Capítulo 51

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Klaus

Estava sujo de sangue preto em meu corpo inteiro.

Uma montanha de demônios que continuavam se erguendo diversas vezes que eu matava.

Precisava atravessar o desfiladeiro mas os demônios de pele negra e asas longas de morcego se recusavam a me deixar passar.

Estava sem fôlego e exausto de tanto bate-los até que caíam no chão, mesmo assim se levantam.

__ O quê quer no desfiladeiro?

Rosnou um demônio de pele preta e quatro braços e os cabelos escuros e longos os quatro olhos negros em seu rosto comprido.

__ Vou além dele, preciso saber o que está acontecendo neste inferno.

__ Não é óbvio? O inferno vai deixar de existir.

__ É isso que eu pretendo descobrir. Então me deixe passar.

__ Agora eu me lembro de você, você é o demônio bicho papão que os sete pecados capitais adotou. O que está fazendo aqui sozinho? Não me diga que quer fazer alguma coisa contra a nossa extinção?

Apertei as minhas mãos fechando-as.

Por trás deles correram até mim que lhe dei vamos socos, sem contar quantos já foram. Mesmo com meus braços cansados e sem forças continuava socando e foram jogados para longe.

O demônio de quatro braços assobiou.

__ Bicho papão, você é mesmo muito forte. Eu sabia que aqueles demônios tinham uma carta na manga. E aposto que está carta que muitos dizem, é você. Acertei?

Ele caiu na gargalhada e voou até mim pestes de me bater.

Desvio de seus socos estrondosos com facilidades mais também socava de volta acertando-o em cheio.

__ Nunca vou deixar que a minha extinção, dos meus irmãos e dos demais demônios. Vou resolver isto, vou acabar com essa bagunça mesmo que eu tenha que morrer por isso.

Lhe dou uma joelhada sob seu queixo que joga para cima.

Uso toda as minhas forças nos meus pés para dar impulso e saltar até estar acima dele. Fecho a mão e lhe dou um soco que jogou contra o solo e rachou o mesmo causando um estrondo como um terremoto.

Ele caiu na gargalhada mesmo com o rosto enfiado na terra, dou um salto para trás afastando-me dele que se levantou e torceu seu pescoço virado voltando ao normal. Cuspiu sangue preto e se dirigiu até mim.

Ele é bem mais alto do que eu.

__ Gostei de você, você tem coragem. Vou te dar uma forcinha, na verdade uma dica meu amigo. O que está procurando não está aqui no inferno e nenhum lugar. E sim na terra.

Meu corpo estremeceu e senti um calafrio em minha espinha.

__ O quê? Quem é ele?

__ Não é quem e sim o quê, o quê é a coisa que está causando isto tudo? Algo tão maligno que não são como nós. Nunca esteve aqui no inferno, sempre viveu a terra. A coisa que corrói as mentes das pessoas e destroem tudo ao seu redor. Ele infecta as terras amaldiçoando quem estiver nele, causa podridão nas almas que rastejam na terra. Uma alma branca ser infectado pelo ser maligno. Você acha que consegue derrotar este mau que está matando nos demônios de tão longe? Um mau encarnado que pode matar o que não deve ser morto. Você acha que consegue lidar com isso?

__ E aqueles demônios? Um casal.

O demônio franziu a testa.

__ Não exitem demônios do sexo feminino aqui na terra.

Senti cada célula do meu corpo congelar.

__ O quê?

__ Eu nunca disse que eram demônios daqui.

__ Mais como pode haver demônios na terra?

__ Aonde estiver a terra mais podre, uma coisa que pode almas ficarem pobres mesmo ser uma pessoa boa antes de morrer.

__ E o que pode ser?

__ Vou te dar mais uma dica, o que é um lugar mais acolhedor e as pessoas acham ser seguros?

__ Uma casa?

__ Maior, mais de uma casa!

__ Um condomínio.

Através do Espelho Where stories live. Discover now