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– Olha, Nate – meu pai falou animado – Tenho que te agradecer, por cuidar tão bem do que eu tenho de mais precioso.

Nate olhou para mim sentada ao seu lado, e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. As ultimas duas semanas tem sido perfeitas sem brigas, discussões, ciúmes, parecemos até um casal normal. E pode ser dificil de acreditar mas Nate sabia ser afetuoso, ele tem o dom de fazer com que você se sinta a pessoa mais especial do mundo, como se para ele nada além de você tivesse importância.

– Ela também é o que eu tenho de mais precioso – Nate pegou minha mão e a beijou.

Minha mãe suspirou, e bateu palminhas.

– Tão bom ver que você conseguiu algo melhor do que o-

– Não mãe – eu a interrompi.

Sabia que ela não ia perder a oportunidade de falar sobre meu antigo relacionamento, minha mãe nem imagina que meu ex não fez comigo nem metade do que Nate faz. Apesar de não gostar de relembrar meu namoro problematico com Vincent, ele era bem mais fácil de lidar.

– O que vão querer ? – meu pai perguntou, claramente querendo mudar o assunto.

O garçom chegou a nossa mesa, e enquanto Nate e meu pai faziam seus pedidos, minha mãe me encarava por eu estar folheando os pratos mais calóricos do cardápio, eu sabia que era esse o motivo porque ela sempre faz isso quando vamos juntas a um restaurante.

– Vou querer salada, e você Tally ? – ela semicerrou os olhos, puxando o cardápio da minha mão. 

– Nada – minha voz soou rude – Perdi a fome.

– Está tudo bem ? – Nate murmurou, e segurou minha mão por baixo da mesa.

– Ela só está tentando entrar em forma - minha mãe respondeu por mim – Você é um atleta, entende que isso requer alguns sacrifícios.

– Acho que você está ótima, filha – meu pai lançou um olhar de repreensão para ela.

– Continue a incentivando a ser desleixada, e quando menos esperar ela vai estar como a melhor amiga – ela deu de ombros – Só quero o bem dela.

Se não fosse o aniversário do meu pai e se não estivéssemos em público, eu teria dado uma resposta a ela, uma ao seu nível de prepotência e falta de noção. Nate apertou ainda mais a minha mão, temendo que eu fosse fazer algo.

O jantar continuou com um clima tenso que todos na mesa sentiam, mas fingiam que não. Minha mãe contou suas historias de sua breve carreira como modelo nos anos 90, até meu pai interrompê-la para contar como estam as coisas na delegacia. Eu apenas escutava, já Nate tentava interagir por nós dois, e no fim acabou convidando meus pais para assistirem o jogo dele semana que vem.

◇◇◇

– Você conquistou bem a confiança do meu pai, ele me deixar dormir aqui é inacreditável - ri pulando na cama arrumadinha do Nate.

Ele estava sério, em pé ao lado da cama e seus olhos me observavam preocupados. Já sabia o que ele ia falar.

– Sua mãe está fazendo aquilo de novo, não está ? – ele sentou ao meu lado.

– Eu já estou acostumada, ser filha de Isobel Dion requer ter autocontrole – encarei as minhas unhas, fingindo que aquilo não me abalava nem um pouco.

– Só não deixa as coisas que ela diz entrar na sua cabeça. Seu corpo é perfeito, e você é gostosa pra caralho – ele deitou em cima de mim, beijando e chupando meu pescoço.

Eu realmente não me sentia tão esperançosa a muito tempo, mas o medo está me assombrando o tempo todo, apenas esperando que ele surte e que tudo volte a ser como antes.

Perverse Love - Fezco Onde histórias criam vida. Descubra agora