𝑻𝒉𝒊𝒓𝒕𝒆𝒆𝒏

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Avisos:

Oii gente, como estão? espero que estejam bem, só vim avisar e também pedir perdão por ter invertido a quantidade de homens envolvidos no incidente do aeroporto no capítulo oito, lá eu coloquei que quatro tinham sido espancados, mas na verdade foram só dois.

Não acho que seja algo tão alarmante, mas como citei novamente achei melhor arrumar e pedir desculpas pelo erro.

É só isso, bebam água e boa leitura♡︎

                                     ☾︎

Nada tinha mudado, não que esperasse que as paredes tivessem perdido um pouco da cor ou que o clima estivesse mais melancólico, mas ver que as coisas continuavam iguais com ela ali ou não era reconfortante de uma forma diferente.

Saber que tudo permanecia bem deveria ser bom, aquela era uma das coisa que precisava fazer.

Então por que se sentia tão inquieta?

Fechando a porta atrás de si e espantando os pensamentos que se agrupavam na sua mente como nuvens, torceu o nariz ao ver uma das puxa-saco de Mizuki entrando com um buquê de flores azuis na sala, reduzindo o passo ao ver [Nome].

— Achei que a senhorita tivesse viajado de novo. — se virou ao vaso vazio no canto da sala, dando um toque de deboche a fala.

— Não sabia que se importava tanto com a minha vida. — deu de ombros, ela pareceu ter revirado os olhos.

— As informações apenas voam soltas nessa casa. — se virou com as mãos na frente do corpo, com um olhar superior demais para alguém que [Nome] sequer se importou em lembrar durante todo aquele tempo.

— Fofocar enquanto trabalha não é algo que deveria dizer com tanto orgulho. — ela continuava igualmente folgada, e agradeceu por não ter a visto no período que ficara ali.

— O senhor e a senhora Kaede não estão em casa, o senhor Hayato também não. — se apressou em dizer quando viu [Nome] se dirigir as escadas, mas ela não se virou para responder.

— Que bom que não estou procurando nenhum deles.

Nenhuma resposta veio, e mesmo que viesse não responderia, ela sempre fora irritante demais, fazendo caras e bocas quando uma ordem era dada ou uma reclamação feita, talvez pensasse que por [Nome] ser criança não sentia ou percebia a forma que era tratada.

Apenas ela deixava a insatisfação transparecer perto dela, mas na frente de Mizuki ou Hiroshi, abaixava a cabeça como todos os outros. O tratamento ruim que [Nome] recebia ia além de qualquer empregado.

Talvez tivesse se deixado afundar um pouco mais nas memórias antigas se aquele quarto não fosse tão estranho, como uma suíte de um hotel que só pagaria para passar a noite.

Nada nele passava a confiança que ela precisaria para dormir sem precisar guardar uma faca ou uma pistola debaixo do travesseiro.

Nenhuma das casas que morara, seja ela a que passou a infância ou aquela, sabia que nunca poderia chamar nenhuma delas de lar.

Eram apenas paredes ocas e tetos que pareciam baixos demais.

Sufocantes demais.

Foi de certa forma bom o desentendimento que tivera com Hiroshi, apesar de querer ir embora deixando uma boa impressão para trás, soube naquele almoço que não importaria que tipo de imagem tentasse passar, o que fizesse, eles escolheriam qual levariam como verdade.

A cama parecia igual a como deixou, bagunçada, e se procurasse bem, as montanhas de pano que juntou quando enfiou a mão debaixo da cabeça atrás da faca ainda estavam lá.

𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐄𝐘𝐄𝐒, 𝑴𝒂𝒏𝒋𝒊𝒓𝒐 𝑺𝒂𝒏𝒐 Onde histórias criam vida. Descubra agora