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Parada em frente a porta, esperando ser atendida. Me dei conta de que eu nunca havia chegado até aqui, nessa parte em que eu pego as minhas coisas para que nunca mais tenhamos que entrar em contato novamente.

Eu aproveitei e troxe uma caixa com presentes que Nate havia me dado, e também blusas que eu tinha pegado dele.

O sr Jacobs abriu a porta, e me comprimentou com um sorriso. Um sorriso que só podia ser falso, ele nunca gostou do meu relacionamento com o filho dele. Talvez estivesse contente que Nate e eu finalmente terminamos.

– Pode subir – ele abriu espaço para que eu entrasse – Vou sair, mas fique a vontade.

– Serei rápida – forcei um sorriso gentil, e ele saiu.

Me senti estranha. Era a primeira vez que eu ficava sozinha nessa casa, Nate sempre estava comigo. Subi as escadas, e entrei no quarto dele.

Deixei a caixa com as coisas dele no chão, e me sentei na cama. Não me surpreendo com as lágrimas formando no canto dos meus olhos. Inalo o ar do ambiente, o cheiro do Nate está por toda parte, me sufocando, esfregando na minha cara meus sentimentos por ele.

– No que está pensando ?

Eu congelei com a voz de Nate. Ele entrou no quarto e fechou a porta.

Pulei da cama, pega pelo susto. Não sei como ainda acredito nas coisas que ele fala.

– Você disse que não estaria em casa – minha voz se elevou - Me deixa ir embora ou eu vou gritar.

– Pode gritar – ele trancou a porta e colocou a chave no bolso da calça – Preciso conversar com você.

Todos os sentimentos, palavras, gritos de socorro e angústia se juntaram no meu peito. Eu estava prestes a colocar tudo para fora, explodir em centenas de cacos. Mas ele caminhou até mim, e me abraçou, um abraço forte, como se estivesse ajustando as grades da cela em que ele havia me prendido.

Seu toque era doloroso e paralisante, nem um pouco aconchegante mas por algum motivo era difícil de sair.

– O Mckay me contou a verdade – ele falou sem me soltar – Eu imploro, me dê mais uma chance, Tally.

Nate se afastou um pouco, olhou em meus olhos e então se ajoelhou. Uma parte minha se sentiu eufórica ao vê-lo aos meus pés.

– Eu estou cansada de te dar chances – dei um passo para sair de perto dele, e seus braços agarraram minha cintura.

– Dessa vez eu realmente vou mudar - ele descansou a cabeça na minha barriga.

– Levanta, pelo amor de Deus – puxei seus braços, e ele me soltou.

Ficamos em silêncio por um longo tempo. Nate se sentou na cama, e me observava andar de um lado para o outro. Os mesmos pensamentos repetitivos me enlouquecendo, o silêncio não bloqueava minha mente barulhenta.

– Você vai me matar, Nate – me sentei em seu colo – Isso já está acabando comigo aos poucos.

Ele abriu a boca para responder, mas eu o beijei, na verdade apenas encostei os meus lábios no dele, depois afundei meu rosto em seu pescoço.

– Quer saber – sussurrei em seu ouvido – Eu desisto, Nate. Eu sou sua, me destrua se é isso que quer. Porque não tenho mais força para lutar contra você.

– Tally...

– Shhh – eu o silenciei com o dedo indicador – Esse é momento do sexo de reconciliação. Quer me bater ? Se vingar ? Me punir ? A hora é agora.

Nate me deitou na cama de repente, e apertou meu pescoço, enquanto olhava nos meus olhos e esfregava sua ereção contra minha coxa.

– Eu sou seu dono não sou ? – perguntou ele e eu assenti, o que o fez sorrir – Não adianta negar ou tentar fugir disso.

Sua outra mão se apressava em subir meu vestido, tirar minha calcinha e desabotuar sua própria calça. A ansiedade de senti-lo dentro de mim me fazia vibrar. Nate era meu desejo mais cruel. Com esse seu amor peverso que me consumia até a alma.

– Vira de costas – ele mandou e eu obedeci.

Ele se posicionou, e deslizou seu membro para dentro de mim. Sem delicadezas. Nate segurou meu cabelo e me fudeu por trás, com estocadas duras e agressivas.

Ele chegou ao seu limite primeiro que eu, quando alcancei o orgasmo, ele já estava se liberando dentro de mim. Nate despencou ao meu lado. Sua respiração ofegante soprava em meu ouvido. Era nítido seu alívio.

Eu nunca havia me sentido tão vazia quanto agora.

Perverse Love - Fezco Onde histórias criam vida. Descubra agora