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𝗯𝗼𝗼𝗯𝗲𝗮𝗮𝗿𝘀
Vocês sorriu entre o beijo quando sentiu Kokonoi segurar seu rosto gentilmente. Os beijos dele eram tão intensos, e com certeza estava em primeiro na sua lista de beijos favoritos.
Aos poucos as mãos ágeis do garoto desceu para barra de sua blusa, e ele a tirou rapidamente de você. Um sorriso de canto apareceu no rosto dele assim que te viu apenas de sutiã, ele nunca cansaria de te ver daquele jeito.
Se aproximou novamente e tomou sua boca mais uma vez, mas de um jeito diferente, Koko sempre te beijava com desejo e com fervor, mas não hoje. Agora, garoto por algum motivo te beijava como um apaixonado, e sem malícia alguma por enquanto.
Se perguntou o motivo dele agir assim agora. Mas não quebrou o beijo para fazer tal pergunta.
Vocês não eram namorados nem nada disso, apenas ficavam sempre e decidiram não colocar rótulos no momento, mas seus amigos mais próximos diziam pra vocês se assumirem logo, o que deixava os dois sem palavras.
O garoto te deitou na cama lentamente, ficando por cima de você, terminou o beijo com alguns selinhos e trilhou um caminho até seu pescoço, beijando aquela região também.
— Eu te amo, Akane. — ouviu ele murmurar e paralisou embaixo dele.
Agora entendia o motivo dele estar desse jeito. Ele provavelmente estava usando seu corpo hoje como se estivesse com Akane, por isso o jeito carinhoso de te tocar e beijar.
A tal garota na qual ele disse que amava, era uma que ele gostava na infância, mas morreu depois de um incêndio em sua casa.
Não estava irritada, mas sim meio decepcionada com aquilo.
— Para, Koko. — falou colocando a mão no ombro do garoto, tentando o afastar.
— O que foi? — perguntou, parecendo nem fazer idéia do que fez.
— Eu não sou a Akane, sabia?! — falou, saindo mais rude do que esperava.
Ele se espantou ao ouvir aquilo, quando se tocou no que havia falado, te olhou quase implorando por desculpa.
— Eu sinto muito de verdade, eu não quis falar que amava ela, eu... — ele se embolava mas palavras e você o interrompeu.
— Eu entendi. Mas não é a primeira vez que você diz o nome dela enquanto está comigo. — disse com calma, tentando não mostrar tristeza em sua voz. — Outro dia, você também disse o nome dela enquanto a gente tava tomando banho, eu não disse nada pra não estragar o momento, mas Koko... se eu não te parar agora, até quando você vai achar que está com ela quando na verdade tá comigo?
Ele sentou na beira da cama e passou a mão no cabelo, tentando processar tudo aquilo. Estava decepcionado consigo mesmo.
— Me desculpa. — disse quase num sussurro com a voz rouca.
Você se levantou e pegou sua blusa que estava no chão, colocando-a logo em seguida.
— Tá tudo bem eu acho. — falou caminhando até a ponta da cama que ele estava. — Eu vou te dizer uma coisa mas não fica mal, ok? — ele assentiu em silêncio.
— Eu gosto muito de você mas não dá pra continuar com seja lá o que temos enquanto você estiver com ela na mente. Você tem que superar, porque Koko — você fez uma pausa pensando nas palavras certas para dizer. — Ela não vai voltar! — disse.
Ouvir aquilo foi como sentir uma faca entrando diretamente no seu coração, mas sabia que você estava certa e não disse nada além de concordar e se jogar de costas na cama, olhando para o teto.
— Eu tô indo, me liga quando tiver com a cabeça no lugar tá bom?
Ele murmurou um sim baixinho e ouviu a porta bater sabendo que você já tinha ido. Seus olhos se encheram de lágrimas e ele não segurou o choro.
Você não queria deixá-lo triste e ele sabia disso, mas era quase inevitável quando se travava de Akane. E você sabia que ele não superaria de um dia para o outro o que não conseguiu em alguns anos, daria o tempo que fosse necessário.
Ele gostava de pensar que você era a pessoa certa na hora errada, mesmo que fosse um tanto clichê.
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