C a p í t u l o • 36

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New York City U.S.A.
17 / September • Saturday

— Não vamos falar sobre isso. — Começo a suar.

— Sei que é um assunto delicado para você, só queria lembrar. — Claro que é delicado para mim, afinal eu assistir a morte horrível dela.

— Estamos partindo da Rússia hoje mesmo, vou pessoalmente resgatar o menino. — Escuto o som de uma porta abrindo.

— Vou enviar homens para ajudar hoje também. — Aviso.

— Tenho assuntos aí em New York o menino vem comigo no meu jatinho particular, o Dallas vai avisar o horário. — Sua voz ficou um pouco acalorada.

— Como ele foi parar em Camorra? — Pergunto para mim mesma.

— Creio que você já saiba a resposta. O motivo para todos males acontecerem na sua vida. — Na verdade, isso tem dois nomes.

— Queria tanto ressuscitar eles para matar de novo. — Um ódio que estava adormecido no peito volta a ganhar um pouco de vida.

— Você pode fica com seu pai, mas o Lorenzo seria somente meu. — Ele fala rindo. Fico chocada pois nunca escutei ele rindo na vida.

— Dallas. — Chamo por ele.

— Estou aqui. — Ele responde.

— Seu irmão está bem? Ele está esquisito. — Passo a mão no meu cabelo, e toquei no piercing na sobrancelha.

— Estou me perguntando a mesma coisa agora mesmo. — Sua resposta me deixa com vontade de rir.

— Muito bem, tenho sair agora. Poderiam me enviar as fotos? — Pergunto vendo as meninas entrarem na garagem.

— Claro estou enviando agora. — Dallas responde, escuto passos.

— Me mantenha informada. — Peço a ele então encerro a chamada.

— Estava falando com quem? — Cami pergunta, olho nos olhos da Valentina tentando transmitir todo o peso dessa notícia.

— Com um funcionário da empresa. — Respondo ligando o carro. Aperto o botão do controle, o portão da garagem levanta. Dou ré saindo da garagem. Acho que a tia Olivia não veio com a gente porque ainda está preocupada com o David sozinho em casa.

Vai ser difícil ele conseguir a confiança da mãe novamente. A garagem fecha, vamos para a rua.

A vizinha da tia Olivia é uma fofoqueira de mão cheia, nada escapa de seus olhos. Mas a mulher colocou na cabeça que sou uma má influência para todos os adolescentes do condomínio. Eu poderia muito bem me mudar para um dos vários apartamentos caros que tenho no meu nome.

Mas ficar com a tia Olivia trouxe um pouco mais de normalidade para minha vida, por isso optei em ficar morando com ela. Apesar de não gosta dos vizinhos fofoqueiros, que aumentava qualquer merda que acontecia naquela casa.

Cami conecta o celular dela com o som do carro, coloca em uma playlist. Começa a toca Fake Love do BTS. Não sabia que a Cami é army.

— Não sabia que era army Cami. — Comento rindo.

— Achei a playlist deles em alta no Spotify resolvi ouvir amei as músicas logo de cara. — Ela comenta feliz.

— Eles são ótimos de fato. — Comento distraída.

— Boa tarde senhoritas. — Reviro os olhos. Não estou muito satisfeita com esse cara.

— Porque vocês não gostam dele? — Cami pergunta um pouco contrariada.

Antonella • Livro 1 | RETA FINALWhere stories live. Discover now