|CAPÍTULO - 12|

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A ansiedade vem me definindo como pessoa desde os primeiros momentos da minha vida, onde eu pude perceber que havia muitas coisas ruins ao meu redor, e, por isso, poderia acabar acontecendo algo de ruim em algum momento da minha existência

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A ansiedade vem me definindo como pessoa desde os primeiros momentos da minha vida, onde eu pude perceber que havia muitas coisas ruins ao meu redor, e, por isso, poderia acabar acontecendo algo de ruim em algum momento da minha existência. No entanto, desde que a Louise me informou — não com completas informações, pois nem ela sabia exato de algumas coisas — que os irmãos Costello estão vindo, para acertar de vez com as últimas pendências que faltam, eu não tenho conseguido dormir direito, muito menos conversar e manter um diálogo maior do que cinco minutos, devido à minha ansiedade estar em um nível difícil de suportar, pois fico irritadiça, e cheia de paranoias que não são muito bem-vindas no momento.

E para piorar... sempre que me forço a adormecer, as imagens que encontrei dele no site de pesquisas vem atormentando minha mente, causando a sensação enlouquecedora do desespero e sofrimento antecipado; duas coisas que me atormentam ao ponto de me impedir de realizar algumas coisas do cotidiano, como conversar normalmente, assim como já havia dito, ou até mesmo me alimentar na busca falha em me manter com saúde suficiente para aguentar o que está para vir.

Vincenzo Costello vem sendo uma pedra no meu sapato e eu ainda nem o conheço pessoalmente, mas já sofro com a simples constatação de que aquele homem imenso da foto pode um dia me encontrar se eu não for esperta o suficiente para me manter escondida depois que a minha fuga lograr o êxito que eu tanto almejo.

Tento não pensar nele ou neles, os irmãos mais peculiares e com algo diferente que chama uma atenção tão peculiar quanto eles são; porém, faltando pouco menos de doze horas para desembarcarem aqui, no lado confortável, confiável e seguro, onde considero minha zona de conforto, em minha cabeça só grita a apreensão, o pavor e o medo por ter que fingir uma cordialidade na frente deles, para que não percebam o meu gênio a tempo o bastante de colocarem arreios e cabrestos em mim.

Mesmo que eu tente, e saiba que não seja importante, já que não é da minha vontade ser uma senhora Costello, me aflijo com o que eles vão pensar sobre mim quando me verem; uma garota franzina, com muitos quilos a menos devido ao tempo internada, sem nenhum aspecto físico interessante. O que eles vão pensar quando perceberem que eu não devo ser o que foi prometido, quando verem que eu nem chego perto de ser uma mulher considerável e apropriada para uma sociedade em que valoriza mais o corpo de uma mulher do que a sua inteligência e as demais qualidades internas que só podem ser vistas após uma boa conversa franca e sem pressões enviesadas.

Meu Deus... o que ele vai pensar sobre mim?

Pisco e sobressalto do sofá da sala de descanso quando os dedos de uma outra pessoa estalam na frente dos meus olhos, me fazendo acordar do sofrimento antecipado, colocando-me de volta em terra firme.

— Eu juro que posso ver as fumaças saindo pelas suas têmporas. — Terrie diz com um sorriso amigável, estendendo em minha direção uma taça recheada. — Tome, um pouco de doce fará bem a você. — Pego a taça cristalina e com um meio sorriso, baixo o olhar para o conteúdo, divido por camadas, tentando identificar que sobremesa é essa. — Coma, você vai gostar. Íris acertou em cheio com essa sobremesa, é a minha nova preferida.

SUBJUGADA PELAS LEIS DA MÁFIA - SEQUÊNCIA I/FAMÍLIA COSTELLO IWhere stories live. Discover now