Agirmos feito estranhos?

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Depois de mais algumas conversas desesperadamente aleatórias, esperaram pacientemente que o professor fosse checar sua poção.

Não sentiam pressa em saírem do lado do outro, ao contrário, queriam ficar ali por muito tempo. Mas a aula já havia acabando, agora eles voltariam o que era antes e Harry não queria aquilo.

- Malfoy... - O chamou baixo e notou o mesmo estar prestando atenção em si. - Voltaremos o que era antes?

- Desculpe?

- Quero dizer sobre nos encontrar em qualquer corredor e fingirmos nunca termos nos falado? - Seu pergunta não havia sido calculada, muito menos revisada, saindo como se quisesse que aquilo acontecesse.

Malfoy não sabia se era isso mesmo, então antes de tomar qualquer atitude, o mesmo resolveu perguntar. - quer que isso aconteça? Agirmos feito estranhos?

- Não! Eu quero continuar com nossas conversas aleatórias. - Explicou podendo ver um aceno do garoto a sua frente.

- Tudo bem, já que não quer, não acontecerá. - O loiro terminou de arrumar suas coisas, fez um sinal para que seus amigos o seguisse.

Harry sorriu e esperou que seus amigos terminasse de arrumar suas coisas, para saírem juntos. E assim que terminaram podia ver um grande sorriso nos lábios de ambos.

- Temos que conversar! - Os três disseram juntos e começaram a rir enquanto saírem da sala de aula para sua Comunal.

Snape que ainda estava na sala, observou a interação de seu filho e sobrinhos com os três grifinórios, sabendo o que estava acontecendo e o que iria acontecer mais para frente.

Na comunal da Sonserina era muito diferente do que eles mostravam ser fora dela, eles brincavam como crianças, competiam entre si, conversavam, riam, às vezes cantavam e claro apostavam entre eles mesmos.

A casa das serpentes era como diz a frase que Draco faz questão de sempre repetir. " Uma coisa é o que mostramos ser para as pessoas, outra muito diferente é o que realmente somos."

Eles nesse momento estavam conversando e brincando com o seu príncipe. O que com toda certeza não fazem e nunca faram em público.

Snape ia em direção a casa onde administrava, ele havia recebido a carta de seu marido e estava indo comunicar uma pessoa importante sobre a mesma.

Enquanto isso, Harry e seus amigos conversavam sobre suas experiências, os mesmos que sempre falavam não querer chegar Nunca perto do trio de prata, muito menos falar com eles. Nesse momento estavam justamente planejando fazer o oposto de suas palavras.

E eles mesmos se lembravam disso, começando a rir logo em seguida.

- A Parkinson, ela não é nada do que faz parecer! - Hermione disse após suspirar, não era segredo entre eles que a cacheada era perdidamente apaixonada pela morena.

- Muito menos o Zabini, achei que ele fosse calado, mas o mesmo que começou nossa conversa e devo admitir que ele é incrivelmente engraçado! - Disse Rony.

- Vai Rony, não precisa fingir! Sabemos da sua queda pelo Sonserino. - Harry o provocou.

- Eu tenho uma pequena queda, nada demais.

- Uma pequena queda, do tamanho da torre de Astronomia. - Harry provou e Hermione riu.

- Pare com isso, Harry! Não pode me julgar, afinal você é apaixonado por aquele nariz empinado desde o segundo ano! E já estamos no nosso quarto ano. - Retrucou- Eu notei como o olhava e pelo o modo de como riam... Posso dizer que a conversa era bastante interessante.

- Apenas conversamos coisas aleatórias, nada demais. - Respondeu o moreno.

- O que eram essas coisas? - Granger questionou curiosa.

- Ah, nossas cores favoritas, animais que gostamos, jogos, frutas e mais alguns assuntos. - Explicou, e sorriu. - Mesmo que tenham sido apenas esses assuntos, eu queria continuar conversando com ele!

- Eu também queria continuar conversando, com ela... - Suspirou a cacheada.

- Todos nós queríamos continuar conversando com eles, por isso perguntei se poderíamos não agirmos como antes e Blaise disse que se eu não queria, então nunca aconteceria. - Weasley estava um pouco vermelho, mas com um sorriso de felicidade em seus lábios.

- Então precisamos nos aproximar mais deles, só que o problema é... - Hermione falava, mas se interrompeu após lembrar de uma coisa que Parkinson falou.

- O que houve, Mione? - Rony a chamou de volta.

- Eu lembrei de uma coisa, essa frase tem haver com todos nós, não só nosso trio, mas a maioria da escola inteira... - Ela suspirou- " Uma coisa é o que mostramos ser para as pessoas, outra muito diferente é o que realmente somos. Nunca julgue um livro pela capa..."

- Quem disse isso? - Harry questionou.

- A Pansy, ela falou isso baixo depois de ouvir algumas meninas cochichando sobre sua casa, mas por estar do lado dela pude escutar.

- Não podemos bancar de santos, nós três falamos coisas sobre o Trio de Prata, mas não tantas como o resto da escola. - Potter falou.

- Sim, já chegou de todos falarem que aquele trio poderia virar cobras como o emblema da casa deles. Ou que Seus pais acabariam com nosso mundo seguindo um lunático qualquer. - Weasley comentou.

Harry riu, ele poderia dizer muitas coisas sobre aquela casa de serpentes, mas nunca falaria esses baboseiras! E principalmente agora, apenas uma conversa foi o suficiente para perceber que Malfoy não era assim.

- Às vezes, os rumores passam dos limites e jeito que tratam os Sonserinos, é um tanto desagradável de ver. Sair do caminho com medo de ser transformado, falar da vida deles como se os conhecesse, mas na verdade não sabe nada! - A castanha falou.

- O mínimo que todos sabemos, são seus nomes. - Potter Proclamou.

Estava começando a pensar em tudo aquilo, de certa forma, era uma espécie de preconceito com a casa das serpentes... E muitos rumores crescem a cada dia mais.

Só que nenhuma pessoa daquela casa da muita importância para o falam sobre eles, muito menos o seu príncipe, o que é mais difamado por todos, não tenta retrucar!

Harry já viu uma vez o Trio de Prata ajudando alguns alunos, depois da confusão do segundo ano, quando ainda havia muitas pessoas na ala da enfermaria.

Eles três eram bons em poções e as que não sabiam fazer só simplesmente ajudavam o professor, na época ninguém sabia o que estava acontecendo, muitos ficaram com medo de ser contagioso, mas eles não.

Potter junto com seus amigos também ajudavam e só viu as serpentes uma vez, depois de pegar sua capa da invisibilidade e ir até à ala, lá foi onde percebeu algo diferente quando olhava para Malfoy que cuidava de uma pessoa desmaiada.

Madame pomfrey sorria para ele e o ensinava tudo o que lhe era perguntado, chegou a falar que se o menino quisesse poderia virar um famoso medibruxo!

O professor de Poções também estava presente, o mesmo olhou na direção onde Harry estava escondido com a capa e deu-lhe um pequeno sorriso, mas não fez nada.

Não tirou seus pontos, não o mandou para a suspensão, ele não fez nada! Harry sabia que seu professor era esperto e tudo o que fez foi sair dali o mais rápido possível, afinal Severus Snape era imprevisível.

Mas ele guardaria aquela lembrança somente para si, a protegeria de todos!

Foi nela que pode ver seus sentimentos começarem a mudar, por um certo loiro...

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