08. Surrendering

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[...]

— Bella, per favore, svegliati- ela estava pálida e não dava nenhum sinal de que iria acordar, comecei a me desesperar sem saber o que fazer. Eu não conhecia nada no Brasil e muito menos fluente na língua deles.

"Bella, por favor, acorda"

Quando eu ficava muito nervosa meu cérebro automaticamente voltava a pensar em italiano. O inglês, e o italiano ficavam uma confusão sem fim na minha cabeça.

—Scusate bambina, avrei dovuto capire quanto eri cattiva - dizia baixinho passando a mão em seus cabelos, aqueles tão lindos fios claros. Seu semblante apesar de pálido, estava calmo como se dormisse profundamente, estava belíssima me deixando desnorteada.

"Desculpa bambina, eu deveria ter percebido o quão mal você estava"

Como ja estava em horário de café da manhã aqui no Brasil, pedi que trouxessem até o quarto, para que quando Danielle acordasse tivesse o que comer e eu a faria comer de todo jeito. Acho inacreditável ela achar que eu não me preocupo com ela, estou até agora me tremendo de preocupação, medo desse desmaio se tornar algo mais grave. Ela é tão importante pra mim, é impossível não se importar com ela.

Já se passaram meia hora desde que ela desmaiou e a todo tempo não sai do seu lado, só a espera de que ela acorde logo.

—Eu não deveria ter te deixado, poderíamos ter tido tudo juntas - digo deixando uma lágrima escorrer, com certeza se ela estivesse acordada eu não conseguiria dizer uma palavra do que eu realmente sinto em relação a tudo -

Agora com tudo mais calmo a minha cabeça está menos confusa com os dois idiomas. Não sei descrever o quanto é confuso pensar com uma língua, falar com outra e visse versa.

—Agradeço por ter te reencontrado, acho que não sei mais viver sem você no meu dia a dia. Que droga ein Danielle, por que é tão fácil se apegar em você? - pergunto a mim mesma, deixando um beijo casto em uma das suas bochechas.

Ela ainda estava apagada e eu ali do seu lado, fiquei pensando em milhares de coisas que aconteceram e em outras que talvez possam acontecer enquanto estamos aqui, e talvez na má ideia de ter trazido ela comigo pra essa viagem. Eu necessariamente não precisaria dela, mas meu subconsciente me fez pensar que ela seria importante, no trabalho não, mas em estar comigo sim.

—Stef.. - escuto sua voz soar baixinho e me alegro por vê-la com os olhinhos abertos

—Oi meu amor, que bom que acordou - digo o "amor" sem pensar, espero que ela não tenha percebido. Tudo anda saindo do meu controle nos últimos tempos.

—O que aconteceu? - ela pergunta tentando se acomodar melhor na cama -

—Você desmaiou, pelo jeito não come a dias. Precisa comer, sabe disso - digo colocando minha mão em seu rosto, fazendo um carinho quase inexistente em sua bochecha

—Não sinto fome, mas obrigada por se preocupar e desculpa por te dar todo esse trabalho - seu rosto ruboriza, percebo que ela ficou sem graça com a situação

—Você não me dá trabalho algum, e mesmo que não sinta fome precisa comer pra não desmaiar novamente, ou deixar que sua situação agrave. Eu pedi café para nós duas e você vai comer sem desculpas. - digo agora saindo do seu lado, indo pegar a bandeja que estava no carrinho do café no outro lado do quarto -

—Tudo bem, só vou comer porque preciso ficar bem para as reuniões. Você precisa de mim não é? - escuto ela perguntar, enquanto eu ando até ela com a bandeja -

—Aqui está, e não se preocupe com a reunião, será apenas no domingo. Está  marcada na filial, e não terá ninguém além do necessário. - digo colocando a bandeja no seu colo e explicando sobre a reunião -

Love Without Limits - Em Revisão Donde viven las historias. Descúbrelo ahora