Screaming Color.

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Depois de algum tempo, eu resolvi aparecer com mais uma história de Snowdrop. Tem uns dias já que estou viciada nessa música, e depois de algum surto criativo eu notei o quão bem ela poderia se encaixar na história de Youngro e Sooho.

Há pequenas referências a outras músicas da Taylor também, porque eu não perco uma oportunidade.

Boa Leitura! Desculpe qualquer erro, espero que gostem 🤍

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Olhando agora, tudo parecia tão simples.

Tudo antes do fatídico dia em que ela resolveu expressar suas saudades naquelas folhas de papel que, mais tarde, se tornariam dobraduras e voariam pelos céus que cobriam a Universidade feminina de Hosoo. Aquele que lhe causava esse sentimento tão profundo e inexplicável — a saudade — também a condenaria num mar de sofrimento.

Im Sooho, o espião norte-coreano que havia roubado seu coração, roubou também, inconscientemente, a sua oportunidade de viver uma vida mundana — bem, pelo menos até o momento.

Ela ainda se lembrava do momento em que o conheceu. Ela ainda se lembrava de como foi sentir as mãos dele sobre as dela, enquanto ambos tentavam mantar a torre de palitos de fósforo em pé. Foi quando ela descobriu que estava disposta a viver um caos por — e com — ele. Isso ficou totalmente claro quando ela arriscou a si mesma para ajudá-lo, escondendo-o e cuidando dele até que estivesse bem o suficiente.

O destino era mesmo engraçado às vezes. Dentre todos os dormitórios, — que eram muitos, considerando que o dela era o 207 — ele foi parar bem no dela. É como se o destino quisesse colocar sua descoberta à prova.

Contudo, foi somente quando ela o tomou como acompanhante no dia em que a Universidade abriu suas portas, que ela descobriu algo novo.

Quando Youngro olhou para a fotografia que haviam tirado deles durante o evento, ela descobriu.

O resto do mundo era preto e branco, mas eles tinham cores vivas.

E ela se lembra de ter pensado:

"Já estamos fora de perigo?
Estamos fora de perigo?
Já está tudo resolvido?"

Ela se lembra de ter pensado sobre isso o tempo todo, o dia todo. Até mesmo depois de ele ter que se despedir dela e deixá-la.

Eun só não esperava que esses pensamentos fossem criar morada em sua mente. Que esses pensamentos fossem persegui-la.

Assim como não esperava estar vivendo todo aquele inferno dentro do dormitório de sua própria Universidade.

A frequência com que tinha esses pensamentos só aumentava, era quase sufocante.

Já estamos fora de perigo?
Já estamos fora de perigo?
Já estamos fora de perigo?
Estamos fora de perigo?

Já está tudo resolvido?
Já está tudo resolvido?
Já está tudo resolvido?

Todos esses pensamentos, ou melhor, perguntas, tinham respostas. Vamos ser honestos, a resposta era uma só: Não.

Entretanto, saber as respostas, não os impedia de ocupar sua mente a todo momento.

Olhando agora, desde que ele invadiu seu dormitório em busca de ajuda, eles estavam predestinados a cair aos pedaços.

E então, se unirem novamente.

O colar dele em seu pescoço. Aquele dia em que ele deveria ir embora e ambos não queriam dizer adeus. Quando decidiram — através de olhares — que jamais se esqueceriam um do outro, como se eles realmente nunca mais fossem se ver.

Os aviõezinhos de papel cruzando os céus, até que um deles acabassem na mão de Sooho, fazendo-o desejar vê-la mais uma vez e, assim, puxando o gatilho para o início de um pesadelo. Pesadelo onde seu desejo de vê-la se tornou uma despretensão, condenando-o a observa-lá sofrer e viver o próprio inferno todos os dias, por um bom tempo.

Então ele ficou.

Ao invés de fugir com Kang Chungya e seus camaradas Joo e Eungcheol, ele ficou ao lado dela. Não podia deixá-la assim depois de ser o principal responsável por fazê-la passar por tudo aquilo.

Ele fez com que a espiã do Norte prometesse manter sua irmã segura, assim como a família de seus camaradas e eles próprios. Em breve, ele encontraria sua irmã novamente, desta vez, com Youngro ao seu lado.

Im Sooho se virou e correu.

Correu até a estudante de literatura inglesa que havia restaurado o amor em seu coração. Amor que, até então, ele imaginava ser vermelho ardente ou preto e branco. Mas bastou uma troca de olhares com ela para perceber que na verdade ele era dourado, como a luz do dia.

Out of the Woods, Snowdrop Onde histórias criam vida. Descubra agora