CAPÍTULO IX - FESTA SEM PIJAMA

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NARRADORA

Dizer que não estavam se esforçando para manter uma relação de amizade seria mentir, mas a atração que sentiam uma pela outra era forte demais para ser ignorada. Mesmo que não tivessem ultrapassado nenhum limite, os olhares indiscretos, os sorrisos e aquele clima de flerte estavam sempre presentes, era inevitável.

Gizelly se perguntava o quanto poderia aguentar, já que tudo que desejava era agarrar Rafaella até que as duas estivessem sem fôlego, mas não podia, não devia e não faria, precisava manter o acordo que haviam feito, mesmo que isso lhe custasse umas boas noites de sono, já que não conseguia controlar os pensamentos de como seria ter aqueles lábios e mãos em si outra vez.

A tenista vivia o mesmo dilema, mesmo que estivesse frequentemente saindo com outras mulheres, não conseguia esconder o desejo que sentia pela advogada e sua forma de lidar com aquela situação era flertar descaradamente com Gizelly, já que não podia tê-la em seus braços.

— Acho que a gostosona precisou ir se hidratar, já que você não parou de secá-la durante toda a aula. – Eusébio apontou em direção a Gizelly, que caminhava rapidamente em direção aos bebedouros.

— Fica de olho na Lara, eu volto já. – Antes que o amigo pudesse contestar, Rafaella apressou os passos para alcançar a advogada que acabara de entrar no banheiro, a aguardou sair de uma das cabines e assim que os olhos se encontraram, sorriu levemente nervosa.

— Rafaella? Algum problema? – Gizelly a encarou ainda pelo reflexo do espelho enquanto lavava e secava as mãos e conseguiu identificar algum traço de nervosismo na tenista. – Você parece um pouco tensa.

— Só tem um problema me incomodando nesse momento. – Se aproximou de Gizelly até estarem a poucos centímetros de distância. Não vendo qualquer sinal de recusa, decidiu arriscar um pouco mais e levou as mãos até sua cintura. – E só você pode resolver.

— Eu? – Abaixou os olhos rapidamente e observou o toque em sua cintura, o sorriso veio tão inevitável quanto a vontade de ceder logo aquele desejo todo. Suas mãos ainda indecisas cobriram as de Rafaella e os olhos castanhos mantiveram-se fixos nos verdes. Era claro que havia um dilema entre recuar ou se entregar e Gizelly até tentou se convencer de que aquilo era um tremendo erro. – Rafa, eu acho que...

Antes mesmo que a advogada pudesse concluir a frase, Rafaella a empurrou para dentro de uma das cabines vazias. Gizelly arregalou os olhos com a atitude ousada, mas não teve forças ou vontade para se desfazer do toque. Sentiu seu corpo ser pressionado contra a porta fechada e suspirou quando aqueles lábios macios alcançaram os seus em um beijo fogoso. As línguas se massagearam num ritmo alucinante, enquanto as mãos buscaram tocar cada pedaço de pele exposta, apertando, arranhando e pressionando um corpo contra o outro. Quando precisaram de ar, os lábios da tenista migraram para o pescoço da advogada, deixando um rastro quente e molhado o suficiente para lhe arrancar um gemido baixo.

Desejando sentir mais daquela pele macia, Rafaella levou uma das mãos a fina alça da blusa de Gizelly, abaixando-a até que o sutiã branco estivesse exposto. Os lábios distribuíram beijos pelo ombro, colo e chegou ao seio esquerdo, o beijando onde o tecido não cobria. A mão livre envolveu o outro seio em uma massagem gostosa, fazendo a advogada conter um suspiro mais alto.

Sentindo-se em desvantagem, Gizelly decidiu revidar aquela provocação levando as mãos até a bunda deliciosa de Rafaella, pressionando-a com força contra sua coxa posicionada entre as pernas torneadas. As bocas voltaram a se encontrar para abafar os gemidos e a combinação do beijo, mordidas e chupadas nos lábios estava levando-as a loucura.

— Você é tão gostosa, Rafaella. – Gizelly ofegou contra os lábios de Rafaella e a apertou ainda mais contra o seu corpo. – E me deixa completamente maluca, eu mal consigo pensar quando nós estamos assim.

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