EPÍLOGO...

202 27 6
                                    

"Onde ele está? Eu vou matá-lo!" disse minha irmã em seu vestido de noiva maravilhoso. Estávamos no local de casamento de Amora e Felipe, um lugar lindo, uma vinícola na serra gaúcha. Estava tudo organizado e perfeito, e seria ainda melhor se o noivo e os padrinhos tivessem aparecido.

"Ele deve estar chegando, não vai perder o dia do casamento!" falei, mas eu mesma pensava em matá-lo se não aparecesse em 5 segundos.

"E se ele não quiser mais casar comigo?" vi lágrimas brilharem em seus olhos e dali em diante talvez agredisse qualquer um que se aproximasse.

"Se ele não quiser mais, eu mesma vou amarrá-lo e obrigá-lo. Fique calma, Amora." Helena disse sem pestanejar. Eu, Helena e Venturini fomos escolhidas como madrinhas, e nós e nossa mãe estávamos acompanhando Amora na sala destinada à noiva.

"Eu não duvidaria, já aconteceu antes." Venturini alertou e eu olhei assustada para elas, e Helena ergueu as mãos em sinal de rendição.

"Eu tive ajuda." olhou na direção de Venturini.

"É uma longa história." afirmou Ven.

"Quando a gente vai contar pra ela que os padrinhos e os meninos também não estão aqui?" sussurrei para a que estava mais perto de mim.

"Se a gente contar agora, nós vamos ser mortas no processo. Vamos esperar o desgraçado do Felipe aparecer." Helena disse.

Ouvimos passos apressados e um tumulto do lado de fora.

"O que tá acontecendo?" Amora perguntou chorando, felizmente sua maquiagem era à prova d'água ou isso daria muito errado.

"Vou olhar." avisei e saí em direção ao lugar onde os convidados estavam. Tudo continuava na mesma, todos sem entender o que estava acontecendo, até que notei que Felipe estava em pé ao lado do padre respirando fundo como se tivesse corrido uma maratona, os padrinhos estavam do mesmo jeito. E só notei que estavam suados quando Semi chegou do meu lado no mesmo estado, ofegante.

"O que aconteceu com vocês?" perguntei, incrédula, ele estava perfeito de terno, mas seu estado atual arruinava um pouco sua aparência.

"Você vai ver no final da cerimônia" me deu um selinho e saiu correndo para seu lugar ao lado de Felipe, enquanto eu ficava embasbacada com a situação.

Corri de encontro às meninas e Amora.

"Eles chegaram! Eles chegaram!" exclamei com tanta empolgação o quanto eu podia.

"Pois eu vou matar ele!" afirmou Amora saindo com toda sua fúria. Porém assim que viu Felipe no pequeno altar improvisado quase vi lágrimas saírem de seus olhos, mais uma vez. A loira se recompôs e pediu que chamássemos meu pai para acompanhá-la.

A música começou a tocar, enquanto nós, as três madrinhas, entrávamos. Olhei para Ei que estava do lado dos outros padrinhos e sorri, ele sorriu em resposta e deu uma piscadela. Finalmente quando nosso pai havia chegado, iniciou a marcha nupcial que logo mudou para uma versão mais singela da música inicial de Dragon Ball GT, enquanto Amora, de forma esplendorosamente linda, caminhava até seu noivo.

Assim que a recebeu a vi sorrir e ouvi ela falar um "você vai pagar por isso mais tarde", o padre arregalou os olhos, mas foi baixo, então acho que só os mais próximos ouviram.

Um pouco antes da saída dos recém-casados os meninos que antes estavam desaparecidos formaram duas filas no final do pequeno corredor de convidados, um estava de frente para o outro e alguns seguravam bolas de vôlei, enquanto Amora e Felipe saíam, os meninos começaram a passar as bolas uns para os outros formando vários arcos, pelos quais minha irmã e seu amor passaram.

Depois de toda essa apresentação especial várias pessoas batiam palmas, assim que chegou ao fim eles guardaram as bolas e Ei veio até mim.

"Felipe nos chamou para treinarmos isso." explicou.

"E vocês demoraram porque...?"

"Nos distraímos e acabamos em um jogo. Mas foi só um, é sério."

"Vocês são muito idiotas, sabia?" falei segurando seu rosto.

"Que bom, pelo menos sou o seu idiota." disse e meu deu um selinho.

"Vamos, idiota, ou a Helena vai comer toda a comida." alertei e segurei sua mão.A festa iria acontecer em uma tenda que havia sido montada no pátio e várias pessoas já estavam indo para lá, nós as seguimos.

Os padrinhos e as madrinhas fizeram seus discursos incluindo várias risadas e histórias. Depois de um tempo algumas pessoas se reuniram para ver a primeira dança de Amora e Felipe como casados, os acompanhamos e vimos eles tendo um momento só deles.

"Um dia vamos ser nós, bem ali." ele disse sussurrando no meu ouvido. "Se você quiser."

"Isso é um pedido de casamento, Semi-Semi?"

"Talvez." ele falou e enquanto várias pessoas se juntavam ao casal recém-casado, ele pegou minha mão e me levou para dançar, vi meus pais dançando juntos, vi Yuuta e sua namorada, LeBlanc, trocando olhares enquanto dançavam. Bokuto puxou Helena, que estava comendo, para dançar e, Ven e Konoha estavam ao nosso lado seguindo o ritmo da música.

Olhei para Ei e disse:

"Então, talvez você ganhe um sim." ele se inclinou em minha direção e nos beijamos.

🎸🎸🎸

Diapason (Eita Semi x Reader x Shiratorizawa)Where stories live. Discover now