Capítulo Dezoito.

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No outro dia, acordei bem cedinho, fui ao banheiro tomei um banho, e fui procurar uma roupa quentinha, já que o tempo virou da noite para o dia, coloquei a mesma. Peguei uma mala, e coloquei um pouco de roupas, alguns sapatos, e alguns item necessários e outros desnecessários, deixei minha mala em cima da cama.

- Oi, mãe - disse assim, que entrei na cozinha

Ela suspirou - Valentina, já te disse - falou - você não precisa ir para a casa do seu pai - avisou - Fora, que para mim, você está fugindo - falou fazendo cara de braba.

- Já disse, mãe - falei - Não estou fugindo, só estou com saudade e preciso pensar um pouco.

- Mas Valentina. - protestou

- A senhora, fez café para mim? - perguntei. Ela assentiu. - Tudo isso só para eu ficar? - Ela assentiu de novo. Me aproximei dela, e peguei a xícara, que ela segurava. - Mãe, obrigada, mas não vai adiantar, eu vou ir e acabou.

- Quando você voltar, a gente conversa - Ela falou séria. Eu ri - Não ri, Valentina.

- Você faz um drama - resmunguei sorrindo - Mas, eu amo a senhora.

Tomei o café que minha mãe, havia preparado e corri para o quarto pegar minhas coisas, voltei para a cozinha e dei um abraço apertado na mesma, e fui para o ponto de ônibus. Quando cheguei no aeroporto, fiz alguns procedimentos necessários, e fiquei esperando o embarque.

Meu pai, morava no Rio de Janeiro, já fazia uns cinco anos. E desde, que ele se mudou para cá, nunca vim visitá-lo, então achei a oportunidade perfeita. O voo, foi rápido e tranquilo, meu pai me esperava.

- Oi, pai - o abracei - Que saudades.

- Oi, Val. - sorriu - Qual o motivo da vinda, para a cidade maravilhosa?

- Saudades - respondi - E também precisava de um tempo, para pensar.

Ele sorriu - Eu te entendo.

Fomos até o estacionamento, e de lá fomos para a sua atual moradia.

- Eu não te contei a novidade - avisou

Sorri - Qual?

- Eu vou me casar de novo.

Ele pareceu esperar um reação minha, de susto ou revolta. Mas, eu apenas sorri - Quero conhecer minha, madrasta.

Durante o caminho, ele explicou que ele e minha madrasta, já estavam morando juntos fazia dois anos, e que ela já tinha dois filhos, e que agora, eu teria um irmãozinho, que nasceu a poucos meses.

- Como você não me contou tudo isso? - Perguntei, enquanto entravamos na casa.

Ele sorriu fraco - Pensei, que você não aceitaria.

Assim, que ele abriu a porta, e deixou que eu passa-se primeiro. Vi uma mulher sentada, com um bebê, em seus braços.

- Amor, essa é a Valentina, minha filha.

- Oi - falei timidamente. Tinha muita gente me olhando.

Minha madrasta levantou e caminhou, na minha direção, e me deu um meio abraço - É um prazer, em conhece-la, seu pai fala muito de você - Eu sorri - Esse, é o seu irmão, Gabriel.

- Oi - disse e passei a mão em seu rostinho.

Nós sentamos, e ficamos conversando, e contando as novidades. Depois meu pai, me levou até o meu quarto, e meu quarto era todo delicado.

- Foi ela quem decorou, o seu quarto.

Eu ri - Eu percebi, pai.

- Gostou? - perguntou

- Eu amei.

Assim, que meu pai me deixou sozinha, comecei a dar uma arrumada nas minhas coisas, organiza-las. Logo que acabei decidi tomar um banho, e colocar uma roupa, mais confortável.

- Precisa de alguma coisa? - minha madrasta perguntou

- Estou bem - afirmei

- Vim te trazer um presente - afirmou - E não fala, que não precisa, porque precisa sim.

Ela caminhou até minha cama, e se sentou ao meu lado. E me entregou um embrulho. Abri o mesmo, e tinha maquiagens, e um livro.

- Seu pai disse, que você gosta de ler - afirmou - E então, achei que ia gostar desse - passou as mãos nós meus cabelos - Eu estava, mais ansiosa, que seu pai - afirmou

- Porque?

- Porque, eu sempre quis ter uma filha - afirmou - E você é minha, primeira.

Sorri - Eu amei, tudo.

- Sério? - ela pareceu se surpreender. Eu assenti. - Vou ir lá com o Gabriel.

Ela saiu do quarto, e eu comecei a mexer nós presentes, e lá tinha um bilhetinho, que eu só podia,abrir, quando eu fosse embora.

Fiquei boa parte da manhã descansando, quando resolvi sair do quarto, já estava no hora do almoço e a família estava completa.

- Filha, esse é o Benjamin, tem dezessete anos - apontou. Benjamin acenou - E esse é o Bernardo, tem

vinte e quatro anos. - Ele sorriu - E meninos, essa é a Valentina - Eu sorri.

Caminhei até eles, e me sentei na cara perto de Bernardo.

- E então, como foi o dia de vocês? - minha madrasta, perguntou

- Não, aguento mais a escola - reclamou Benjamin

- Foi normal, mãe - falou Bernardo - Só aqueles problemas com o estágio.

Meu pai sorriu - Valentina - me chamou - O Bernardo faz faculdade, e o Ben ainda está no ensino médio.

- E eu estou na faculdade.

- Está?

- Estou pai - respondi - Você já esqueceu? - brinquei

- Posso até ter esquecido - pensou - Mas não esqueço seu aniversário - me encarou - você vai ficar aqui?

- Claro, que ela vai ficar - minha madrasta falou - Ela não pode ir embora, antes.

- Bom, eu ainda não pensei a respeito.

Ben sorriu - Fica, queremos festa.

- Eles serão uns bons guias, caso você precise - Meu pai avisou

Ben concordou com a cabeça - Até as oito da noite. - avisou - O Bê até a hora que você quiser.

- Ele tem horário, para chegar em casa - Explicou, minha madrasta - Mas, posso fazer uma exceção.

Sorri - Claro.

Nosso almoço, não foi nem um pouco quieto, nós conversávamos bastante e deu para conhecer um pouco, mais sobre os meninos. Ajudei minha madrasta, com as coisas e depois fiquei livre.

- Benjamin - o chamei - vamos dar um volta? - perguntei

Ele sorriu - Agora, não vai dar - respondeu - Mas, eu acho que o Bê, ta saindo.

- Tudo bem.

Fui para meu quarto, escovei os dentes, soltei meus cabelos, e fui para a sala.

- Ei, espera - pediu - Vou com você - Bernardo disse

- Não precisa. - afirmei

- Faço questão - falou. E abriu a porta - Fora que estou indo encontrar alguns amigos, aí você já se em turma.

- Você faz faculdade do que? - perguntei

- Engenharia mecânica e você?

- Administração.

- Jurava, que era pedagogia - falou

- Tenho cara de professora? - perguntei. Ele sorriu.

- Não sei. - respondeu - Mais, vi o jeito que você trata o Gabriel.

- Gosto de crianças - afirmei

Durante o caminho, eu e Bernardo conversamos muito, e descobrimos que temos diversas coisas em comum.

Onde deixarei meu coraçãoOù les histoires vivent. Découvrez maintenant