Depois da briga

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Muito frustrado e triste, entrei no meu apartamento e assim que me jogo no sofá, o Mauro aparece.

- Eai, fez as pazes com o amor da sua vida. - Ele imita uma voz feminina.

- Nos meus sonhos? Sim.

- Ué cara, cê não disse que ela queria que você acreditasse nela, que ela já pediu perdão e só faltava você deixar de ser medroso pra ir lá, resolver tudo?

- Disse, mas quando eu cheguei, o Henrique tava lá, ele provavelmente fez ela me superar.

- Como assim?

- Ela disse que nós não tinhamos mais nada para conversar, ela disse que quando eu termenei com ela, eu deixem bem claro que o "nós" não existe mais e disse que se arrepende dos nossos momentos bons, e que tá bem melhor sem mim.

- Sério?

- É. Lá na hora foi bem pior, mas eu não quero entrar em detalhes. - Cubro a cara com o travesseiro. - Eu só queria concertar os meus erros, mas foi tarde demais.

- Você vai desistir facil assim?

Tiro o travesseiro da cara - Vou. Ela vai ficar melhor com o Henrique, ele sim e a pessoa que ela merece.

- Sério?

- É! Eu só quero vê-la bem, com alguém que a faça feliz de verdade, ta ligado.

Mauro suspira. - Tô, mas eu acho que quem vai fazer ela feliz de verdade, e você. Vocês dois só estão magoados.

- Não sei não.

P.O.V. Helena

Com a cabeça deitada no colo do Henrique, lagrimas caiam dos meus olhos e quedtionamentos se passavam pela minha cabeça.

"Foi mesmo uma boa escolha ter falado aquelas coisas para o Lucas? E se eu tivesse feito diferente? Se eu tivesse ouvido ele, seria melhor?

Em meio aqueles pensamentos, sentindo as mãos do Henrique se passando pelos meus cabelos e o barulho da chuva, acabei caindo no sono.

(...)

Acordo no sofá. Eu estava coberta com um edredom quentinho e uma almofada debaixo da minha cabeça. Estico o meu braço para pegar meu celular que estava na mesa de centro da sala.

O relógio marcava 02:42.

Levanto do sofá e vou até o quarto atrás da Bia.

- Eii! Bia! - a chamo.

- Que é? - ela acorda.

- Por que você não me chamou para deitar na cama?

- Por que não ué, a gente não queria te acordar.

- A gente?

- É. Eu e o Henrique.

- Ata. As vezes eu me sinto uma criança pelo jeito que você me trata.

- As vezes você age como uma criança.

- Tá, tanto faz.

- Deita logo aqui na cama e me deixa dormir.

- Ah, não. Vou ficar lá na sala, eu gosto de escutar a chuva.

- Tá.- ela diz e eu caminho até a porta. - Helena. - Ela me chama antes que eu saisse do quarto.

- Fala.

- Ta melhor?

- Um pouquinho. - respondo e ela me olha triste.

Saio do quarto e sento na varanda. O frio, a Lua e o barulho da chuva me trazia "paz". Não sei porque.

Pensar sobre os meus sentimentos me deixava mais triste ainda, mas era necessário...

Wi-fi (T3ddy)Where stories live. Discover now