Capítulo 17

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Jungkook

Quando cheguei à casa de Jimin para buscá-lo para o brunch de Páscoa e o vi descer as escadas, precisei me recostar no banco do carro.

Eun-ha balbuciou, e eu tive que concordar com ela.

Minie estava lindo.

Usava um suéter amarelo em gola V, uma calça e sapatos igualmente pretos (look da mídia, sem o boné).

No rosto, uma leve maquiagem.

O cabelo estava liso e jogado para o lado.

Saí do carro e abri a porta do passageiro para ele, que sorriu para mim, segurando um buquê de rosas em uma das mãos e uma travessa na outra.

- Olha como você está elegante!

- É só um terno e uma gravata - eu disse, pegando a travessa das mãos dele.

Em seguida, contornei o carro, abri a porta de trás e coloquei a travessa em cima do banco.

Quando eu me sentei de novo no banco do motorista e fechei a porta, olhei de relance para Minie.

- Você está lindo.

Ele riu e jogou a franja para trás antes de passar a mão no suéter.

- Você tem toda a razão, senhor.

Seguimos rumo à casa do professor Oliver e, quando chegamos, apresentei Minie para Karla, filha de Ollie, e Sana, sua noiva.

- É um prazer conhecê-lo, Minie. Eu diria que ouvi falar muito de você, mas você conhece o Jungkook, ele não fala muito - brincou Karla.

- Sério? - perguntou Minie, com um tom de voz irônico. - Nunca consigo fazê-lo calar a boca.

Karla riu, pegou Eun-ha do meu colo e a beijou na testa.

- É, ele é um verdadeiro tagarela.

Karla era o mais próximo que já tive de uma irmã, e nós também discutíamos como se fôssemos irmãos de verdade.

Quando criança, ela entrava e saía de programas de adoção e, mais tarde, acabou se envolvendo com drogas e álcool.

Eu ainda não a conhecia nessa época.

Quando nossos caminhos se cruzaram, ela já havia tomado jeito, e agora era essa linda mulher afro-americana, que lutava pelos direitos das crianças que não tinham um lugar para chamar de lar.

Professor Oliver e Mary não desistiram de Karla nem quando ela chegou à adolescência, e ela sempre dizia que isso havia mudado alguma coisa em seu coração.

Poucas pessoas se interessariam em adotar uma adolescente de 17 anos, mas, ainda assim, os dois insistiram em ficar com ela.

Eles tinham a capacidade de enxergar as cicatrizes das pessoas e ainda assim, achá-las bonitas.

- Eu fico com isso - ofereceu Sana, pegando a travessa das mãos de Minie.

Ela também era uma pessoa incrível.

Uma linda coreana, ativista dos direitos das mulheres.

Se havia um casal destinado a viver uma verdadeira história de amor, era aquele.

Nunca fui do tipo que gostava muito de pessoas, mas elas eram boas.

Assim como Minie.

Pessoas de bom coração que não queriam nada além de amor.

Quando entramos na cozinha, Mary estava cozinhando e logo veio até mim.

Ela me cumprimentou com um beijo no rosto e fez o mesmo com Eun-ha e Minie.

Inexplicable Attraction - JikookWhere stories live. Discover now