𝐃𝐒. 𝑭aye tem um coração obscuro, envolto em brasas, acorrentado, marcado pela morte e pela perda. Ela é uma filha da guerra, alguém destinada a escuridão a muito tempo. Sua vida foi entregue a Hel desde que nascerá, obrigada a se...
00. | PRÓLOGO ˗ˏˋ O FIM DE UMA GUERRA, O COMEÇO DE UM CONTO SOBRE A MORTE. ˊˎ˗
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REINO DE ASGARD VÁRIOS ANOS ATRÁS
MESMO AO CAIR DA NOITE, o castelo de Asgard permanecia acesso. As tochas na sala do trono ainda estavam vívidas, ainda havia movimento e Odin, o Pai de Todos, permanecia sentado em seu lugar trajando sua armadura e segurando seu cajado, ambos tinham um tom tão dourado que refletiam seu reflexo. Perante o rei estavam o que restará dos deuses Aesir após a guerra para trazer a paz entre os reinos. As batalhas que Odin travará trouxeram consequências, como o fato de não ter mais sua filha, a pessoa que antes mais confiava, ao seu lado, seu outro filho, Baldur, preso a uma maldição que não poderia ser quebrada tão cedo e enfim a morte da feiticeira que planejava acabar com o equilíbrio entre os 9 reinos, Antlia.
Depois do exílio de Hela, Antlia assumiu seu posto a frente da guerra. O confronto entre ela e Odin era inevitável, ainda mais quando a mulher estava tão decidida a acabar com a vida do rei de Asgard. Ela causou mortes, destruição, cometeu atrocidades através de sua fúria, tudo por sua busca de vingança que havia conseguido cegar sua visão e o seu senso. Os deuses entraram em um consenso que Antlia deveria ser parada e enfim, isso aconteceu.
Do panteão dos deuses, os que estavam presentes eram Alomam, Frigga, Tyr e Sigrid, o oráculo atual. A tensão entre eles era palpável, Odin não precisava de muito para notar isso.Mesmo que tivessem vencido, houve consequências, muitas baixas, muitas histórias que ele gostaria de esconder e apagar, sangue em suas mãos que ele poderia dizer que não lhe incomodava mais como antes ── obviamente seu orgulho não o faria ceder perante isso. Porém ainda havia algo que deveria se discutido. E Alomam não cederia sobre isso tão facilmente.
── A criança deve morrer. ── Exclamou o deus, que caminhava pela sala com as mãos atrás das costas. ── Ela não é bem-vinda em nenhum reino, está marcada pela morte, apenas atrairá desgraças por onde passar. Quanto antes acabarmos com isso, menos problemas teremos.
── É apenas uma criança, Alomam. ── Interveio Frigga, dando um passo a frente. ── Estas tão frio e cego pelo ódio que realmente desejas causar mau a um bebê? Ela não deve pagar pelos pecados da mãe.
── Frigga, nós dois sabemos que não é apenas pelos pecados da traidora. ── Disse ele, com um sorriso de escárnio. Em seguida se virou para o rei novamente. ── Para firmamos oficialmente o fim desta guerra, Pai de Todos, o último mau das trevas da morte precisa ser encerrado. A criança deve morrer.
── Isso irá evitar a desgraça de Asgard. ── Completou Tyr. ── O Ragnarok poderá ser evitado se garantirmos que essa criança encontre seu fim.
── Você está errado, Tyr. Tenebrosamente errado. ── Disse Sigrid. Sua voz rouca é arranhada por causa da tenra idade. ── O caminho desta criança ainda não está traçado. Ela pode ser a ascensão ou a queda de Asgard. Mata-la não evitará que o pior aconteça.