Capítulo 15

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▪︎● Finalmente!

A mulher ruiva olhou para todos ali presentes, olhou para a pilha de corpos e olhou para Lucien e depois para Rhysand que já não segurava a adaga e sim uma taça de vinho, Lucien achou um pouco estranho isso e ainda mais quando o Tio se dirigiu para a mulher oferecendo a taça para ela.
Rhysand sussurrou algo no ouvido de Amarantha fazendo a dama gargalhar.
Então a mesma estralou os dedos e apontou para a pilha de corpos, logo seus criados já estavam ali, retirando todos os cadáveres do local.

Durante toda a noite, Lucien observou o tio, o pai e de alguma forma também observou Tarquin, ele parecia mais jovem do que nunca, parecia mais bonito, mais radiante e por um momento Lucien acreditou que o Grão-senhor da Corte estival poderia ser o homem dos seus sonhos, mas não, Lucien conhecia bem demais o cheiro do homem, Lirie sempre descreveu muito bem tudo e de qualquer forma ela chegava sempre impregnada com o cheiro dele.

O ruivo relaxou seus ombros olhando para sua taça, bebeu um gole de forma lenta e desinteressante, ele não queria estar ali mas se estava iria aproveitar a bebida o quanto podia.

[...]

O que Feyre estava fazendo ali? Era proibido! Quem havia contado para ela sobre a maldição?

Ah bem... eu devo estar me precipitando um pouco, vou explicar algumas coisas ok?

Faziam alguns meses que Feyre estava na Primaveril quando Tamlin decidiu manda-la para casa e desistiu de quebrar a maldição, Lucien estava Aliviado da amiga ficar a salvo nas terras humanas, ele não ligava de ficar com aquela máscara para sempre, só precisava da sua amiga bem, por mais que não demonstrasse tanta afeição assim a Feyre, quanto de fato sentia.

Mas então quando Lucien menos espera, após ver uma mulher ser Torturada e então ser queimada e outras mil coisas, Feyre ENTRA sob a Montanha fazendo o Herdeiro revirar os olhos e se arrepiar de uma forma Ruim, Horrível, maldita...

- Qual o seu nome querida?- Amarantha pergunta e a Loirinha apenas desvia o olhar para o lado, ela estava sendo... a não!

- Eu perguntei o seu nome- Amarantha diz mais uma vez, já não tão calma quanto da primeira.

- Não vou lhe dizer.- Ok, a humana era mais corajosa do que muitos ali.

O olhar de Lucien se encontrou com o de seu pai, ambos surpresos mas de alguma forma Lucien conseguia ouvir as sombras... sussurrando? Isso era possível?

- Ok, então...- Antes que o Ruivo pudesse assimilar, estava de joelhos, sentindo uma dor horrenda, ele pedia ao céus, não para aquilo parar, mas para que seu pai não se envolvesse em confusão novamente por ele, que Helion ficasse calado.

- Feyre! Feyre! Meu nome é Feyre!- Ela disse alto várias vezes, e então a dor parou e como o Herdeiro da Corte Diurna, que foi criado para ser se levantou e agiu como se nada tivesse acontecido, cuidaria dos seus traumas quando sua terra não estivesse em perigo.

Continuou observando Feyre ser tola o suficiente para fazer um acordo com Amarantha, rapidamente ele já até sabia a resposta do enigma, e negando com a cabeça, Lucien se retirou do salão.

[...]

Ele estava em seu quarto sob a montanha lendo um livro quando sua porta se abre revelando não um Tamlin bravo ou um Rhysand abalado, mas um Helion que parecia precisar de amor do seu filho.
Lucien ajeitou sua postura esperando o pai fechar a porta e se sentar ao seu lado e assim que o Grão-senhor da Corte Diurna fez isso começou a receber um cafuné do filho, que com aquela situação começou a murmurar uma música de sua Corte.
Helion de forma baixa começou a dizer que Feyre provavelmente morreria e que ela havia sido burra por arriscar sua vida por um amor que obviamente não vai levar ela em lugar nenhum.

O mais velho também desabafou com o filho que a humana havia sido levada para os calabouços e que Lucien precisava ficar longe dela acima de tudo, se Amarantha desconfiasse que o Ruivo tivesse uma relação mais forte com a loira, poderia simplesmente matar ele ou então punir ele da mesma forma que punia Rhysand quase todas as noites.

Lucien sabia o que seu tio passava e não queria isso para si mesmo, na verdade queria o contrário, queria estar livre daquela mulher.

No fim, ele teria que aguentar mais três meses. E isso era o mais difícil, três meses naquele lugar era igual uma eternidade sendo torturado da pior maneira possível, não só pelas provocações ou castigos sem sentido mas também pelo fato de que, ele teria que ver Feyre sofrendo todos os dias e apesar dos conselhos do seu pai tentaria ajudar ela, mesmo que isso significasse que ele teria que sofrer.

[...]

A primeira tarefa havia sido fácil! Bem fácil, comparada a segunda tarefa onde Lucien estava agora amarrado com correntes esperando aqueles espinhos virem na sua direção e acabar com ele dá pior maneira possível, ele gritava repetidas vezes para Feyre escolher logo, na verdade ele desconfiasse que ela nem soubesse ler! Ela segurava uma alavanca então segurava outra e depois outra repetidas vezes e aqueles espinhos estavam cada vez mais próximos.

- Vamos! Escolha qualquer um!- ele Gritou fazendo a plateia rir com seu desespero, ele sabia que qualquer um lugar dele estaria não só berrando, como chorando também.

- Estou tentando!- Feyre Gritou de volta e se assustou quando olhou para o lado e viu as estalecas se aproximarem cada vez mais do seu amigo.

- Não está! Preste atenção Feyre!- Ele Gritou fazendo a loira semicerrar os olhos, ela era mesmo loira? Ele parou para observar, ok, ele estava se distraindo mais uma vez, mas para ele agora o cabelo dela era castanho!

- Eu não sei Lucien!- Ele gemeu ja se acostumando com a ideia de morrer.
A morena... sei lá! Ela havia feito um trato com Rhysand, isso Lucien sabia mas era estranho pq ninguém conseguia ver as aspirais em seu braço.

- Feyre! É um enigma de crianças feericas! Pelo caldeirão mulher!- Então finalmente Feyre puxou uma alavanca e os espinhos pararam de descer mais ainda, Lucien poderia desmaiar de alívio se Amarantha não estivesse rindo e se ela estava rindo, a Terceira prova seria ainda pior.

[...]

O choque tomava conta de Lucien, primeiro Feyre havia enfiado uma estaca no coração de Tamlin, agora Tamlin tinha matado Amarantha pq Amarantha tinha matado Feyre que já estava revivendo pq Tamlin pediu um pouco da essência dos grãos-senhores para ela? Deuses a cabeça dele girava de uma forma frenética e seus olhos se abriam e fechavam tentando focar em algo.

Quando finalmente ele conseguiu se concentrar, ele sabia... havia acabado.

{AVISO DA AUTORA}

Oii gente! Tudo bem? Vocês já estão acostumados com a demora não é? Eu sinto muito novamente!

Espero que vocês gostem desse mimo de dia das mães!
Qualquer dúvida podem perguntar e os erros serão revistos e arrumados em breve!

Papai HelionOnde histórias criam vida. Descubra agora