Capítulo 09 - A intensidade por impulsos naturais não controlada

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Camila Cabello  |  Point of View




Na grande noite, no meu banho e fiz uma geral, tirei pelos de todos os cantos possíveis do meu corpo e depois fui escolher uma roupa. Algo bem bacana, queria impressioná-la.

— Uau... que gata. – Ro disse assim que entrei na sala. – Oh... pega a essa chave aqui, vai no meu carro.

— Não sei dirigir.

— Nós dirigíamos quando pequenos. Essas coisas não se esquecem e vai causar uma boa impressão.

— Mas ela gosta da minha bike.

— Camila... vocês vão se beijar e não vão transar, seu pau vai ficar uma rocha e a última coisa que você vai querer fazer com ele assim é andar de bicicleta.

— Tudo bem. – Ele arrumou a gola da minha jaqueta e depois borrifou um perfume no meu pescoço. — Alisha comprou para você. É bem suave. Se cuide, se precisar é só ligar que eu pego você, nós arrumamos um jeito de te buscar. Aproveite, e se sentir que é confiável, conte a ela. Lauren merece saber da verdade e talvez ela entenda você.

— Obrigado, Ro. – O abracei.

— Te amo, Camila.

Sorri para ele. Fui até o carro e eu me lembrei que dirigia com meu pai quando era pequena. Nem sei se me lembro, mas vou tentar.

— É automático, você só aperta aqui e acelera, freia ali, mas pisa devagar.

Assenti e sai da garagem, depois de duas quadras já tinha pegado o jeito. É algo que não se esquece com facilidade.

Estacionei em frente ao gramado e caminhei até a porta, Lauren atendeu.

— Karla, pensei que não iria vir.

— Trabalhei até tarde hoje.

Ela me puxou pela jaqueta e me beijou, e uma coisa nova me atingiu como um chute no meio das pernas ou um soco no estômago... eu estava me sentindo muito culpada por omitir essas coisas para Lauren.

— Vamos subir um pouco? Vamos aproveitar um pouco sozinhas. – Concordei e ela entrelaçou nossos dedos... caralho! Aquilo me fez sentir tão bem e tão culpada ao mesmo tempo.

Sentei em uma das almofadas que estavam no chão e ela sentou no meu colo, apenas me abraçou e ficamos assim por um tempo.

— Eu estou gostando de você, Karla. Pode ser rápido, mas estou gostando.

— Eu também estou, Lauren. Foi maravilhoso ter encontrado você.

Ela me beijou, arranhou minha nuca de forma gostosa e as coisas ficaram quentes. Pegando fogo, quando dei por mim, minhas mãos estavam apertando o bumbum dela e ela rebolando contra meu membro, que iria rasgar a calça de tão duro.

— Karla... sério. Você é muito sexy...

— Lauren...

— A gente se conheceu faz pouco tempo, mas eu quero muito transar com você.

— Só tenho uma coisa para contar.

— O que?

— Eu nunca fiz isso.

— Você é virgem?

— Não. Tipo... nunca fiz por vontade minha, com uma garota que eu gostasse.

— Karla, abusaram de você?

— Sei que é estranho vindo de alguém que tem pênis, mas sim. Só que não quero piedade nem nada, só não quero fazer nada errado, sabe?

— Ela colou a testa na minha.

— Você denunciou?

— Ninguém ia acreditar em mim.

— Você tem que fazer isso...

— Lauren, estou bem. Já faz muito tempo e já disse que quero outra história.

— Depois voltamos nesse assunto. É sério, vamos sim conversar sobre isso. E sobre fazer certo ou errado, isso é relativo. Eu ensino você a fazer do jeito que eu gosto.

— Me beija. – Ela o fez, nossas línguas se acariciavam e as mãos dela exploravam cada canto do meu corpo.

Apertei o seio dela, ela desceu os beijos por meu pescoço e chupou ali de leve.

— Aaah... – Eu me tremi inteira, meus olhos reviraram e apertei o quadril dela com força.

— Karla?

— Eu preciso ir embora. – Falei olhando para a mancha enorme na minha calça.

— Aconteceu alguma coisa?

— Eu só preciso ir embora. – Eu nunca fiquei com ninguém, eu não sei muito bem como controlar essas coisas. — Me desculpe.

— Não precisa se desculpar, Karla. Só me fala o que eu fiz.

— Nada... eu só preciso ir.

Corri dali para o carro e corri mais para casa. Não sei como não bati a porra do carro, entrei na casa e Ro me encarou
assustado.

— Você está branca. O que houve?

— Olha essa merda aqui! Eu não me segurei, cara. Eu não consegui.

— Fica calma, Mila. O que ela disse?

— Eu fugi de lá, não sei onde estou com a cabeça, eu não sirvo para essas coisas, ela disse que gosta de mim. Que quer transar comigo... ela nem me conhece, Ro. – Eu comecei a chorar. — Ela nem sabe o lixo que eu sou.

— Camila, sei que parece tudo o fim do mundo, mas não vai poder se privar da vida para sempre. Lauren entenderia você, acho que ela é uma das poucas que entenderia, se ela gosta de você mesmo. Fale com ela.

— Não quero perder aquele olhar, Ro. Ela me olha como se eu fosse a mais foda da festa.

— Se não vai falar com ela, vá trocar a roupa e volte lá para explicar o que aconteceu. A coitada deve estar pensando no que fez de errado para você sair como louca.

— Robbie...

— Não quero saber. Vai fazer o que mandei.

Ele falou tão sério comigo que nem ousei responder, apenas um banho rápido e já estava na frente da casa de Lauren. A campainha soou e minha angústia aumentou.

— Karla...

— Me desculpe, Lauren. As coisas ficaram intensas e eu sujei minha calça, e me desesperei.

— Sério?

— Sim.

— Achei que tinha feito algo errado, estava preocupada.

— Lauren, eu nunca namorei, nunca me interessei por ninguém, por isso estou muito perdida em relação a tudo. Me desculpa mesmo.

— Não se desculpe, eu que estou forçando a barra com você, mas é que você tem esse jeito tão forte, mas é tão meiga ao mesmo tempo, eu não sei como agir. – Ela me abraçou. — Vamos jantar?

— Tudo bem.

O jantar foi muito bom, conversamos mais e depois nos beijamos novamente, mas eu tentei me desfocar da realidade para não ocorrerem acidentes de novo.

NÃO ESQUEÇAM!

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VenenoWhere stories live. Discover now