3 - A postcard to...

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O amor é estranho de uma forma quase inexplicável. Primeiramente, existem muitas formas de amor: o amor próprio, o platônico, o amor pela família, pela comunidade, o amor de corpo, o amor de alma. Mas, se pararmos bem para pensar, todas as formas de amor englobam os mesmos sentimentos, independente de qual amor seja, você quer cuidar, ficar junto e proteger. Então seria o amor muito diferente ou muito igual? Jane não sabia a resposta, e por mais complexo que fosse o amor, ela sabia que amava seu marido com tudo de si.

Ela sabia que passaria a vida se esforçando para ser a melhor esposa que pudesse, e pelo o que sua mãe dizia, ela já era.

- Querida, acorde. - Anthony acariciou seu braço lentamente, a acordando.

Eles haviam ido de jatinho de Nova York até o México, e depois do jatinho, um motorista os buscou para levá-los ao resort. Ela provavelmente dormiu assim que entrou no carro, pois estava completamente exausta. Apesar de também ter dormido no trajeto aéreo.

- Me perdoe, eu não deveria ter dormido tanto. Nós chegamos?

- Está tudo bem. Nós chegamos sim. Os funcionários virão buscar nossa bagagem.

Eles saíram do carro e entraram no resort de mãos dadas. Jane se perguntou se em algum momento da vida havia se sentido tão feliz.

(...)

Quando chegaram na porta do quarto, Anthony a pegou no colo e a carregou para dentro do quarto, como dizia a tradição. E Jane riu.

- O que acha de um banho quente, Sr Miller? - Ela perguntou com uma piscadela. - Acho uma ideia maravilhosa, Sra Miller.

Sra Miller
Sra Miller
Sra Miller
Poderia Jane se sentir mais feliz por ser chamada daquilo? Ela era a Sra Miller, esposa de Anthony. Ela pertencia a ele, assim como ele pertencia a ele. Nada a faria se realizar mais. Ou talvez sim, dar filhos a Anthony. Ela ficava feliz só de imaginar a ideia.

Ela colocou a banheira para encher, junto com sais de banho e muita espuma, não colocou pétalas de rosas porque não gostava de rosas. Anthony acabou sabendo disso no começo do namoro quando ela disse que amava tulipas e não gostava de rosas, porém por um motivo que não sabia explicar, nunca entendeu o porquê de tantas flores para não se gostar, não gostava justamente de rosas.

- Pode vir, amor. - Anthony veio em sua direção com um sorriso malicioso e se despiu sem nenhum pudor na sua frente, e ela mesmo enrusbescendo fez o mesmo. Deixou que ele entrasse na enorme banheira primeiro e mesmo tendo espaço mais que o suficiente naquela banheira, ela sentou no colo dele.

Seu objetivo, afinal, não era apenas tomar banho. Também era seduzir o seu marido. Mesmo em seu colo, ela ainda era mais baixa que ele.

- Eu já disse o quanto você é gostosa? - Ele perguntou sussurrando no seu ouvindo. Aquilo era inegável até para ele - sua esposa era a mulher mais bonita de Nova York, dos Estados Unidos e talvez do mundo. Jane era uma mulher belíssima, pena que beleza não fosse tudo.

- Hoje não. - Ela respondeu rindo.

- Que lástima! Você é muito gostosa, minha esposa. E estava linda no nosso casamento. - Ela suspirou feliz e deitou a cabeça no ombro dele.

- Acho que nunca me senti tão feliz em toda a minha vida, você é tudo o que eu sempre quis. - Claro, pensou ele. Mulheres como Jane foram criadas para o casamento, provavelmente ela havia sonhado a vida inteira com o marido multimilionário que se casaria. Da mesma forma que ele sempre esperou por uma esposa doce e de família influente - era uma troca justa.

- Eu te entendo, querida. Você também é tudo que eu sempre desejei. - Doce, submissa e que fosse capaz de aguentar suas escapadas.

- Sabe, Anthony, estamos num clima pós casamento muito elogioso, mas o que acha de fazermos amor agora? Estamos em lua de mel. - Jane perguntou desinibida, era sua lua de mel, que ela tentasse ser menos inibida.

- Acho que está certíssima. - Respondeu sorrindo malicioso.

A Esposa Troféu Onde histórias criam vida. Descubra agora