos despedimos e depois entrei em casa. Foi só passar pelas portas para sentir um cheiro de lavanda pelo ar.

A presença de Helena estava refletindo em cada canto, era nítido como ela era organizada e gostava de espalhar vasos de flores naturais pela casa.

Quando entrei em meu quarto, fiquei alguns segundos olhando para todos os detalhes e elogiando mentalmente o quanto aquela garota era caprichosa.
Atravessei a suíte entrei no banheiro que estava impecável como o resto.

Na Itália, meus funcionários eram bem treinados para atender minhas exigências, já no Brasil, principalmente naquela região onde eu estava morando, era difícil conseguir bons empregados, por isso Helena estava sendo uma grata surpresa.

Quando Cecilia era viva, sempre tomou frente de tudo e mantinha a casa em ordem, contratava e demitia, mas depois que ela faleceu eu preferi ficar sozinho e ter apenas uma cozinheira que arrumasse as coisas pra mim.

Uma ideia que não deu certo com Carmela, mas estava confiante que Helena desce conta.

Tomei um banho demorado, troquei de roupa e depois desci para ver o que ela tinha feito para o jantar, estava faminto e exausto, pretendia comer e me recolher cedo.
Ao chegar na sala de refeições reparei na mesa bonita que ela tinha preparado.

— Posso servir, senhor?

Ela pediu e eu assenti sem deixar de olhar para o seu corpo que parecia um convite para os meus olhos.
Aquela garota só estava nas minhas terras há dois dias e eu me sentia um tarado a cada vez que ela passava por mim.

Era gostoso olhar para seus traços bonitos, cabelos longos e sedosos, impossível não pensar besteira.

Helena voltou com o carrinho cheio de travessas e depois de me servir avisou que iria para a cozinha e me deixou sozinho na sala de jantar.

O DESPERTAR DO VIÚVO: SERÁ RETIRADO EM 24 HORAS Onde as histórias ganham vida. Descobre agora