57 | Amigas

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A buzina da Porsche da minha melhor amiga soou pelos meus ouvidos e eu sorri. Peguei minha bolsinha, dei uma última olhada no espelho e tranquei a porta de casa, dando de cara com a garota em pé do lado de fora.

- Hm.. boa noite. - dei uma longa analisada em seu visual. Como sempre, Charli estava perfeita. Ela usava um traje não muito social não muito casual para a festa e sua gravatinha preta amarrada no pescoço me chamou atenção. Eu queria puxá-lo bem forte para ter o corpo dela ao meu.

A garota, assim como eu, não se preocupou em me secar sem nenhuma discrição. A garota parou o olhar em minhas pernas desnudas pelo vestido preto curto e justo e subiu lentamente o olhar, até conectar os olhos aos meus.

Soltei uma respiração profunda e ela sorriu maroto.

- Estou uma gostosa, né? Pode falar. - dei uma voltinha e Charli não economizou o tempo para me olhar de novo.

- Sim. Você sempre está, mas hoje se superou, hein garota. - ela pegou minha mão e eu aproveitei para me aproximar dela.

- Sabe.. não posso negar que você tá uma gostosa nesse terno também. - fingi arrumar a gola da blusa social branca que ela vestia e a senti segurar a respiração.

- S/n, aqui não. - ela disse, firme.

- Ops... - ri ladino e segurei na base da gravata, girando-a em meus dedos indicador e maior. - Somos só amigas, certo?

- Certo. Amigas. - ela afirmou. Puxei a gravata e o rosto da garota se aproximou do meu subitamente. Ri quando suas bochechas ficaram vermelhas e juntei nossas bocas em um selinho rápido.

- Isso. Amigas. - soltei a gravatinha e passei a mão na blusa da garota, como se estivesse arrumando. Ela mordeu fortemente o lábio inferior e eu não pude evitar de encarar aquela boca vermelhinha.

- Você é uma filha da puta, sabia disso? - ela sussurrou ao que se aproximava de mim como um predador prestes a agarrar a sua presa. Recuei um passo, mas não ousei recuar outro.

- Por que? - sussurrei de volta, sentindo o corpo quente. A garota olhou para minha boca antes de encarar meus olhos novamente.

- Faz tudo isso e acha que eu não vou reagir. - ela se aproximou mais um passo e sua mão colou na minha cintura. Ela puxou lentamente, obrigando meu corpo a ir de encontro ao seu.

- Você quem insiste que somos amigas. - respondi. Com a outra mão, ela segurou meu rosto e afundou os dedos no meu cabelo.

- E realmente somos. - ela me roubou um selinho. Dois.

- Claro. Se você diz. - Charli não me deixou falar mais nada, pois um segundo depois a sua boca estava mordendo o meu lábio inferior fortemente. A garota puxou o meu cabelo da nuca e eu nunca me esforcei tanto para não gemer contra a sua boca.

Os lábios da garota se moviam em um movimento não tão rápido não tão lento, mas eu conseguia sentir que ela estava com pressa e queria mais, mas não podia porque estávamos, literalmente, no calçado da rua da minha casa.

A D'amelio desceu a mão para a minha cintura, onde pôde apertar e me puxar ainda mais para perto. Já eu aproveitei para arranhar seu pescoço com as minhas unhas e morder seu lábio inferior de forma fraca.

A garota se separou com um selinho e afastou, entrando no carro e me deixando levemente atordoada. Quando me recuperei, arrumei meu cabelo e entrei no lado do passageiro.

- Você sempre borra meu batom inteiro. - resmunguei enquanto a garota acelerava o carro em direção a festa. Eu me encarava no pequeno espelho que tinha na parte superior do carro.

Imagines | Charli D'amelioWo Geschichten leben. Entdecke jetzt