15.

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FABIANA.

O dia passou corrido, busquei Gabriela e deixei em casa. Voltei pra trabalhar e fui direto pra loja da Yara no Irajá.

Yara: Piranha da minha vida. – disse ao me ver entrando – Não cansa de ser gata.

Fabiana: Somos, amor meu. – me aproximei dela e nos abraçamos rapidinho – E a boa, qual é?

Yara: A boa é um pulinho no churrasquinho do Coronel. – sorriu.

Fabiana: Eu vou mesmo aceitar convite do Coronel e pisar no Rebu. – revirei os olhos.

Yara: E tu é envolvida? Até onde eu sei, tu largou essas coisas. – trouxe os looks e colocou em cima do balcão.

Fabiana: Não vou te responder. – revirei os olhos de novo.

Yara: Se ele quisesse fazer qualquer merda contigo, já tinha feito. Olha o tempo que tem... – me olhou.

Fabiana: Olha, nem vou falar nada pra você. – coloquei minha bolsa em cima do balcão.

Yara: Mas a gente vai. – me entregou um vestido – Bora arrasar.

Retoquei a maquiagem que eu estava e comecei a pousar pras fotos. O fotógrafo contratado era um amor e me deixou super à vontade. Fiz todas as fotos e ainda bati um papo com a Yara e ela de novo voltou nesse assunto que eu ia pra churrasco do Coronel.

Yara: A gente vai e se tu não curtir, a gente volta. – sorriu e fez aquela cara de cachorro sem dono.

Fabiana: Tchau, Yara! – dei as costas e dei tchau saindo da loja.

Entrei no carro de novo e me despenquei pra loja da Evelyn, na Barra. Lá é um pouco mais cheio de frescura, então foi super mais sério e não demorei mais que uma hora lá.

Agradeci a Deus quando meti o pé pra casa.

Cheguei em casa, coloquei logo o carro na garagem pra não ter risco de mudar de ideia e sair de novo.

Hoje eu ia ficar em casa, nem que fosse a última coisa que eu faria.

Entrei em casa, a minha mocinha estava deitada assistindo desenho toda concentrada e nem reparou que eu havia chegado.

Fabiana: Meu bebê. – passei por ela e beijei sua testa.

Gabriela: Mamãe, vamo pra pracinha? – se agarrou no meu pescoço.

Fabiana: A gente vai, deixa só a mamãe tomar um banho e trocar de roupa e comer alguma coisa. – sorri – Pode ser?

Gabriela: Pode! Ebaaaa! – comemorou com as mãos pro alto.

Adriana: Não vai sair hoje? – perguntou vindo da cozinha.

Fabiana: Nem por um milagre, por que? – a olhei.

Adriana: Porque hoje eu tenho um encontro. – sorriu toda se achando.

Fabiana: Aí sim, dona Drica! E quem é o boy? – ri curiosa.

Minha mãe estava sorrindo, seus olhos brilhavam iguais as estrelas. Faz muito tempo que eu a vi assim. A verdade é que minha mãe se fechou pro mundo e viveu pra nós. Estava mais do que na hora dela viver pra ela!

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora