Capítulo 1.7

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Eu levei um susto e acordei estremecendo.

"Epa, epa, epa," disse a voz suave, a mão no meu peito. "Acalme-se, você está bem. Estamos com você. Abra os olhos para mim."

Eu pensei que meus olhos estivessem abertos.

"Você pode me ouvir, amigo?"

Soltei uma respiração profunda, e sua voz a quilômetros de distância, antes que não houvesse mais som.

* * * * *

Luz brilhante. Eu pisquei para tentar ver alguma coisa. Hospital.

Eu estava no hospital e o saco de soro, a cama, as máquinas fazendo barulho e os casacos brancos eram outras pistas caso eu não reparasse nas enfermeiras. "Merda," eu gemi.

"Harry, você pode me ouvir?" alguém me perguntou.

"Sim," eu gemi, tentando me sentar. "Merda."

"Não, não, não," um dos médicos disse gentilmente, a mão no meu ombro enquanto olhava para mim. "Apenas fique assim até que possamos avaliar você, tudo bem?"

Suspiro pesado. "Ok."

"Devo ligar para alguém, Harry?"

Eu estava tendo dificuldade para me concentrar.

"Ele tem o cartão de um Dane Styles aqui," outra voz disse. "Há um do detetive Tomlinson também."

"Espere," eu ofeguei. "Por favor, não chame ninguém. Por favor."

"Harry, você pode..."

Mas eu não ouvi o resto, porque o quarto tinha se inclinado para a esquerda e eu escorreguei na escuridão.

* * * * *

Eu estava congelando, e quando abri meus olhos havia uma cortina puxada em torno da cama, então mesmo que eu pudesse ouvir o barulho, ninguém podia me ver. Eu estava ligado a uma bolsa de soro, mas já tinha visto filmes suficientes para saber que a agulha saía do mesmo jeito que entrava.

Doeu mais do que eu pensei, mas eu pressionei e só sangrou por um segundo. Precisei de algumas tentativas para me sentar sem ficar muito tonto e depois para ficar de pé, mas eu insisti porque queria sair. No início a náusea foi como uma onda que sugou todo o ar para fora do meu corpo, mas tudo se acalmou, recuou, e eu fui capaz de ficar de pé e respirar e, depois, de andar.

Eu odiava hospitais... os cheiros, a temperatura quase congelando, assim como a cor das paredes e a iluminação fluorescente... tudo era simplesmente vil. Eu precisava sair rápido.

É fácil sair de uma sala de emergência lotada e ocupada. Saí com todos os outros que entravam e saíam. Peguei meu celular, minha carteira, e minhas chaves, e fiquei pronto.

Meu telefone me assustou quando tocou. Eu ainda estava um pouco nervoso. "Alô?"

"Onde diabos você está?"

"Quem é?" Eu perguntei, embora eu soubesse exatamente quem era.

"Você sabe muito bem quem é, porra!"

"Oh," eu suspirei. "Louis. O que você quer?"

"O que eu quero? Eu quero saber onde diabos você está!"

"Eu estou indo para casa. Odeio hospitais."

"Hospitais?"

"Sim."

"O que diabos isso significa?"

"Eu estava no hospital."

"Quando?"

É tudo uma questão de tempo [l.s]Where stories live. Discover now