Capítulo 16

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Boa leitura


Noah Urrea

Sina era uma atrevida! Preferiu não almoçar comigo e Nina, e ainda saiu sem dizer para onde ia.

Se acontecesse alguma coisa com ela? Se ela fosse assaltada? Mulheres são cabeçudas

— Descubra onde ela foi Robson — sentenciei. – Não deveria tê-la deixado sozinha.

— Desculpa senhor, mas ela se negou — falou nervoso

— Não importa, rode essa cidade e traga aquela rebelde.

Segui para dentro da clínica.
Nina já aguardava sentada na cadeira;ainda por cima deixou a pequena sozinha —, pensei com revolta. Realmente a cabeça daquela mulher estava perturbada.

— Pai? — Levantou, totalmente feliz ao me ver. — Você veio!

— Sim, marquei um almoço como a menina mais linda desta cidade.— Pisquei, e ela gargalhou balançando suas tranças.

— Sina saiu, pois tinha assuntos para resolver — Ela explicou,roendo a unha.

— Eu sei, vamos almoçar?O doutor Emanuel saiu de sua sala. Ele era um homem íntegro, e tratava minha filha desde o acidente com a minha esposa.

— Noah. É um prazer revê-lo. Você tem um tempo? — perguntou.

— Sim, tenho. — Recebi seu cumprimento e me virei para Nina.

—Filha? Você aguarda aqui com a recepcionista? Eu já volto?

— Sim, Michele é boa.A moça sorriu e soltou um beijo para ela.

— Eu ia ligar para o senhor — disse o doutor fechando a porta de sua sala. — Sente-se, por favor.

Sentei na poltrona a sua frente, mas não me senti bem; eu odiava os olhares penetrantes, nos quais ele me dava. Estive ali tentando sair da depressão que andava minha vida, mas acabei desistindo e indo tomar mais drinks por aí.

— Sobre a Nina?— Sim, a menina está bem. A Sina tem uma grande parcela nisso evocê também; eu vejo que os dois estão se comunicando — disse me olhando. — Mas tem uma coisa que está me incomodando.

— Diga doutor. É sobre a escola?

— Não, isso também vai ser bom para ela, pois a Nina precisa deoutras crianças na vida dela — respondeu incisivo e, eu me senti feliz. Iria providenciar uma escola que tivesse excelente segurança. — Mas alguma coisa a deixa aflita.

— Como?— Alguém que ela afirma ser má, a deixa aflita — explicou. — Mas ainda não consigo saber quem é, pois ela se fecha quando eu pergunto.

— Não sei quem possa ser.

— Ela tem muito medo dessa pessoa, fica nervosa e em silêncio quando cita essa criatura sem querer, no qual ela chama de mulher má.

— Não faço idéia de quem possa ser.

Eu fiquei angustiado em saber que minha filha poderia estar sofrendo algum abuso e que, eu no meio da inércia não tivesse percebido.

— Temos que descobrir.

Sua voz era firme e, eu concordei com ele. Faria o possível para descobrir quem era essa pessoa.Já era noite quando voltamos para casa.

Almoçamos juntos e, em seguida, fomos ao parque. Depois tomamos sorvete. Eu não tinha noção de como sentia falta de fazer isso como ela. Minha filha sorria, e parecia tão plácida, tão feliz.

— Pai? — disse, já no carro.

— Oi, filha.

— Você quer namorar a Sina?

Salva-me ᵃᵈᵃᵖᵗᵃᵗⁱᵒⁿ ⁿᵒᵃʳᵗOnde as histórias ganham vida. Descobre agora