Capítulo Quatro.

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Enfim, hoje era sexta-feira, mas não era uma sexta feira comum, e sim a sexta, que eu entraria de festa.

- Que animação é essa? - Lana perguntou

- Sexta-feira - respondi animada.

- E daí - falou - Temos que fazer, nosso TCC.

- Você não vai estragar minha animação - afirmei

Caminhamos, para o refeitório. Como não estava com fome, não pedi, nada.

- Meu isso, está delicioso - afirmou - Quer um pedaço?

- Não, obrigada.

- Vamos comemorar, nossas férias como? - perguntou

- Em casa, dormindo de preferência.

- Nem ferrando, vou ficar em casa - ela deu uma pausa - Você vai vir na festa de hoje, né?

Eu assenti - Claro, né.

Ela sorriu aliviada - Não estava afim de ficar sozinha.

Revirei os olhos - Já comprou sua roupa?

- Já tenho o vestido ideal - respondi - E você?

- Tenho também. - respondeu - Camille, vai vir?

- Claro, ela não perde uma festa.

Nós fomos caminhando, para nossa sala e aula, e assistimos as aulas e enfim, era intervalo. Nos fomos para a quadra. Já que lá era o único lugar, que batia um solzinho.

Igor veio em nossa direção - Vocês trouxeram guarda-chuva?

- Não. - respondemos juntas.

- Porque vai chover - afirmou

- Vai? - Lana perguntou - Mas esta quente.

- É que a Val, veio de novo para a quadra. - explicou

Lhe dei um tapa no braço - Idiota. - resmunguei

- Festinha hoje, quem vai?

- Se for chover, nem vou ir. - respondi

- Fresca - resmungou

- Amo receber, elogio sabia. - sorri irônica

- Tenho que ir - falou, indo em direção a quadra.

Sentamos no gramado, em baixo de uma árvore onde o sol batia direto. E ficamos lá, por mais tempo que o necessário.

- Vou tostar - reclamei

- Idem.

- Vamos, folgadas - Igor me deu sua mão, para me ajudar a levantar, e fez o mesmo com Lana.

Senti mãos quentes em volta da minha cintura - Sabia, que tem mato na sua bunda - Pierre sussurrou em meu ouvido

- Não é na minha bunda - falei - e sim na calça.

- E daí - resmungou - Eu tiro - falou malicioso

- Nem ouse - me virei com tudo para encara-lo. Limpei o matinho que tinha e me virei de novo.

Ele riu - Ainda tem um aqui - e me deu um tapa.

- Você me paga - reclamei

E fui caminhando, ele me empurrou contra a árvore. - Vou te pagar, o que?

- Me solta - pedi

- Depois que você me responder - afirmou

Ele pegou meu dois braços, e levantou o prendendo, contra a árvore.

- Nada. Você não vai me pagar nada - resmunguei

Ele se aproximou do meu lábios - É uma pena, porque adoraria te pagar.

Ele então me deu um beijo, um beijo calmo, aos pouco ele foi soltando minhas mãos, e colocou as suas mãos, uma na minha cintura e outra na minha nuca, passei minhas mãos em volta de seu pescoço, e ele foi aumentando a intensidade do beijo, ele foi terminando o beijo com selinhos demorados.

Minha respiração estava ofegante, assim como a dele também. Ele sorriu de forma maliciosa, pra mim.

- Amei, te ajudar - falou - Sempre que precisar é só chamar - sussurrou em meu ouvido

Ele disse isso e saiu, me deixando plantada ali.

Caminhei em direção a Jade, que estava me esperando.

- O que foi aquilo?

- Aquilo, o que? - perguntei

- Não se faça de besta - pediu

- Não, foi nada.

- Pierre te dá um beijo -deu uma pausa - e você me diz que não foi nada. - suspirou

- Mas, não foi nada.

O resto das aulas, foram tranquilas, Lana me ficou me enchendo o saco, só por causa do beijo.

- Chega, Lana - choraminguei

- Não. - falou - Você deu seu primeiro beijo, com o cara, mais gato da faculdade.

Sim,Sim e sim. Eu ainda não tinha beijado ninguém. Mas não sonhava, aquelas coisas de príncipes, ou qualquer coisa do tipo, apenas queria que acontecesse, naturalmente. E assim aconteceu,

- E dai? que ele é o mais gato da faculdade - reclamei

Ela sorriu, e percebeu que não valeria a pena, discutir comigo sobre isso.

Mas confesso, que de tanto ela falar, esse beijo ficou na minha cabeça, quando o certo, era esquece-lo, já que não passou de nada, além de uma ficada, tanto para mim, quanto para ele. Se eu falar, que ele é fio, ridículo, eu vou estar falando uma mentido, então eu confesso que ele é uma gato e eu aposto que tem pegada, pelo jeito que ele me segurou, me impedindo, que saísse de seus braços, seu perfume era inesquecível, ele por inteiro era um pedaço de mal caminho.

Onde deixarei meu coraçãoWhere stories live. Discover now