capítulo 44

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  Grego

Galego invadiu minha sala de forma bruta, sua respiração estava ofegante, seu rosto estava vermelho, sei que dá sua boca não vai sair nada de bom.

-fala.-disse pra ele.

Era até engraçado ver um muleque branco como ele vermelho do jeito que estava, ele se sentou no sofá e levantou um dedo pra mim em forma de esperar.

Olhei engraçado pra ele não entendendo o motivo de tanta afobação, as vezes o João parecia uma criança arteira, sei que ele é um menino bom e só entrou nessa vida pra ajudar a tia Rosa, mãe dele.

-eu... nossa, subi a ladeira correndo.- disse rindo.

-porque?- perguntei enquanto jogava uma garrafa de água pra ele.

-a doida da Cassandra queria me agarrar lá no beco, tá doido.- disse negando.

Acabei não aguentando e ri da cara dele, porra, cheio de problemas pra resolver e esse doido aparece com mais outro.

-é cada uma viu, mais eai, tem notícias da outra lá.- me referi a mãe da Cecília.

-tenho, e voce não vai gostar de nada do que vou te falar.- disse negando com a cabeça.

-fala.- disse bolando um baseado, sei que oque ele vai falar vai me deixar muito nervoso então como não tenho o leite da Cecília aqui e melhor já deixa um baseado pronto.

-parece que a doida lá esteve aqui, aqui no morro memo, tava perguntando pela Cecília e tudo, tem uma tia que mora no mesmo beco que a Cecília e quando eu perguntei disse que viu aquela mulher saindo de lá domingo.

Na mesma hora meu sangue gelou, gelou mesmo, tive até que parar de fazer oque eu estava fazendo pra tentar raciocinar, aquela maldita entrou no meu morro e na casa da minha mulher, imagina se minha princesa estivesse lá? Porra, porra, porra, mil vezes porra.

Ela vai pagar, ultrapassou todos os limites que eu estava tentando por pra poder talvez só talvez mesmo não matar aquela mulher, mais parece que não adianta, sei que minha menina só vai poder dormir em paz quando ela for morta e eu não vou poupar esforços pra fazer isso.

-como que ela entrou aqui e eu não fui informado?- perguntei pra ele.

-aí que tá grego, através disso eu fui puxando as caminhada dos meninos que tava na barreira, porque porra, se ela entrou aqui e nós não foi informado, qualquer um entra, e se nao sabe oque eu descobri. - disse empolgado.

-diz aí.

-os muleque que tava na barreira era tudo infiltrado, de outro comando porra, os cara nem daqui era, se tem noção disso?

Parece que a cada palavra que ele dizia tudo piorava, quero saber quando que foi que deixei chegar a esse ponto?

Porra meu morro sempre foi minha prioridade e agora aqui tem x9 infiltrado aqui, isso não tá certo, não tá mesmo.

-reuni todos os vapores, gerente das bocas, reuni tudo no galpão principal hoje as oito, não fala nada só junta eles lá, quantos menor que se descobriu, oque tu fez com eles? - perguntei.

-eram cinco, deixei eles na salinha e tão lá até hoje, já faz três dias contando com hoje.- falou.

-deveria ter me dito antes porra.- falei bolado, só problema em cima de problema.

-pô Felipe, ultimamente se tá cheio de bagulho pra resolver, tá com a Cecília, tô tentando tirar um pouco dos teus problema.- disse de cabeça baixa.

Suspirei sabendo que ele não tem culpa de nada e que tentar descontar minhas frustração nele não vai adiantar nada.

-tá certo, tá certo, tá tudo uma bagunça, não sei quando que eu perdi a mão com tudo isso.- disse pra ele.

-que perdeu a mão oque, bagulho é resolver esse b.o e bola pra frente, além de reuni o muleque no galpão quer que eu faça mais alguma coisa?- perguntou.

-junta mais alguns homens com você, uns três ou quatro e trás aquela vadia pra cá, vou dar um fim nela antes que algo maior aconteça.

-te certo, tá certo, vou lá depois nos se fala.- disse já ficando de pé pra sair.

-peri.- chamei sua atenção antes de sair da sala, abri minha gaveta e peguei um bolo de dinheiro, não sei exatamente quando que tem só sei que é entre quinta a vinte mil.

Sei que é muito mais sei também que a firma tá dando dinheiro, nós tá com as contas em dia e porra, sei que o galego precisa, as coisas pra ele não é fácil e ele me ajuda muito não tem nenhum mal dá um agrado pra ele.

Joguei o dinheiro que tava enrolado em três elástico pra ele e ele arregalou os olhos, assim que ele ia recusar mandei ele sair da sala, porra, agora é focar pra resolver toda a bagunça que tá esse morro.

{Até a próxima}

Meu Fim...Where stories live. Discover now