Pedro & Isa-Parte III

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O namoro de Pedro e Isabela seguia de vento em polpa às escondidas.

Os dois pombinhos não tinham muito tempo ou oportunidades para seus encontros, mas quando conseguiam um tempinho juntos aproveitavam o máximo que podiam.

Trocavam beijos apaixonados, promessas de amor eterno e beijos e mais promessas e mais beijos ...

Havia uma conexão muito forte entre eles, quando estavam juntos era como se o resto do mundo simplesmente não existisse.

Como a maioria dos adolescentes eram um tanto inconsequentes, e o que era para ser um grande segredo de amor logo chegou ao conhecimento de Antônio Reis, pai de Isa.

Este por sua vez, logo se opôs ao romance da filha, assim, nem é preciso muito para se imaginar o que aconteceu a partir daí.

Como uma típica adolescente que era, Isa sempre dava um jeitinho de fugir e correr diretamente para os braços de Pedro, e foram inúmeros encontros assim. Secretos...e muito emocionantes.

Mas essa situação já não agradava ao jovem rapaz que era de uma família de muito boa índole, e souberam bem dar ao filho caçula uma educação exemplar de valor inestimável. Foi então que Pedro decidiu que já era hora de pedir permissão ao pai dela, e assim oficializar o namoro.

Mas o fato é que não foi tão simples assim.

Antônio Reis não era uma pessoa muito fácil de se lidar, tinha um gênio forte e totalmente controlador, já havia tido problemas com a filha em um passado não muito distante e por este motivo trazia a garota em rédeas curtas. E ainda tinha o agravante de ser um alcoólatra, o que o tornava uma pessoa ainda mais mau humorada e extremamente ignorante.

Mas Pedrinho estava determinado em sua decisão, enfrentaria a situação como um bom jovem de caráter que era, e assim, com a permissão do homem, poderia namorar Isabela tranquilamente sem que nada os impedisse. E os encontros clandestinos não se fariam mais necessários.

— Gostaria de sua permissão para namorar oficialmente sua filha! — Fala Pedrinho educadamente ao homem carrancudo e com cara de poucos amigos que se encontra parado a sua frente.

— Quem você pensa que é para namorar minha filha? — Foi a resposta que o jovem recebeu do senhor arrogante e temperamental.

— Você não é nada, não é ninguém...e eu jamais permitirei tal disparate —Antônio fala e leva a mão na cintura, dando a entender que estava armado em uma infeliz tentativa de coagir o rapaz. Mas o que ele não esperava, é que Pedro já conhecia sua fama de homem bravo, autoritário e controlador. E havia se preparado para qualquer situação que surgisse entre eles. E assim, ele levantou levemente a barra de sua camisa deixando à mostra um revolver que trazia depositado em sua cintura, e respondeu ao homem no mesmo tom de voz.

— Assim como há ferreiro para você, também há para mim...encerrando o assunto depois de várias palavras humilhantes proferidas pelo homem a sua frente.

O coração de Pedrinho foi tomado por uma profunda e triste decepção.

Mas como já dizia o Leonardo em uma de suas músicas, "o amor tem dessas coisas...as vezes você precisa perder para depois ganhar", e nem sempre podemos prever o resultado de cada atitude tomada diante das situações em que nos encontramos.

Bom mesmo é ir à luta com determinação,

Abraçar a vida e viver com paixão,

Perder com classe e vencer com ousadia,

Porque o mundo pertence a quem se atreve

E a vida é muito para ser insignificante.

A palavra perder não combinava e não se aplicava a sentimentos com o grau de intensidade em que a paixão de Isabela e Pedro se encontrava. E o NÃO de seu pai só serviu de incentivo para que eles fossem ainda mais além.

Quanto mais os dias passavam-se, mais intenso tornavam-se seus encontros, e quentes também.

O fogo da paixão que sentiam um pelo outro era impossível de não ser notado por qualquer pessoa que estive um pouco mais próximo dos dois. E no seu íntimo, eles já cogitavam a hipótese de se entregarem totalmente um ao outro.

— Pedro, estou sozinha em casa e esperando por você — Isabela vivia completamente alheia as atitudes grosseiras de seu pai para com Pedro, que sempre a poupava de todos os incidentes.

Esse foi um dos muitos recados que Pedrinho recebeu de sua amada Isa, convidando-o a aproveitar um dos poucos momentos que ela conseguia estar a sós para vê-lo.

Naquela época, não havia a tecnologia do telefone celular; e os recados eram passados através de terceiros ao velho e bom estilo boca a boca, ou por bilhetes redigidos a mão, pois nossos pombinhos nem conheciam um computador, e navegar na internet era algo que nunca sequer tinham ouvido falar.

Muito tenso!

— Oi Isa! — Fala Pedrinho já ofegante de emoção por estar junto a ela.

—Oi Pedro! — Responde ela em um sussurro corando completamente.

— Tem certeza que ninguém nos surpreenderá?

— Sim meu amor...

Dito isto, Pedrinho sentiu-se à vontade para toma-la em seus braços.

Assaltou sua boca quente e desejosa em um beijo apaixonado, ardente e cheio de luxuria. Sua língua invadindo-a com urgência, sem pedir permissão ou consentimento, pois ele já os tinha.

Isabela neste momento encontrava-se quase desfalecida em seus braços fortes que a seguravam com paixão e desejo, e a essa altura, seus pés já não sentiam mais o chão.

Estar com Pedro, para Isa, era como estar no paraíso. No aconchego dos seus braços, Isabela esquecia-se de todo o resto e era como se todos os seus medos e frustrações não mais existisse.

Ela era dele.

Seu coração era dele.

Seus pensamentos a muito tempo, também pertenciam a ele.

Ele poderia ser seu Dom. E ela sua Sub., Se ele assim o desejasse.

E se ele pedisse, ou se até mesmo ordenasse naquele exato momento...ela o entregaria sua virtude também de bom grado. Sem medo ou culpa, simplesmente por ama-lo com todas as forças de seu ser.

O fogo da paixão consumia a ambos, e no mesmo instante em que estavam de pé se beijando, se abraçando, se tocando com carinho, já se encontravam sentados no chão frio do quarto que Isa dividia com as irmãs. E as carícias intensificavam-se cada vez mais...

Desejo e ousadia guiavam suas mãos por todas as partes de seus corpos.

Isa estava com os olhos fechados, portanto não foi capaz de registrar o momento em que Pedro libertou seu membro antes aprisionado pela bermuda jeans que ele trajava segurando-o firme em suas mãos, e em seguida, fazendo um movimento de sobe e desce sobre o sexo de Isabela, que se encontrava encharcado pelo desejo crescente que ela sentia por ele.

Seu corpo ficou tenso, mas a paixão e o desejo era tanto que ela não recuou.

Somente uma fina camada de tecido separava seus sexos ardentes pelo fogo que os consumia.

E ela realmente pensou que havia chegado o momento. O momento tão esperado em que eles se entregariam de corpo e alma, pois seus corações já estavam comprometidos.

Mas ele recuou...

Recolheu seu membro ainda muito excitado e o guardou cuidadosamente dentro de suas calças, beijou serenamente o pescoço de Isabela chegando até sua boca beijando-a com reverencia e amor. E sorriu lindamente para ela deixando-a ainda mais encantada e apaixonada, ansiando por mais e mais de tudo que ele tinha para lhe oferecer.

De Corpo Alma & Coração (Degustação)Where stories live. Discover now