CAPÍTULO 07

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Boa leitura ❤️

Helena

Acordei muito melhor no sábado de manhã e encontrei a casa silenciosa. Massimo já tinha falado que passaria o fim de semana na fazenda da avó em Serra Negra e por isso eu teria dois dias livres da cozinha.

Com aquele tempo todo livre e a casa organizada, decidi que precisava ir a cidade para comprar umas coisas.

Ele tinha me dado um adiantamento de salário e com isso eu poderia comprar algumas peças de roupa, remédio e produtos de higiene que já estavam acabando.

Tomei um banho revigorante, sem a pressa diária de olhar no celular para ver se já estava atrasada para servir o café.

Eu não tinha muitas roupas, então escolhi uma calça jeans de tom claro, quase branca, coloquei uma blusinha de alças finas, cor de rosa, calcei um par de sapatilhas e desci.

Meus cabelos estavam úmidos, não tinha o costume de usar maquiagem, nem sabia como passar um batom direito, então conclui que estava apresentável para dar uma volta na cidade.

Fui direto para cozinha, preparei uma xicara de café na cafeteira mesmo e comi um pedaço de bolo que tinha feito no dia anterior.

Estava toda a animada para sair, quando lembrei que a cidade ficava há uns cinco quilômetros da vinícola e que seria um trajeto longo para fazer a pé.

Mesmo assim não me dei por vencida e resolvi ir caminhando.

Peguei minha bolsinha transversal, ajeitei na lateral do corpo e saí de casa sentindo um sol tímido na minha pele.

Havia uma sensação gostosa de liberdade, a cada passo que eu dava em direção a estrada. Tinha gosto vida nova e um emaranhado de sensações gostosas que tomavam em meu peito.

Já estava caminhando há uns dez minutos, quando avistei a pequena vila de moradores que ficava dentro das terras de Massimo e ficava na metade do caminho, entre a vinícola e a cidade.

A primeira casa era de Carmela e a avistei tricotando alguma coisa na área de sua casa.

Ela acenou pra mim e dei um tchau tímido de volta, pois não pretendia parar.

Segui meu caminho na rua asfaltada, cheia de vinhedos de ambos os lados e vinte minutos depois eu cheguei na cidade.

Talvez eu comprasse uma bicicleta para poder chegar mais rápido, no entanto, achei uma caminhada tranquila, cheia de paisagens bonitas.

Passei pelo portal onde estava escrito " Sejam bem-vindos a Milagres do Sul"

Gostei do nome e torci para que minha estada em Milagres fosse uma fase maravilhosa, pois estava cansada de sofrer.

A cidade era pequena, mas tinha um centrinho movimentado e me lembrou Nova Lima. A única diferença é que tinha mais barzinhos e restaurantes, pois a vinícola atraia muitos turistas e a cidade os acolhia depois dos passeios.

Minha primeira parada foi na farmácia, comprei xampu, condicionador, creme dental e coisas básicas para usar no dia-a-dia, esses pequenos luxos me foram negados a vida toda.

Minha mãe se quer comprava absorventes na época em que eu era adolescente, se não fosse a tia Nair, as coisas teriam sido muito piores, ela sempre comprava tudo que eu precisava e me dava escondido da bruxa da minha mãe.

Saí da farmácia e fiquei olhando uma vitrine da lojinha que tinha ao lado, havia manequins e expostos na calçada, cheios de folhas de papel penduradas nas roupas, indicando que havia promoções.

O DESPERTAR DO VIÚVO: SERÁ RETIRADO EM 24 HORAS Onde as histórias ganham vida. Descobre agora