Por quê está me olhando tanto?

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Dois dias se passaram desde a vitória da sonserina.

Blaise estava puxando Draco para fora de sua comunal, com o loiro se debatendo dizendo que não queria sair dali. Obviamente seu amigo não estava ouvindo.

O moreno Sonserino puxou carinhosamente seu amigo por dois corredores inteiros, sem nenhum aluno em volta, já que aqueles corredores ainda estavam na área da casa Sonserina.

Ser temidos por toda a escola tinha seu ponto bom.

Pansy os encontrou e riu da forma que conseguiram tirar seu amigo de casa, claro que depois ouviram um sermão, mas tudo já estava pronto. Não arriscaria perder tudo por causa do loiro.

Blaise precisava dele ali.

Subiram as escadas da torre central, Draco já acreditava que nada fazia sentido. Eles saíram do território Sonserino, mas por que?

Quando terminou de subir, percebeu que Rony Weasley estava segurando seus dois amigos ali também.

"O que está acontecendo?" Draco perguntou a si mesmo.

- Finalmente ele chegou! - comemorou o ruivo.

Malfoy franziu o cenho fazendo questão de demonstrar que não estava entendendo nada. - Por quê toda essa alegria por me vê? O que está acontecendo? Por quê você parece estar forçando a Granger e o Harry está aqui?

- Calma, parece até ansioso. - disse Rony após soltar seus amigos e receber em seguida um tapa em sua cabeça.

Quem o acertou foi Harry.

- Responda as perguntas dele. - Potter pediu enquanto ajudava Hermione arrumar os papéis que havia caído no chão por culpa do ruivo.

- Vocês não sabem esperar? Meu deus. - reclamou, logo bateu palma três vezes e seis cadeiras apareceram já empurrando cada um para se sentar em roda.

- Não era mais fácil perguntar se queríamos nos sentar? - Hermione perguntou.

- E vocês têm escolha desde quando? - Respondeu.

- Sempre um doce de pessoa. - comentou o príncipe Sonserino. - O quê estamos fazendo aqui?

- Precisamos conversar sobre a discriminação que as outras casas fazem.

- Precisamos? - Perguntou Harry.

- Sim, precisamos. - confirmou Blaise.

- E o que nossa conversa vai mudar nisso? - Draco perguntou. - Essa discriminação entre as casas existe há centenas de anos, não é porque sentamos para conversar sobre, que tudo isso vai parar. - Disse agitado. - Olha, mesmo que você tente mudar isso, não quer dizer que as outras pessoas querem mudar também.

- A casa mais afetada na discriminação é a nossa, não quer tentar resolver? - Pansy questionou indignada.

- Pan, você é inteligente, pense um pouco. - Pediu Hermione. - Ele está certo, mesmo que concordemos que à discriminação nessa escola, não quer dizer que os outro concordem.

- Obrigada, Granger. - Agradeceu o Sonserino. - Já teve gente que tentou mudar isso, mas falharam miseravelmente. Sabe o porquê não me importo se as outras casas gostam da minha ou não? - perguntou olhando para Pansy e depois para Rony. - Cada uma tem sua qualidade e defeito, mas toda a escola odeia o erro da sonserina. A lufa-lufa é a casa que mais odeia a minha, chega até ultrapassar o ódio da grifinória. E cai entre nós, o ódio da sonserina e grifinória é apenas fachada. - O loiro falou soltando uma risada no final. - Ambas as casas têm alguns traços em comum e seriam maravilhosas aliadas, mas por causa da rivalidade não se juntam. Não ligo se gostam da sonserina ou não, iremos continuar sendo a melhor do mesmo jeito.

O príncipe cruzou uma perna sobre a outra elegantemente, depois de alguns segundos em silêncio voltou a falar. - Grifinória, Sonserina, Corvinal e Lufa-Lufa. - falou os nomes calmamente. - Grifinória é a casa que mais tem coragem de discutir com a casa sonserina, depois vem a Corvinal e por último e Lufa-Lufa. - Draco olhou para o príncipe dos leões e sorriu. - A sua alcatéia está irritada com você, sabe o por que?

- Porque prefiro ficar com você do que com eles. - Harry respondeu prontamente.

- Exatamente. - concordou. - Também pelo fato de eu ser uma cobra e em vez de você acabar comigo, resolveu cuidar de mim. - Acrescentou. - Vocês sabem o que acontece quando vão contra as três casas? - perguntou especificamente para o trio de ouro.

Os três não sabiam, pelo menos não ainda por não confirmarem estar ao lado do trio de prata.

Mas como só Harry confirmou, as outras casas ainda estão com esperança que Hermione bote consciência no moreno, ou conta principalmente com Ronald para fazer Potter voltar a si.

Eles não poderiam perder o garoto que sobreviveu.

Você-Sabe-Quem poderia voltar, ele era poderoso demais e apenas Potter o derrotou quando era um bebê. Não poderiam o perder para o lado que com certeza apoiará aquele monstro, perder a guerra estava fora de cogitação.

- Não, não sabemos. - Hermione respondeu.

Eles realmente não sabiam, até um mês e algumas semanas atrás eles tinham os olhos fechados ao que as casas faziam, se preocupavam bem pouco se aquilo estava arruinando a vida dos sonserinos.

Aquilo eles tinham em comum: não se preocupar com quem eles mesmos julgaram não merecer.

- Vão descobrir se continuarem sendo vistos com a gente pelo castelo, acho que o impacto seria muito menor se não fosse com nós três. - Blaise falou ao parar e pensar sobre suas próprias palavras. - O maior problema é a gente, os que ressuscitarão você-sabe-quem. - debochou.

- Então não iremos levar em consideração que tudo pode mudar? - Weasley interrogou cruzando os braços sobre o peito.

- Alguém aqui quer tentar mudar algo que está há centenas de anos no mesmo lugar? - Potter perguntou e o silêncio tomou conta.

- Eu sinceramente não quero, não tenho essa ambição. Talvez as gerações futuras consigam mudar isso, mas eu não quero lutar em uma causa perdida. - Draco se expressou se levantando de seu lugar.

- Sente-se, malfoy. - Pediu Hermione. - Já que ninguém aqui quer gastar sua saúde mental cuidando desse problema que não é nosso, vamos apenas conversar entre nós mesmos. - O convidou.

- Por quê vocês não vem com a gente na mansão Malfoy? - Blaise disse aos leões com um sorriso. - Não fiquem assustados, lá é mais divertido do que todo mundo pensa.

- Blaise, sabe que temos que perguntar ao tio Lucius sobre podermos levar alguém! - pansy o advertiu e o mesmo deu de ombros.

- Meu pai não vai ligar, basta o avisar. - Draco falou.

- Tia Narcisa fará um bolo de chocolate maravilhoso, ela é a melhor. - Blaise disse para Rony que sorriu já imaginando o gosto do bolo, com certeza iria para a mansão.

Harry sabia que Narcisa estaria lá apenas para as aparências, buscou Draco com o olhar e o mesmo sorriu para si.

- Por quê está me olhando tanto? - Malfoy perguntou sorrindo.

Potter não sabia como falar, toda vez que o loiro encarava ele daquele jeito... era como se não soubesse falar ou se expressar.

Ele resolveu esse problema do seu jeito, puxava draco e o beijava intensamente cada vez mais.

- Eu não sei, tem algo em você que me prende. - Foi sincero. - O quê você tem que me faz te admirar o tempo todo?

Draco se aproximou e o beijou na bochecha. - Essa resposta não vou saber dar a você.

Harry sorriu, o loiro tinha razão.

Apenas ele mesmo vai conseguir essa resposta, precisava a conseguir imediatamente.

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