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O mundo antes dos Zumbis

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O mundo antes dos Zumbis

Desde a formação do Planeta Terra, sempre ocorreram as mudanças climáticas, já que o clima é extremamente dinâmico e depende tanto de fatores internos, quanto de fatores externos. No entanto, o mundo estava diferente. Os efeitos do aquecimento global eram sentidos em todas as partes do planeta.

Ao longo dos anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou sobre as mudanças climáticas e a saúde, mas por interesses econômicos e políticos, a população mundial e os chefes de estado não acreditaram ou taparam os olhos para os relatórios publicados pelos institutos de pesquisa responsáveis.

"A humanidade tem apenas três anos para frear as emissões de poluentes do efeito estufa e impedir consequências irreversíveis ao planeta, desencadeadas pelo aquecimento global." A data-limite fazia parte da terceira e última parte do relatório produzido por especialistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) – um documento divulgado em 4 de abril de 2048. No mesmo dia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou um dado que ilustrava a urgência climática: "Praticamente toda a população mundial respira um ar considerado impróprio."

Entretanto, era um pouco tarde para os cientistas serem ouvidos. Quando decidiram falar, – porque a situação se tornou séria e perigosa – a voz deles tinha sumido. A maioria dos cientistas nem sabia que tinha voz, porque não estavam acostumados a usá-la. E quando finalmente conseguiram falar, ninguém ouviu. E por que ouviriam? Ninguém sabia quem eram. "Cientistas? Eles não querem ajudar a população"

Os cientistas estavam acometidos pela síndrome de Cassandra. Não tinham credibilidade. Ninguém acreditava no que tinham a dizer. Assim como Cassandra, enxergavam o futuro. Sabiam o que podia acontecer. Mas assim como Cassandra, ninguém acreditava neles.

A população que não sabia o que era ciência, e que não tinha como saber, porque não foi educada para isso, adotava cientistas que usavam sua voz, e que diziam o que as pessoas queriam ouvir: "O medicamento milagroso que vai combater o vírus". O cientista que vendia sonhos era muito mais atraente do que o cientista que vendia realidade.

Becca Franko, sentiu na pele.

A cientista estudava os efeitos das mudanças no clima, e as consequências para a saúde. Foi presa por se trancar na entrada do prédio do maior banco que mais financiou projetos de combustíveis fósseis no mundo, no centro de Los Angeles com colegas e apoiadores. A ação em LA fazia parte de uma campanha internacional organizada por um grupo de cientistas preocupados, chamado Rebelião Cientista, envolvendo mais de 1.200 cientistas em 26 países e apoiado por grupos climáticos locais.

Becca odiava ser a Cassandra, mas gostava de fazer ciência. Se sentia moralmente compelida a fazer algo. Foi então, que no ano de 2051 ela se juntou à Corporação Eligius, uma empresa de mineração espacial. Para Becca, essa ideia sempre foi estúpida, mas precisava reconhecer que com a escassez de fontes de energia e problemas ambientais causados pelo aquecimento global, precisavam procurar recursos e planetas habitáveis no espaço.

HERDEIROS DA TERRA| Bellarke [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora